sexta-feira, 11 de junho de 2010

Campeões de A a Z - Outra forma de contar a história de um campeão!

Os infantis B do SC Beira-Mar sagraram-se campeões distritais da AFA da época 2009/2010. Usando uma velha fórmula, que sempre achei muito interessante, recorrendo a todas as letras do alfabeto, esta é mais uma forma encontrada para prestar uma pequena homenagem aos nossos grandes campeões, contando a história de um título, que foi tão ambicionado quanto merecido.

A - Anadia e Anta: Foram as duas únicas equipas que, ao longo de toda a época, num total de 30 jogos oficiais, lograram bater os novos campeões distritais e pelo mesmo resultado (2-1). A equipa bairradina foi mesmo a única que não se vergou ao peso de uma derrota imposta pelos auri-negros, ganhando em casa e empatando (1-1) na deslocação ao Campo do Seminário, únicos pontos cedidos pelo Beira-Mar no seu terreno.
B - Bernardo: Foi o capitão exemplar que uma equipa precisa. Aparentemente sempre muito calmo, parecia transmitir serenidade a todos os companheiros e revelou-se decisivo nos lances de bola parada, tendo resolvido, dessa forma, alguns jogos que se estavam a revelar muito difíceis. A par de Leonardo, constituiu um muro na defesa, que se revelou, muitas vezes, intransponível.
C - Casa do Benfica em Estarreja: Foram, a par do Feirense, os adversários mais directos do Beira-Mar na luta pelo primeiro lugar. Os encarnados, que contaram nas suas fileiras com 2 atletas ex-Beira-Mar (Bozi e David), ficaram no 2º lugar, apenas a um ponto dos auri-negros e a vitória conseguida no seu terreno, na penúltima jornada, por 1-3, foi o marco decisivo na conquista do campeonato distrital. Juntamente com os aveirenses, praticaram, ao longo do campeonato, um futebol muito agradável à vista, provando que resultados e espectáculo não são incompatíveis.
D - Didi: Foi o melhor marcador da equipa, com 25 golos apontados (19 na 1ª fase e 6 na 2ª), sendo curioso o facto de não ter "facturado" nos últimos 14 jogos (!).
E - Esperança: É um sentimento que fica, após o final deste campeonato, a par da alegria pela vitória alcançada. A esperança que o êxito se repita na próxima época, porque da qualidade do futebol jogado, não fica a esperança, mas sim a certeza de que estes miúdos vão continuar a encantar quem os vir jogar.
F - Feirense: Na formação não há derrotados, mas a equipa da Feira, que fora campeã distrital de escolas A na época transacta, era, à partida, a grande candidata à conquista do presente campeonato. Por esse facto e em virtude do 3º lugar alcançado, os feirenses ficaram aquém das expectativas, ainda que tivessem estado sempre na corrida até duas jornadas do fim. A história deste campeonato terá começado, aliás, a ser traçada logo na 1ª jornada, quando o Feirense visitou o Campo do Seminário e saiu derrotado por tangencial 3-2, num jogo muito emotivo entre verdadeiros campeões.
G - Guarda-Redes: Foram dois os guardiões utilizados ao longo do campeonato e que contribuíram, com as suas valiosas intervenções, para que o Beira-Mar tenha sido a defesa menos batida do campeonato (15 golos sofridos na 2ª fase, em 18 jogos disputados). Paulo Pouseiro foi o mais utilizado e a ele se devem alguns dos pontos conquistados, sobretudo naqueles jogos em que o marcador foi mais equilibrado e as suas defesas fizeram pender o resultado a nosso favor. Mas Henrique esteve sempre à altura das responsabilidades nos momentos em que foi chamado e nunca comprometeu.
H - Heróis: A uma escala simbólica, estes meninos campeões são os nossos heróis e, sobretudo, os heróis dos seus pais. Este feito, não sendo desmesuradamente importante, não mais vai ser esquecido por quem o viveu e ficará gravado na história da formação do SC Beira-Mar.
I - Inteligente - Há um jogador na equipa a quem o treinador costuma chamar o "pensador". É ao Gil, o estratega da equipa, o organizador do jogo, aquele que efectivamente faz a equipa andar. E fá-lo muito bem, diga-se de passagem, com muita mestria, pelo que só pode ser dotado de muita inteligência para o futebol (e, espera-se, para outras coisas mais...).
J - Jogadores: São eles os verdadeiros protagonistas do jogo e é por eles que nos movemos. Foram 17 os jogadores utilizados por esta equipa campeã distrital e, para a história, ficam os seus nomes: Adriel, André, Bernardo, Didi, Fábio, Gil, Gonçalo, Henrique, João Gonçalo, Leonardo, Marcelo, Miguel Morgado, Portugal, Pouseiro, Rafa, Terrinca e Toncha.
L - Levezinho: Assim chama o treinador Ricardo Pinheiro ao André, que foi o terceiro goleador da equipa, a par com o Miguel Morgado, ambos com 19 golos obtidos (14 na 1ª fase e 5 na 2ª).
M - Mini-Foot: A longa caminhada, que culminou no dia 10 de Junho de 2010 com a conquista do campeonato distrital de infantis B, começou no já distante dia 24 de Outubro de 2009, com a disputa do primeiro jogo oficial. Foi precisamente contra a Escola de Futebol Mini-Foot, que era, em teoria, o nosso adversário mais forte na primeira fase, que tudo começou, e esse jogo foi bem o retrato daquilo que se viria a passar ao longo da época, isto é, bom futebol praticado, superioridade evidenciada, mas a vitória a ser alcançada com muito esforço e mesmo à beira do fim. O campeonato conquistado teve tudo isto.
N - Nomes de "guerra": Não constam do bilhete de identidade, mas os nossos craques gostam de os gravar nas camisolas e é por eles que gostam de ser conhecidos. Alguns são evidentes, outros devem-se a preferências óbvias, outros deverão encerrar histórias que só os mais chegados conhecerão. Que o Rafael seja "Rafa", o Leonardo - "Leo" ou, até, o Diogo - "Didi", é fácil de entender. Até arriscamos que o Fábio seja o "Xavi" porque é fã de um conhecido jogador do Barcelona, mas o Vítor Hugo ser "Terrinca" é que não conseguimos decifrar. E há, ainda, o João Afonso (Soares) mas a quem todos chamam "Toncha". Vá lá saber-se porquê...
O - Oportunidades: Numa equipa com 17 elementos, em que só 12 podem ser convocados e apenas 7 entram em campo, falar de oportunidades é falar de gestão do plantel. E isso levar-nos-ia a falar de critérios de escolha. E falar em critérios de escolha seria dar origem a acesa discussão. E não é isso que se pretende. Apenas dizer que todos os elementos do plantel foram utilizados, uns mais do que outros, evidentemente, de acordo com os critérios definidos por quem tinha de decidir e onde, certamente, a conjugação da competência, com a vontade de rodar toda a equipa e as exigências que cada momento do jogo permitiu, tiveram de ser vistas em conjunto.
P - Pais: São os primeiros críticos e os primeiros apoiantes da equipa, ainda que, muitas vezes, sem o distanciamento necessário e a clareza de raciocínio que uma opinião neutral necessita. É bem conhecida a fábula do escritor brasileiro Monteiro Lobato "A coruja e a águia" e não vale a pena estar a repeti-la, os nossos filhos, aos nossos olhos, são do mais bonito (melhor) que há. Mas, pese embora esta compreensível "visão parcial" da realidade, os pais são um elemento fundamental no êxito de uma equipa de formação. Eles têm, também, um pedaço do troféu conquistado, pelo apoio incondicional e ajuda sempre prestados.
Q - Quebra-cabeças: É no que se está a tornar este "post", com as dificuldades encontradas para ter assuntos diferentes em cada uma das letras (ai o Z...)
R - Ricardo Pinheiro: Foi o grande obreiro deste triunfo, tendo formado uma equipa com verdadeiro espírito de campeões, bem à sua imagem. Está mais que provado que uma grande equipa necessita de um grande treinador e o Ricardo é-o, sem dúvida. Coadjuvado pelo Sérgio Vinagre e com o Ricardo Maia no treino dos guarda-redes, Ricardo Pinheiro é o verdadeiro motor de um corpo técnico que pôs uma equipa de miúdos de 11-12 anos a jogar um futebol de grande qualidade e que, dando espectáculo, chegou ao título de campeão.
S - Seminário: O Campo do Seminário foi o cenário, à excepção do primeiro jogo da época (utilizado o campo de treinos do Mário Duarte), de todos os jogos disputados em casa pela equipa do Beira-Mar. E foi um campo talismã, já que a equipa se mostrou invencível no seu reduto, tendo apenas cedido um empate frente ao Anadia (1-1), contando por vitórias todos os outros 14 jogos realizados.
T TGV: É um assunto de que, ultimamente, muito se tem falado no nosso país, a nível político, sendo uns a favor e outros contra o comboio de alta velocidade. No Beira-Mar, na equipa de infantis B, está decidido - há TGV. Basta ver os jogos, pôr os olhos no Gonçalo, para não haver dúvidas que está ali um verdadeiro TGV. Até cansa ver aquelas arrancadas, feitas em alta velocidade, sempre com a bola colada ao pé e com a baliza na mira. Valente, miúdo! O Gonçalo foi o segundo melhor marcador da equipa, com 23 golos apontados no total, tendo sido o melhor da 2ª fase, com 11.
U - União: Um grupo de jogadores, por muito valor que eles tenham, só pode tornar-se num campeão se funcionar como equipa, isto é, quando o peso do conjunto for superior à soma do peso individual de cada um dos seus elementos. Isso foi conseguido pelos responsáveis desta equipa, que souberam passar a mensagem (por palavras e por actos) para os jogadores campeões e fizeram da união do grupo a chave do sucesso.
V - Vitórias: Foi a palavra mais vezes usada ao longo do campeonato. Com efeito, a equipa de Ricardo Pinheiro somou 26 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, tendo marcado 151 golos e sofrido 24, nos 30 jogos disputados durante toda a época oficial (1ª e 2ª fases).
X - Xavi: Tal como numa orquestra, em que os músicos não são todos iguais, havendo quem toque, por exemplo, violino ao lado dos que tocam bombo, também numa equipa de futebol os jogadores não podem ser todos iguais. O Xavi, que como já foi referido é o nome de "guerra" do Fábio, é um jogador que, não sendo dos mais dotados tecnicamente, qualquer treinador gostará de ter na sua equipa, pela atitude e entrega ao jogo, nunca virando a cara à luta e levando o seu esforço sempre até aos limites. É o exemplo do jogador útil que qualquer equipa necessita.
Z - Zero: Foi aquilo a que o ataque da equipa de infantis B nunca ficou, tendo marcado golos em todos os 30 jogos realizados. Já em termos de golos sofridos, os nossos adversários ficaram 11 vezes em branco (5 na 1ª fase e 6 na 2ª).

7 comentários:

Anónimo disse...

parabens,muito bem feito este post

Anónimo disse...

Parabéns a todos!
Aos técnicos, jogadores e responsáveis pelo blogue, que é muito bom.
Os campeões são-no sempre com mérito e o Beira-Mar teve-o!
Uma nota negativa para o comportamento pouco exemplar de alguns pais nalguns jogos, embora reconheça que são eles os verdadeiros campeões; É normal os departamentos de formação não lhes reconhecerem o devido valor, mas são os pais que "alimentam" esses departamentos e não só!
Um reconhecimento especial aos ex-jogadores do Clube Desportivo de Estarreja (Gil e Gonçalo); Para quem desconfiava do seu valor...
Os seus ex-treinadores e colegas estão, com certeza, muito orgulhosos deles!

Anónimo disse...

Parabens miudos do Sport Clube Beira-Mar pelo feito durante toda a epoca, acreditaram que era possivel e conseguiram, são os verdadeiros campeões.
Ricardo continua a trabalhar e pôr a equipa a jogar, mas mereces melhor; quem sabe treinar miudos mais velhos ou outra equipa com outras aspirações.

Uma palavra para alguns Pais, é lamentavel o comportamento deles, parece que os filhos deles não estavam presentes, com tanta asneira que durante o ano assistimos.

Ricardo Pinheiro disse...

Foram 2 anos de muito trabalho!
A equipa do quase acabou por ganhar alguma coisa!
Nunca me vou esquecer deste grande ano, com muitos altos e alguns(poucos)baixos, atletas,pais, directores e aos verdadeiros da academia muito obrigado.
Já estou a pensar no Bi campeonato,porque penso todos os dias em melhorar, acredito que vamos ser ainda melhores, parabens campeões!

Anónimo disse...

Ficou provado que não á estrelas nesta equipa, a estrela é o grupo.
Parabens a todo o grupo

Dinis Vouzela disse...

Parabens Ricardo, tu mereces!
Abraço

Anónimo disse...

Ricardo.

Esta conquista nada me admira e é a recompesa do empenho que sempre demonstrate ....

Abraçoi,

Romy