sábado, 24 de outubro de 2009

JUNIORES A: "Danos colaterais" do jogo de Lourosa?

SC Beira-Mar, 0 - SC Espinho, 1
(0-1, ao intervalo)
Não podia ter sido pior a resposta dada pelos juniores auri-negros, no jogo de hoje, após a polémica derrota de há 8 dias, em Lourosa. Após uma série de 5 vitórias seguidas, os auri-negros averbaram a 2ª derrota na prova, apenas com uma semana de intervalo.
Não sabemos se o jogo de triste memória da semana passada estava ainda na cabeça dos jogadores que entraram em campo, mas o certo é que os auri-negros estiveram irreconhecíveis, sobretudo na 1ª parte. Neste período, a equipa aburguesou-se, mostrou pouca atitude, não conseguiu ligar o jogo, as linhas pareceram sempre distantes e o número de passes errados foi incontável. Na 2ª parte houve uma ligeira reacção, mas o passar do tempo, acentuado com o anti-jogo do SC Espinho, acabou por pesar no desempenho da equipa da casa que, a partir de certa altura, passou a jogar com sofreguidão e o coração começou a falar mais alto do que a cabeça. A derrota penaliza o mau jogo da equipa de António Luís, hoje a ver o jogo da bancada, mas pelo pressing final que fez e pelo anti-jogo enervante dos visitantes, que acabaram com 9 unidades (expulsões aos 36' e 41'), o Beira-Mar merecia ter chegado, pelo menos, ao empate. Mais uma vez, o jogo é decidido num lance polémico, pois a grande penalidade que deu o golo ao Espinho, resulta de uma bola que, na nossa opinião, acidentalmente, sobe à mão de Renato, quando este procurava fazer uma recepção com o pé. Bola na mão é igual a mão na bola?
No Estádio Mário Duarte, o SC Beira-Mar apresentou a seguinte equipa:
Samuel (GR); Berna, Renato, Beato e Bryan; Granja (Francisco Griné, int.), André Vaz (cap) e Filipe Vieira (Igor, int.); Hugo Seixas, Nuno Silva e Nelson (Nilson, 64').
Suplentes não utilizados: Diogo (GR), André Aranha, Ibraihma e Ricardo Melo.
O jogo começou e depressa se verificaram as dificuldades que o Beira-Mar sentia para impor o seu futebol, mostrando-se o Espinho como a equipa mais perigosa em jogo e que praticava melhor futebol. Aos 5' o primeiro sinal de perigo é dado para a baliza de Samuel, com o remate espinhense a aproveitar um desentendimento na defensiva aveirense. Aos 12', uma fuga perigosa pela esquerda de um jogador da equipa da Costa Verde, culmina com um cruzamento a que o nº 7 corresponde com um cabeceamento muito perigoso, ao lado da baliza de Samuel. Aos 15', Samuel faz a defesa da tarde e nega o golo ao nº 10 espinhense, que rematou em muito boa posição para poder chegar ao golo. A verdade é que na sequência do lance, e quando as coisas pareciam controladas, surge o penalty, a castigar a pretensa mão na bola de Renato. Samuel ainda se estirou para o lado da bola, mas não conseguiu evitar o 0-1. Pode dizer-se, em abono da verdade, que se escreveu direito por linhas tortas, já que o Espinho tinha sido a única equipa que poderia ter marcado até então. Verdade também, que Samuel não merecia esta "traição".
Foi o Espinho, ainda, que voltou a estar perto do golo, aos 19', no desenvolvimento de mais um lance perigoso pelo lado direito do seu ataque. A jogada é do nº 7 dos "tigres da Costa Verde" que, aberto na direita, recebe a bola, vai à linha de fundo e dá atrasado, procurando apanhar a equipa do Beira-Mar em contra-pé. Valeu a intervenção de Beato. E foi Beato que, aos 22', no seguimento de um pontapé de canto, dá o primeiro sinal de perigo para a baliza espinhense, arrancando um remate de longe que vai às malhas laterais. Foi o final do período de bom futebol espinhense e o começo de uma fase do jogo em que o Beira-Mar equilibrou a partida, mas continuando a errar muitos passes e não conseguindo criar situações de perigo junto da baliza contrária. Até final da 1ª parte nota para uma situação de perigo em ambas as balizas. O lance começa num livre a favor do Beira-Mar, na direita. Seixas não aproveita a confusão gerada para finalizar, a defesa espinhense alivia e, na sequência do lance, o nº 11 aparece isolado, valendo a saída temerária de Samuel aos pés do avançado espinhense para evitar o pior.
Na 2ª parte o Beira-Mar melhorou um pouco, senão no futebol praticado, pelo menos nalgumas situações de golo criadas. Logo aos 2', Igor, acabado de entrar, é lançado por Seixas e, de ângulo difícil, atira para defesa do guardião contrário. Na sequência do canto conquistado, é Renato que falha, à boca da baliza, um pontapé acrobático. Aos 10', Griné marca um livre na direita, ao qual Seixas corresponde com um cabeceamento rente ao poste. Agora era o Beira-Mar que estava por cima, desde há muito que o Espinho tinha entrado no processo de queima de tempo, prolongando até ao limite as situações de jogo parado. Ainda assim, aos 16', numa jogada de contra-ataque, perdem uma oportunidade flagrante de dilatar a vantagem, finalizando ao lado. Respondeu o Beira-Mar, aos 22', e é Igor que, mais uma vez, perde uma oportunidade flagrante, atirando para as mãos do guarda-redes uma bola rematada em posição frontal, após uma boa jogada da equipa aveirense. Este lance culmina uma fase de jogo aceitável por parte do SC Beira-Mar, a melhor que teve em toda a partida. A partir daqui, fruto da ansiedade que a desvantagem no marcador provocava, do anti-jogo espinhense e da luta contra o cronómetro, a equipa aveirense voltou a cair. E só na parte final da partida e já quando o Espinho estava reduzido a 9 unidades, é que voltou a estar perto do empate. No pressing final, quando já se jogava o 1º minuto de compensação, Nilson tem uma soberba ocasião para fazer o 1-1, mas atira ao lado, em posição frontal, já perto da pequena área.
O árbitro apitaria pouco depois, para gáudio dos espinhenses que, com esta vitória, se aproximaram dos lugares da frente, estando agora apenas a 1 ponto dos auri-negros que, apesar de tudo, mantêm o 2º lugar.

1 comentário:

Nuno disse...

Nda de desânimos malta! Têm valor para ir longe... Nuno Barata