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segunda-feira, 12 de maio de 2014

JUNIORES A: Derrota na despedida

Varzim SC, 4 - SC Beira-Mar, 2
(2-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar despediu-se do campeonato nacional da 1ª divisão e da temporada oficial 2013/2014 com uma derrota na Póvoa de Varzim, num jogo em que os números do resultado (4-2) não traduzem as dificuldades que os poveiros sentiram para levar de vencida uma formação auri-negra que tudo fez para encerrar de outra forma uma época que não lhe correu muito bem.
Este era um jogo decisivo para o Varzim, que dependia de si próprio e necessitava de uma vitória para garantir a manutenção na 1ª divisão nacional, enquanto que os aveirenses, com o destino da 2ª divisão traçado, jogavam apenas o prestígio e a honra do emblema.
Acusando a responsabilidade do encontro, entraram nervosos os poveiros, mas aos 6' já se acercavam com perigo da baliza defendida por João Paulo e poderiam mesmo ter chegado ao golo. Foi uma boa jogada de entendimento no ataque varzinista, com o veloz Diogo Costa a surgir solto pela direita e a rematar na cara do guardião aveirense, que negou o golo com uma grande defesa.
O Beira-Mar, com as suas linhas baixas, dava o domínio do jogo à equipa da casa, que era levada pelo entusiasmo do seu público a procurar chegar rapidamente à vantagem, o que esteve novamente perto de acontecer, à passagem do quarto de hora, num lance precedido de falta sobre Pedro Aparício. Não aconteceu nesta jogada, mas não tardou o 1-0, marcado numa emenda à boca da baliza de André Pereira, que finalizou da melhor maneira um cruzamento da esquerda.
Ainda se ouviam os festejos desta preciosa vantagem, já o Beira-Mar restabelecia a igualdade, com o 1-1 a acontecer no minuto seguinte, um autogolo de Zezinho, que na tentativa de evitar a finalização ao segundo poste de André Silva, introduziu nas suas próprias redes uma bola cruzada do lado esquerdo por Diogo Castor.
Foi uma fase frenética da partida, que continuou dois minutos volvidos, com o Varzim a adiantar-se de novo no marcador por Zé Miguel, que recebeu na meia-lua um passe do lado direito, orientou para o seu pé esquerdo, e rematou colocado, fora do alcance de João Paulo.
Era merecida esta vantagem varzinista, pelo maior caudal ofensivo gerado até então, que até poderia ter dado maiores frutos se, aos 29', Paulo Jorge não tivesse esbanjado soberana oportunidade, quando isolado e após ultrapassar João Paulo não tivesse rematado para fora, apenas com Fábio a fazer a cobertura dos postes.
Até ao intervalo, nota apenas para mais um lance de perigo, este para o Beira-Mar, protagonizado por Diogo Castor, que, isolado por um lançamento longo, aos 34', acabou por rematar e fazer a bola esbarrar ainda no poste.
No segundo tempo os auri-negros melhoraram bastante e pertenceu-lhes o domínio durante a maior parte desta etapa complementar. Como resultado desta superioridade, foi sem surpresas que a igualdade voltou a acontecer, numa excelente jogada, ocorrida aos 60', em que a bola é metida no espaço vazio do corredor direito, por onde surge André Santos a recolher, a progredir e a assistir, com um passe atrasado, o "capitão" Pedro Aparício, que, já dentro da área, rematou de primeira para o 2-2.
Os varzinistas passaram a ser uma equipa nervosa, sabendo que este resultado poderia não lhes servir e por alguns minutos pairou o espectro da reviravolta. Ainda assim, aos 70', no seguimento de uma jogada individual pela direita de Paulo Jorge, o nº 11 varzinista vai à linha e assiste André Pereira, que rematou rente ao poste. Aos 75', na marcação de um livre frontal, é João Paulo que, com uma boa defesa, volta a negar o golo aos da casa. Os varzinistas pareciam ter encontrado novamente o caminho da baliza auri-negra, voltavam a exercer algum domínio territorial, mas com o tempo a passar e a pressão do seu público a fazer-se sentir, começava a temer-se o pior para as cores alvi-negras. Foi então que o Sr. Bruno Nunes, árbitro do encontro, da AF Viana do Castelo, resolveu ser protagonista, assinalando uma caricata grande penalidade por pretensa mão na bola de Fábio. Estavam decorridos 80' e André Pereira, jogador de valia acima da média, não enjeitou a benesse para colocar o marcador no efusivamente festejado 3-2.
Até final, os poveiros foram deixando correr o relógio, sendo absolutamente um acidente de percurso e completamente fora do contexto do jogo o 4-2 surgido já para lá do tempo de compensação, mais uma obra do inevitável André Pereira, que fez o seu "hat-trick" para mais tarde recordar, num lance individual finalizado de um ângulo incrível e com alguma sorte à mistura.
No bem tratado relvado do Estádio do Varzim SC, o Beira-Mar apresentou-se para este derradeiro jogo com.
João Paulo (gr), Fábio, Gui Ramos (João Neves, 71'), Miguel Campos e Filipe Melo; Tiago Ramalho (Lane, 57'), Bernardo Subtil (André Santos, 29´) e Pedro Aparício (cap); André Silva, Diogo Castor e Bruno Lopes.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Lucas, Bento Cortesão e Bruno Reis.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Agenda do fim-de-semana: Juniores chegam ao final da época

A jornada do próximo fim-de-semana, que engloba 12 jogos, será a derradeira do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão, o que equivale por dizer que os nossos sub-19 entrarão, a partir de sábado, oficialmente em férias. A despedida será na Póvoa de Varzim, e se o encontro, em termos desportivos, já nada adianta para os auri-negros, para os poveiros é o tudo ou nada, já que necessitam vencer para assegurar a permanência no escalão maior.
Com o campeonato nacional de juvenis parado, em virtude dos compromissos da nossa selecção sub-17 na fase final do "Europeu", em Malta, a variante de 11 apenas terá mais duas partidas, ambas a contar para os campeonatos distritais da 1ª divisão, de iniciados e de juvenis. No escalão mais jovem haverá mesmo um Beira-Mar-Taboeira, dérbi que para os auri-negros é crucial tendo em vista o reforço da posição que permite a manutenção. A vitória é fundamental, numa partida cujas maiores dificuldades virão do carácter especial que estes jogos entre rivais da mesma cidade sempre assumem. Para o Taboeira, praticamente condenado à descida, o jogo, desportivamente, pouco adiantará.
Os juvenis, que assumiram a liderança da classificação na última jornada, deslocam-se a Albergaria para um jogo onde as dificuldades se adivinham ser muitas. Na verdade, o Alba, que actualmente ocupa o 4º posto, ainda não tem a manutenção assegurada, pelo que tudo fará para somar mais alguns pontos que lhe assegurem uma maior tranquilidade, agora que o campeonato se vai aproximando do seu termo. Uma vitória auri-negra asseguraria praticamente, em termos matemáticos, a manutenção.
Passando para o futebol de 7, e começando pela Série Premium, todas as nossas 3 equipas jogam em casa. Deste factor-casa é quase certo que vão beneficiar os infantis A, pois para além do mais estão bem acima do seu adversário, a Oliveirense, a quem foram já ganhar, folgadamente, na partida da 1ª volta.
Já para os infantis B isso poderá significar um trunfo importante a jogar contra o favoritismo com que o Mourisquense vai entrar em São Bernardo, tendo em conta que se trata do vice-líder da prova e ainda, em termos teóricos, com possibilidades de discutir o primeiro lugar.
A partida dos benjamins B, contra o Ribeira da Azenha, deverá ser pautada pelo equilíbrio, ou não estivessem as duas formações igualadas, em termos pontuais, na classificação. Esperemos que os nossos sub-10 regressem às vitórias nesta partida.
No que às Séries Gold diz respeito, destaque para a deslocação dos infantis A (Grupo 2) à Gafanha, depois de terem desalojado do 1º lugar o nosso adversário e vizinho, no decorrer da última jornada. Espera-se que a liderança seja para manter, o que só acontecerá em caso de empate ou de vitória dos aveirenses.
Benjamins A e traquinas A partem para os seus jogos na qualidade de favoritos, com os primeiros a receberem o Estarreja e os últimos a deslocarem-se a Sever do Vouga para defrontar o Severfintas.
Depois de duas vitórias sensacionais nas duas últimas jornadas, diante de equipas que então lideravam o torneio da Primavera da AF Aveiro, os traquinas B recebem o Águeda, esperando-se que dêem sequência a esta onda de bons resultados e que somem mais 3 pontos nesta partida.
Segue o quadro completo dos jogos a realizar entre sábado e domingo:

terça-feira, 6 de maio de 2014

JUNIORES A: Auri-negros estiveram mais perto do triunfo

SC Beira-Mar, 1 - A Académica C, 1
(1-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar despediu-se da época 2013/2014, em jogos diante do seu público, com um empate a um golo frente à Académica de Coimbra, resultado que se pode aceitar devido à toada de equilíbrio com que a partida decorreu na maior parte do tempo. No entanto, a haver um vencedor, os 3 pontos deveriam ter caído para a formação orientada por António Luís, pois foi aquela que criou as mais flagrantes oportunidades de golo.
Os aveirenses apresentaram-se com:
João Paulo (gr); Bruno Reis (Lane, 86'), Gui Ramos, Miguel Campos e Filipe Melo; Tiago Ramalho, André Silva e Pedro Aparício; Bento Cortesão (João Neves, 57'), Diogo Castor e Bruno Filipe (Lucas, 77').
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Fábio, Bernardo Subtil e André Santos.
Com as suas posições já definidas em termos de tabela classificativa, as duas equipas, apesar disso, encararam o jogo com toda a seriedade, mostrando sempre empenho e vontade de vencer. Ainda decorriam os minutos iniciais, sem que qualquer tendência tivesse sido manifestada, quando a Académica se adiantou no marcador. Estavam decorridos 3' de jogo e o 0-1 resultou de um espectacular remate de fora da área de Amândio, que levou a força e a colocação suficientes para não dar a mínima possibilidade de defesa a João Paulo.
Este golo animou os estudantes, que, aos 6', estiveram muito perto do segundo, por intermédio de Paredes, diferença que seria de todo injusta para a entrada inicial das duas equipas. Aliás, o equilíbrio, que era a nota dominante, seria também reposto no marcador à passagem dos 11', na sequência de um contra-ataque pelo lado direito conduzido por Diogo Castor, que serviu rasteiro, ao segundo poste, a entrada de Bruno Filipe, que fez, à segunda, um golo fácil.
A toada era, como quase sempre se veria durante o encontro, de parada e resposta, e, aos 15', voltam a ser os conimbricenses a dispor de mais um lance de perigo, valendo a intervenção de João Paulo para evitar males maiores, resultantes de um quase auto-golo de Tiago Ramalho, que procurava desfazer um cruzamento da esquerda.
A partir daqui, e apesar das iniciativas de ataque continuarem divididas, foi o Beira-Mar que sempre se mostrou mais perigoso e, até ao descanso, dispôs de duas grandes oportunidades para se adiantar no marcador. Aos 33', numa grande iniciativa de Pedro Aparício, que rompeu pelo meio, o "capitão" aveirense entrou isolado na área e ficou na cara de Miguel Rodrigues, que lhe negou o golo com uma defesa, com André Silva a não aproveitar a recarga e a rematar por cima do travessão sem ninguém entre os postes. Aos 39', na sequência da marcação de um canto, é Bento Cortesão que vê o seu cabeceamento passar muito perto do poste.
No segundo tempo o jogo baixou de intensidade, mas foi ainda o Beira-Mar a entrar do mesmo modo como tinha acabado o primeiro tempo, isto é, a criar muito perigo para o último reduto visitante. Exemplo disso foi uma grande jogada de envolvimento, ocorrida logo aos 47', com a bola a ser trocada desde a defesa até ao cruzamento da esquerda de Bruno Filipe, que culminou com um remate de primeira de Diogo Castor que passou ao lado e que teria dado um golo de bandeira. O mesmo jogador, aos 70', lançado por uma reposição de João Paulo, foge ao seu adversário, mas falha, na cara de Miguel, mais uma boa oportunidade.
A equipa de Coimbra responderia a estes lances também com duas boas ocasiões para desfazer a igualdade, ambas por intermédio de Paredes. Na primeira, aos 73', o número 9 de Coimbra não soube aproveitar uma bola largada pelo guardião aveirense e falhou de baliza aberta, para, aos 78', isolado pelo seu guarda-redes, falhar na cara de João Paulo.
Por fim, fica na retina a última perdida do jogo, pertencente aos auri-negros e que ocorreu em cima do minuto 90, com Pedro Aparício, dentro da área e livre de oposição, a falhar o remate e a atirar fraco, à figura de Miguel Rodrigues, uma bola que lhe tinha sido endossada da esquerda por Filipe Melo. A vitória cairia como uma luva!
A arbitragem do Sr. Rui Oliveira, da AF Porto, foi de fraco nível, complicando aquilo que as equipas tornaram fácil durante os 90 minutos.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

JUNIORES A: Surpresa apenas para quem não assistiu

SC Beira-Mar, 3 - Rio Ave FC, 0
(2-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar reagiu muito bem à marcante derrota sofrida na última jornada em Oliveira e de Azeméis e venceu ontem, de forma categórica, o Rio Ave, equipa que liderava a Zona Norte de Manutenção do campeonato nacional da 1ª divisão. A formação orientada por António Luís banalizou os vilacondenses, que foram surpreendidos, no relvado do Estádio Mário Duarte, por 3 golos sem resposta, não havendo discussão sobre a justiça do vencedor. O destino já está traçado, os aveirenses sabem que terão de disputar o campeonato da 2ª divisão na próxima época, mas esta vitória mostrou que o grupo é forte e que sabe ultrapassar bem as adversidades sofridas.
Num jogo fácil de dirigir pelo Sr. José Pedro Laranjeira, da AF Coimbra, o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Hugo (gr); João Neves, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo: André Silva e Tiago Ramalho; Bento Cortesão (Lucas, 71'), Pedro Aparício (Bernardo Subtil, 80') e Bruno Lopes (Lane, 84'); Diogo Castor.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Bruno Reis e Gui Ramos.
Num jogo em que ambas as equipas jogavam praticamente para a dignificação dos emblemas que ostentam e que teve um início equilibrado, foram os vilacondenses os primeiros a criarem perigo, aos 5', através do seu jogador nº 9, que se isolou na sequência de um ressalto, entrou na área, mas viu o guardião Hugo negar-lhe superiormente o golo. A resposta dos aveirenses surgiria pouco depois, aos 9', e, com maior eficácia, Diogo Castor consegue isolar-se, ultrapassar o guarda-redes, e atirar para a baliza deserta, fazendo o 1-0 que adiantava a sua equipa no marcador.
Após a vantagem aveirense, o Rio Ave ganhou algum ascendente e o empate esteve por perto, primeiro aos 18', com Hugo a ser novamente protagonista e a negar novamente o golo, desta feita ao jogador nº 11, que recebeu um bom passe da direita. Mais tarde, aos 24', foi outra vez o avançado nº 9 a dispor de mais uma ocasião para chegar à igualdade, valendo aos aveirenses a sua inoperância, bem ilustrada pelo remate torto efectuado na cara de Hugo.
O Beira-Mar responderia apenas aos 26', num lance em que Pedro Aparício serviu Diogo Castor no corredor direito, de onde partiu um cruzamento tenso e bem medido, ao qual Bruno Filipe chegou ligeiramente atrasado para finalizar de cabeça. Foi o aviso para o que chegaria no minuto seguinte, uma grande penalidade assinalada prontamente pelo juiz da partida a castigar derrube a Diogo Castor. Pedro Aparício, encarregado, da marcação do castigo máximo, ainda permitiu a defesa ao guardião contrário, mas, na recarga, emendou para o já surpreendente 2-0.
Até ao intervalo, destaque para a boa organização defensiva evidenciada pela equipa do Beira-Mar, que não mais deixou o seu adversário criar qualquer situação de perigo.
No segundo tempo, esperava-se, naturalmente, uma reacção mais forte do Rio Ave, que produziu duas alterações ao intervalo, mas foram os aveirenses, aos 55', a elevar para 3-0, num cabeceamento primoroso de Pedro Aparício, que, ao segundo poste, finalizou da melhor maneira um excelente cruzamento da esquerda de Bruno Lopes.
A partir daqui o Beira-Mar entregou definitivamente a iniciativa do jogo ao Rio Ave, que foi incapaz de romper a bem estruturada organização aveirense. Destaque apenas para dois lances, o primeiro aos 74' (defesa de Hugo com os pés) e o outro aos 87' (desvio de Hugo para canto a cabeceamento do perigoso jogador nº 6), em que o nosso adversário poderia ter reduzido.
Nada a dizer para esta vitória da equipa teoricamente menos forte e, a haver surpresa, foi apenas para quem não assistiu ao jogo.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

JUNIORES A: Descida consumada com derrota em Oliveira de Azeméis

UD Oliveirense, 3 - SC Beira-Mar, 1
(2-1, ao intervalo)

Está confirmado, o SC Beira-Mar vai disputar, na próxima época, o campeonato nacional de juniores da 2ª divisão. Esta foi a sentença ditada pela derrota no decisivo jogo, disputado no passado sábado em Oliveira de Azeméis, onde só a vitória interessava aos auri-negros.Os aveirenses ainda estiveram em vantagem, mas a reviravolta consumada em cima do tempo de intervalo galvanizou os locais e desferiu um rude golpe na moral beiramarense, trazendo uma grande intranquilidade aos seus jogadores, incapazes de reverter a situação no segundo tempo.
Para atacar o jogo, o técnico António Luís fez alinhar:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Ricardo Pinto (Lucas, 74') e Filipe Melo; André Silva, Bernardo Subtil (Lane, int) e Pedro Aparício; Bento Cortesão, Diogo Castor e Bruno Lopes (João Neves, int).
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Fábio e Tiago Ramalho.
O jogo era decisivo para o Beira-Mar, mas para a Oliveirense, com uma situação ainda indefinida, também era de muita importância. E este factor fez-se notar no início, com os aveirenses a aproveitarem algum nervosismo dos anfitriões para entrarem melhor na partida. Aos 10' Diogo Castor deixa um primeiro aviso, rematando à figura de Canha e, 3 minutos volvidos, o mesmo jogador concluiu com êxito de cabeça, à boca da baliza, um magnífico cruzamento da direita de Bruno Reis.
0-1 ainda mais intranquilizou os locais, cujo nervosismo era evidente, e este foi o período em que a história do jogo poderia ter sido mudada. Aos 23', numa transição rápida por parte dos aveirenses, Diogo Castor colocou Bento Cortesão na cara do guardião Canha, mas o ex-Beira-Mar levou a melhor ao seu adversário e negou aquilo que seria o segundo golo para os forasteiros.
A Oliveirense apenas deu o seu primeiro sinal de perigo aos 31', quando, após um lançamento longo para as costas da defesa, Luís Ferreira ficou isolado, valendo uma saída arrojada de Hugo aos pés do seu adversário. Este foi também o sinal da mudança no sentido do jogo, já que, até ao intervalo, apenas se registaram situações de perigo junto da baliza do aveirense Hugo. Ricardo Tavares, aos 33', na sequência de um livre lateral apontado por Sérgio, cabeceou por cima do travessão e, aos 35', foi novamente Luís Ferreira a receber nas costas dos adversários e a desperdiçar, mais uma vez, na cara de Hugo, que lhe negou o empate. Mas este surgiria pouco depois, aos 37', numa jogada em que a equipa da Oliveirense ganhou uma série de ressaltos na zona do meio-campo e, com isso, conquistou o desequilíbrio suficiente para soltar na direita Ricardo Tavares, de onde desferiu potente e colocado remate que resultou no 1-1.
O pior para formação orientada pelo técnico António Luís foi mesmo o golo surgido em cima dos 45 minutos, numa falta que o árbitro da partida descortinou perto da linha limite da grande área aveirense. Numa execução exemplar, Sérgio aproveitou a benesse e colocou a sua equipa na frente por 2-1, resultado com que se chegou ao descanso e que era tremendamente injusto para aquilo que as equipas tinham produzido.
O Beira-Mar produziu algumas alterações para o segundo tempo, mas seria a Oliveirense a dispor, logo no primeiro minuto, de uma grande oportunidade para ampliar a vantagem, mas Ricardo Tavares culminou o seu arranque isolado para a baliza com um remate devolvido pelo travessão.
A esta grande perdida ainda responderam os aveirenses, aos 49', mas Bento Cortesão, sozinho ao segundo poste após livre de André, falhou o cabeceamento.
A Oliveirense mostrava-se, nesta etapa complementar, uma equipa muito mais tranquila, estado de espírito a que não era alheio o tónico da vantagem conseguida em cima do intervalo e alguma ansiedade que tinha passado para o lado do Beira-Mar. É neste contexto que, aos 52', por Miguel, e aos 60', por Emanuel, os donos do terreno voltaram a ameaçar o guardião Hugo, que viu o primeiro remate sair por cima, desviando o segundo para canto. Pouco depois, aos 64', seria Coutinho, após uma excelente jogada de combinação com Miguel, a estar na cara de Hugo para falhar o "chapéu" e a oportunidade do terceiro golo.
Foi um período em que a Oliveirense dispôs, claramente, de oportunidades para "matar" o jogo, mas que daria lugar a outro onde o empate pairou também por algumas vezes. Pedro Aparício, aos 65', após iniciativa individual, rematou da meia-lua sem direcção e, aos 69', Lane consegue fugir pela direita e atrasar para Diogo Castor, que viu o seu remate ser desviado por um adversário. Finalmente, aos 72', voltou a ser Canha a negar a igualdade, desviando com alguma dificuldade um remate de Lane.
A Oliveirense já só jogava com o relógio, recorrendo às habituais perdas de tempo nestas situações, mas ainda foi "premiada", aos 85', com a obtenção do 3-1, obtido por Leo na primeira vez que tocou na bola, depois do aproveitamento de um erro no sector recuado de uma equipa já a jogar sobre brasas.
Pelo que se bateram na partida, os nossos jogadores não mereciam a condenação imediata à despromoção, muito menos com uma derrota por estes números. Fica a certeza que, após esta queda, nos iremos levantar com muito mais força.
Não gostámos da arbitragem do Sr. Tiago Antunes, da AF Coimbra, que mostrou uma característica (partilhada pelos auxiliares) que nunca o deixará ir longe na carreira - sentiu em demasia o ambiente.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

JUNIORES A: Até ao lavar dos cestos é vindima

SC Beira-Mar, 5 - FC Vizela, 0
(3-0, ao intervalo)

Com a situação muito complicada em termos de garantirem a manutenção no campeonato nacional da 1ª divisão na próxima época, os juniores do Beira-Mar e do Vizela encontraram-se na tarde de sábado no estádio Mário Duarte e, no final dos 90 minutos, após a goleada imposta pelos auri-negros, que bateram o seu adversário por 5 golos sem resposta, algumas ilações se retiraram. Os vizelenses, com este desaire, já estão matematicamente condenados à descida de escalão, enquanto que os aveirenses, apesar de continuarem com uma missão muito difícil, fizeram crer que até ao lavar dos cestos é vindima e que enquanto há vida há esperança.
O jogo começou de uma forma equilibrada em termos da posse de bola e de tentativas de ataque, tendo inclusivamente pertencido aos forasteiros a primeira grande situação para marcar. Foi aos 2' e resultou de uma falha de Miguel Campos que deixou o seu adversário na cara de João Paulo, que se opôs muito bem ao remate e desviou a bola para canto.
Também cedo se percebeu que, apesar das iniciativas de ataque se repartirem, a organização defensiva das duas equipas fazia toda a diferença. Enquanto que os ataques do Vizela eram normalmente condenados ao fracasso, os momentos ofensivos dos comandados de António Luís levavam, por norma, muito perigo à baliza do "gigante" Luís.
Embalados pelo 1-0, que surgiu aos 9' na sequência de um livre na esquerda marcado por Bernardo Subtil e finalizado com um magnífico desvio de cabeça de Miguel Campos, os auri-negros passaram a ser um quebra-cabeças para o último reduto dos minhotos. O segundo golo ameaçou aos 15', numa jogada de contra-ataque pela direita, com Bento Cortesão a servir no meio Diogo Castor, que adiantou em demasia e permitiu a intervenção do guardião contrário. Três minutos volvidos, nova grande oportunidade para ampliar a vantagem, desta feita com Bruno Filipe a isolar Bento Cortesão, que ultrapassa o guarda-redes Luís mas permite que a sua finalização para a baliza deserta seja cortada por um adversário.
Com tantas oportunidades de golo flagrantes criadas pelo Beira-Mar não admirou que, aos 29', acontecesse o 2-0. Bruno Filipe, que esteve muito bem no jogo, recebeu na área um cruzamento da direita e, à meia-volta, surpreendeu tudo e todos com um remate que só parou no fundo das redes do Vizela. Aos 36', o mesmo jogador teve nos pés, após grande passe de André Silva, a possibilidade de bisar, mas o "chapéu" na cara do guarda-redes saiu alto e a possibilidade do 3-0 foi adiada para o minuto 41, momento em que Diogo Castor tirou partido da grande fragilidade defensiva que evidenciava a formação vizelense  para isolar Bernardo Subtil, que teve tempo para correr isolado, esperar pelo adversário para o tirar do caminho e visar com frieza e com êxito a baliza do impotente Luís.
O segundo tempo foi um período penoso para o Vizela, que se mostrou uma equipa descrente, deixou quase de ter bola e assistiu a uma avalanche ofensiva dos donos do terreno que resultaram em mais 2 golos e umas quantas oportunidades perdidas que poderiam ter dado ao marcador números inusitados.
Bruno Filipe continuava endiabrado e, aos 47', após um grande gesto técnico em que tira dois adversários do caminho, fica na cara do guarda-redes mas remata por alto. Foi o aviso para o 4-0, que o próprio alcançaria pouco depois, aos 52', numa recarga de cabeça a uma defesa incompleta de Luís após um primeiro remate de Diogo Castor. E o "hat-trick" de Bruno Filipe só não aconteceu, aos 55', porque o esquerdino aveirense, lançado pela esquerda, viu o seu remate cruzado ser desviado para canto pelo guardião Luís.
O jogo estava decidido, mas sentia-se que outros golos poderiam acontecer, tal era a vontade dos aveirenses em mostrar serviço e a apatia e desnorte dos vizelenses. A goleada poderia ter sido aumentada aos 62' e 65', com Diogo Castor a servir primeiro Bento Cortesão e a isolar depois Pedro Aparício, mas ambas as situações foram salvas pelo guardião minhoto. O próprio Diogo Castor, aos 66', depois de ultrapassar Luís, não tem a pontaria afinada e, sem ninguém entre os postes, atira "escandalosamente" ao lado, voltando a ameaçar, aos 75', com um remate de fora da área, após excelente jogada de envolvimento, que rasou o travessão.
O 5-0 tardava em surgir, só acontecendo mesmo depois de mais uma grande perdida, ocorrida aos 79', quando uma jogada de contra-ataque em superioridade numérica não é aproveitada devido à decisão de Bruno Filipe, que conduzia a bola pela esquerda e preferiu o remate em vez da assistência a dois colegas na zona frontal. A conta só seria "arredondada" aos 81' por André Santos, com um vistoso e largo "chapéu" a que Luís não conseguiu chegar.
Vitória sem qualquer contestação num jogo mais uma vez muito bem dirigido pelo Sr. Renato Gonçalves e sua equipa da AF Guarda e no qual o Beira-Mar se apresentou com:
João Paulo (gr); Bruno Reis (Lane, 57'), Miguel Campos, Ricardo Pinto e João Neves; André Silva e Bernardo Subtil; Bento Cortesão (André Santos, 63'), Pedro Aparício e Bruno Filipe; Diogo Castor.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr) e Gui Ramos.

domingo, 6 de abril de 2014

JUNIORES A: Nulo castiga fraco desempenho das equipas

GD Chaves, 0 - SC Beira-Mar, 0
(0-0, ao intervalo)

Num jogo de fraco nível técnico, pautado pelo equilíbrio na maior parte do tempo, as equipas do Chaves e do Beira-Mar anularam-se mutuamente e acabaram por repartir um ponto para cada uma, castigo que resulta do 0-0 com que se chegou ao final dos 90 minutos regulamentares.
Não foi brilhante o espectáculo, tendo os artistas como atenuantes as reduzidas dimensões do rectângilo de jogo e algum vento que se fez sentir durante a partida. O primeiro tempo teve sempre iniciativas repartidas, mas pertenceram ao Chaves as primeiras situações para marcar, ambas protagonizadas por Serra no momento da finalização. Aos 10' de jogo Sérgio José, muito possante fisicamente, foge pela esquerda e remata para uma defesa incompleta de João Paulo, tendo o nº 31 flaviense Serra, na recarga, atirado por cima. Foi uma grande oportunidade para golo, que poderia ter acontecido novamente, aos 33', na sequência da marcação de um canto em que o activo Serra, ao primeiro poste, desviou de cabeça com muito perigo, tendo a bola voltado a sair por cima do travessão.
Os auri-negros também responderiam com uma oportunidade para marcar, aos 36', no seguimento de uma boa jogada pela direita, com Fábio a cruzar para Bento Cortesão, ao segundo poste, chegar ligeiramente atrasado à finalização.
No segundo tempo, com o vento a favor, os transmontanos tiveram uns primeiros 15 minutos de maior domínio, tendo os aveirenses aguentado muito bem esse ímpeto inicial, não deixando que fossem criadas quaisquer situações de finalização perigosa.
Passado este período, o Beira-Mar assentou o seu jogo, equilibrou o domínio e criou, aos 72'. uma grande oportunidade para se adiantar no marcador. Na sequência de um lançamento de linha lateral, Diogo Castor ganhou a bola na área e rematou à baliza, tendo a bola sido desviada e ficado à mercê de André Silva que não é suficientemente lesto para visar a baliza e é desarmado no último momento.
O Chaves, pelo ex-auri-negro Bruno Ribeiro, também teve a sua oportunidade no segundo tempo, aos 81', valendo neste caso João Neves que se opõe com êxito à tentativa de finalização do seu adversário.
O último lance de perigo do jogo, que poderia ter sido decisivo no desfecho do mesmo, pertenceu aos auri-negros, a 3 minutos dos 90 regulamentares, quando Pedro Aparício, servido por Lucas, surge na cara do guardião flaviense mas remata sem direcção, perdendo uma das mais soberanas ocasiões para desfazer o nulo com que se chegou ao final do encontro.
Faltou coragem à arbitragem do juiz bracarense, Sr. Ricardo Coimbra, que deixou passar em claro (com a conivência do seu auxiliar) uma clara grande penalidade, cometida aos 76' numa carga pela costas a Diogo Castor.
No Campo de Treinos do Estádio Municipal de Chaves, o Beira-Mar apresentou-se com:
João Paulo (gr); Fábio (João Neves, int), Miguel Campos, Ricardo Pinto e Filipe Melo; Tiago Ramalho e Pedro Aparício; Bento Cortesão, Bernardo Subtil (Lucas, 58') e André Silva (Lane, 82'); Diogo Castor.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Bruno Filipe e André Santos.

segunda-feira, 31 de março de 2014

JUNIORES A: Paços fortes para auri-negros macios

SC Beira-Mar, 2 - FC Paços Ferreira, 5
(1-2, ao intervalo)

O FC Paços de Ferreira mostrou-se um adversário demasiado forte para o momento actual que o Beira-Mar atravessa e levou de vencida a formação sub-19 auri-negra por concludentes 2-5, resultado que é, todavia, castigo demasiado severo para aquilo que, apesar de tudo, a formação aveirense produziu na partida disputada na tarde chuvosa deste domingo. Sem estar em causa a justiça do vencedor, os números acabam por ser demasiado severos e enganadores para um jogo em que os auri-negros só bastante tarde deixaram de lutar pelo resultado.
O Estádio Mário Duarte acolheu a partida da jornada inaugural da 2ª volta da 2ª fase do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão, onde o Beira-Mar se apresentou com:
Hugo (gr); Bruno Reis (André Santos, 73'), Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho e João Neves; Bento Cortesão (Bruno Filipe, 80'), Diogo Castor (cap) e Lucas (Pedro Aparício, int); Lane.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e Bernardo Subtil.
Com uma boa entrada de ambas as equipas, que repartiram o jogo na parte inicial, o desequilíbrio só seria desfeito aos 11', momento em que, na sequência da marcação de um canto na direita, o Paços de Ferreira chegou ao 0-1 e se adiantou no marcador de uma forma ainda não justificada.
Os auri-negros acusaram o golpe e o Paços de Ferreira poderia ter facturado de novo aos 15' e 17', com Hugo a fazer uma magnífica intervenção neste último lance. O guardião aveirense voltaria a estar em evidência aos 23', com mais uma difícil defesa num lance em que quase era traído por um desvio num colega. Era um período do jogo em que o Paços de Ferreira se mostrava muito mais perigoso, resultado de um futebol envolvente em que a dinâmica apresentada pelos pacenses não conseguia ser travada por um Beira-Mar muito macio e algo descrente.
Não admirou, pois, que, aos 28', a formação da "Capital do Móvel" voltasse a marcar, resultando o 0-2 novamente de uma situação de bola parada, com o nº 11 a converter, de forma superior, um livre directo à entrada da área.
Os aveirenses, finalmente, reagiram a esta desvantagem e, aos 30', faltou sorte à nossa equipa para ter chegado ao golo. No mesmo lance, primeiro foi Filipe Melo, com um soberbo remate, rasteiro, de fora da área, a levar a bola ao poste, para, na recarga, Diogo Castor atirar rente ao ferro do lado contrário. Foi o prenúncio para o 1-2 que chegaria pouco depois, aos 35', por Tiago Ramalho, que finalizou no coração da área, em posição frontal, uma jogada iniciada pela direita.
O jogo estava relançado e os auri-negros voltaram a entrar muito bem no segundo tempo, tendo Diogo Castor, logo aos 50', colocado Bruno Reis na cara do guardião pacense, mas o lateral-direito aveirense rematou à figura do seu adversário e perdeu uma enorme oportunidade para restabelecer a igualdade.
O castigo chegou 3 minutos depois, com a eficácia pacense e a categoria do seu atleta Osea a fazer o 1-3 numa jogada de puro contra-ataque. Este golo abalou novamente a crença dos auri-negros, que viram o seu adversário fazer o 1-4 quase de rajada, aos 56', numa iniciativa individual do jogador nº 9, que mostrou bons pormenores de natureza técnica.
Parecia que o vencedor estava encontrado, mas uma réstia de esperança ainda surgiu aos 57', quando Lane é derrubado no momento em que já se encontrava na cara do guarda-redes para finalizar. Desse lance resultou a expulsão do infractor pacense e o 2-4 por Diogo Castor, que converteu exemplarmente o castigo máximo.
A partir desse momento a nossa equipa voltou a acreditar e o jogo poderia ter sido de novo relançado se Filipe Melo, aos 75', quando ficou na cara do guarda-redes, tivesse convertido em golo esta flagrante oportunidade. Não o fez e foi o Paços de Ferreira, em mais uma mortífera jogada de contra-ataque pela direita conduzida novamente pelo endiabrado Osea (nº 3), que "matou" o jogo através de uma finalização fácil do entrado nº 17, que fixou o resultado final em 2-5.
Com esta derrota, a formação comandada por António Luís quase que se despede do escalão maior para a próxima época, restando, nos 6 jogos que faltam, apesar dos 10 pontos de atraso para a "linha de água", continuar a jogar como equipa capaz de lutar sempre pela vitória, pois só deste modo se dignifica o emblema que ostentam nas camisolas.
A arbitragem do Sr. Edgar Correia, árbitro da AF Coimbra, não poderá ser acusada da derrota verificada, mas complicou um jogo que tinha tudo para ser fácil, muito por culpa do protagonismo que quis assumir o seu auxiliar do lado da bancada poente.

domingo, 23 de março de 2014

JUNIORES A: Adormecimento inicial custou caro aos auri-negros

SC Beira-Mar, 0 - Varzim SC, 3
(0-2, ao intervalo)

Quando uma equipa perde por 3 golos sem resposta, a justiça do vencedor raramente poderá ser posta em causa, mas a sensação com que se ficou no jogo da tarde de sábado entre o Beira-Mar e o Varzim, que contava para o campeonato nacional de juniores da 1ª divisão, é a de que, mais do que por mérito dos poveiros, o resultado se justifica por uma primeira parte nula dos aveirenses, que puramente não existiram em termos competitivos. Esta modorra durante a etapa inicial ditou a quarta derrota dos comandados de António Luís na 2ª fase da prova e tudo se torna cada vez mais difícil, tendo em vista o cumprimento dos objectivos traçados.
Com uma boa arbitragem do Sr. Leonardo Marques, da AF Aveiro e com o relvado do Estádio Mário Duarte como palco, o SC Beira-Mar apresentou:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, João Neves, Bernardo Subtil (Bruno Filipe, 84') e André Santos (Lane, 30'); Bento Cortesão (Lucas, 74') e Diogo Castor (cap).
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr) e Ricardo Pinto.
Na fase inicial do jogo só deu Varzim, que ameaçou logo aos 3' com uma bola no poste, na sequência de um pontapé de canto. O que aconteceu aos 10' (0-1), adivinhava-se desde os primeiros instantes, face ao modo fácil como os varzinistas jogavam, perante uma equipa do Beira-Mar que praticamente se mostrava sem energia e sem chama. O nº 9 aparece isolado, deixando a nu a permeabilidade do eixo defensivo aveirense, e desvia de Hugo, que pouco podia fazer para evitar a inauguração do marcador.
Esta desvantagem mexeu ligeiramente com o brio dos auri-negros, que melhoraram um pouco e, como consequência, quase chegavam ao empate, aos 20'. Na sequência da marcação de um livre na direita, por Diogo Castor, a bola sobra no coração da área para Bento Cortesão, que, em posição frontal, remata para a baliza, à figura do guardião contrário, gorando-se uma excelente ocasião para igualar o jogo.
Mas este "fogacho" não teve continuidade, rapidamente os poveiros voltaram a tomar conta da partida e a mostrar serem uma formação muito mais madura. Aos 25', no seguimento de uma boa jogada pela direita, a bola é cruzada rasteira para a área, onde sobrou para o atleta nº 8, que tinha tudo para visar a baliza, não fosse um corte providencial de Neves. Pouco depois, aos 28', foi o nº 11 do Varzim a proporcionar a defesa do jogo a Hugo, que negou o segundo golo com um desvio em voo para canto a um remate em arco do adversário.
Foi o adiar do 0-2, que surgiu naturalmente, aos 31', ainda que com alguma felicidade do seu autor, o lateral-direito, que introduziu a bola diretamente na baliza, quando cruzou para a área e a viu passar por todos, apanhando ainda o guardião aveirense em contrapé.
Até ao intervalo, nota para um remate de Tiago Ramalho, aos 39', que saiu uma vez mais à figura do guarda-redes, e para uma grande jogada de envolvimento do Varzim, aos 43', com o seu lateral-direito a aparecer a finalizar na zona central da área, rematando, felizmente, por alto e perdendo, deste modo, uma das mais flagrantes oportunidades da primeira parte.
O jogo, que registava um resultado inteiramente justo ao intervalo, mudou literalmente no segundo tempo. Com alterações de ordem táctica e troca de posição de alguns jogadores no xadrez auri-negro, a etapa complementar foi inteiramente do Beira-Mar, que só não pode reclamar outro resultado porque a ineficácia da sua finalização foi impressionante. Lane foi o mais perdulário, podendo ter relançado o jogo aos 47' (isolado rematou contra o corpo do guarda-redes), 53' (novamente no frente-a-frente com o guardião poveiro viu este levar-lhe a melhor) e 63' (lançado na direita, entrou sozinho na área, mas rematou fraco para as mãos do nº 1 da Póvoa), tudo oportunidades gritantes de golo falhado.
Filipe Melo, aos 67', após uma boa combinação com Diogo Castor, também imitou o seu colega, rematando sem direcção, na cara do guardião contrário, perdendo mais uma grande oportunidade para encurtar distâncias.
Era desperdício a mais para uma equipa que se tinha transfigurado, em termos de atitude e empenho, e que tinha reduzido o seu adversário quase à insignificância, mas que precisava de um golo para poder entrar na discussão do resultado. E, depois de isso poder ter acontecido novamente, aos 81', na sequência da marcação de um pontapé de canto, o Varzim viria a desferir o golpe de misericórdia, obtendo, na sequência de um lance do mesmo tipo, o 0-3 definitivo. Injusto, mas legal, nada a dizer.
Resumindo, não se pode dizer que os forasteiros não venceram com justiça, por tudo aquilo que fizeram durante a primeira parte, mas o resultado acaba por ser demasiado pesado, ainda que os aveirenses só se possam queixar de si próprios e do desperdício evidenciado no segundo tempo para não terem determinado outro tipo de desfecho.

domingo, 16 de março de 2014

JUNIORES A: Derrota e injustiça ao minuto 90

A Académica C, 3 - SC Beira-Mar, 2
(1-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar não conseguiu segurar a vantagem que por duas vezes conseguiu no marcador e foi, com alguns laivos de injustiça, derrotada ao cair do pano por uma Académica que correu sempre atrás do prejuízo e chegou à vitória com bastante dose de felicidade. O desfecho, desastroso para as pretensões dos auri-negros, foi um duro castigo para os aveirenses, que estiveram quase sempre em vantagem e mostraram durante o jogo, discutido em toda a linha, nada serem inferiores ao seu adversário.
Na Academia Dolce Vita, em Coimbra, o técnico António Luís apresentou:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, João Neves (Bruno Filipe, 88') e André Santos (Bernardo Subtil, 69'); Diogo Castor, Lane (Lucas, 79') e Bento Cortesão.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr) e Ricardo Pinto.
O início do jogo foi bastante movimentado, pautado pelo equilíbrio e com as equipas a criarem situações de perigo junto de cada uma das balizas. Paredes abriu as hostilidades, aos 4', com um remate que saiu ao lado, respondendo o Beira-Mar, aos 6', através de um cruzamento de André, cortado providencialmente quando Lane e Bento se preparavam para finalizar ao segundo poste. Aos 10', foi Saltão que ganhou uma segunda bola após marcação de canto e pôs Hugo à prova, para de seguida, aos 12', ser a vez de Lane falhar o cabeceamento por muito pouco, no seguimento de um cruzamento para a boca da baliza de Filipe Melo.
Esta toada de parada e resposta terminaria no 0-1, obtido por Fábio, aos 14', com um cabeceamento certeiro, concluindo da melhor maneira um livre lateral, sobre a esquerda, apontado por Diogo Castor.
A Académica reagiu ao golo e passou a ter maior posse de bola, ainda que as suas intenções fossem, quase sempre, neutralizadas pela boa organização dos auri-negros. Mas esse maior pendor atacante resultaria mesmo no empate, alcançado por Brás, aos 30', após bom trabalho à entrada da área e remate rasteiro e colocado (bateu no poste antes de entrar), que não qualquer hipótese de defesa a Hugo.
Até ao final do primeiro tempo, nota apenas para um cabeceamento perigoso de Pedro Nunes, após cruzamento largo da direita. A igualdade registada ajustava-se perfeitamente ao que se tinha desenrolado em campo.
Na etapa complementar, voltou a ser a Académica a primeira a criar perigo, quando, aos 47', Hugo largou a bola na sequência da marcação de um pontapé de canto, valendo que o remate de Brites, de costas para a baliza, fez a bola sobrevoar o travessão. Seria, contudo, o Beira-Mar a ser mais feliz, pois na resposta, em jogada pela direita, Diogo Castor, puxa para dentro e, de pé esquerdo, visou com êxito a baliza de Brito, obtendo um golo de belo efeito e colocando a sua equipa, pela segunda vez, em vantagem no marcador.
À semelhança do sucedido no primeiro tempo, o 1-2 voltou a espicaçar os "estudantes", que tornaram a ser mais pressionantes e tomaram algum ascendente no jogo. Aos 55', Hugo nega mesmo a Brás o empate, situação que esteve novamente na iminência de acontecer, aos 57', após marcação de um canto.
Já com a equipa do Beira-Mar a acusar alguma fadiga física, o que não lhe permitiu "matar" o jogo em algumas transições com vantagem numérica, foi numa situação de contra-ataque, aos 74', que os donos da casa chegaram ao 2-2, um lance de algum infortúnio para Fábio, que fez autogolo quando pretendia sacudir uma bola colocada na boca da baliza.
Este golo funcionou como um tónico para os conimbricenses e pesou bastante na moral dos auri-negros, que tiveram de aguentar com um "pressing" final da Académica. Isto resultou em situações de muito perigo para a baliza de Hugo, que, aos 83', não conseguiu chegar à bola na sequência de um livre e viu Brites, nas suas costas, cabecear ao lado. Aos 85', o guardião aveirense faz uma grande defesa e opõe-se a um remate frontal após jogada de muita insistência e, finalmente, em cima dos 90 regulamentares e após uma sequência de cantos a favor, a Académica, por intermédio de Jorge Correia, que tinha sido lançado no jogo, chega à vitória, num lance de muita confusão na área que terminou com uma finalização de cabeça, à boca da baliza.
Tudo poderia ter terminado com maior justiça se, em período de compensação, Bento Cortesão, isolado pelo hoje "capitão" Diogo Castor, tivesse sido mais feliz e não visse o seu desvio do guardião Brito passar a rasar o poste da baliza coimbrã. Muita falta de sorte!
A arbitragem do Sr. Jorge Ladeiras, da AF Santarém, embora não isenta de pequenos erros, não influenciou o resultado, até porque o jogo foi relativamente fácil de dirigir e não apresentou grandes casos.

domingo, 9 de março de 2014

JUNIORES A: Valor do adversário e ferros da baliza explicam o resultado

Rio Ave FC, 2 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Com um golo em cada meio tempo, a equipa de juniores do SC Beira-Mar saiu derrotada de Vila do Conde, por 2 golos sem resposta, averbando o segundo desaire consecutivo na 2ª fase do campeonato nacional da 1ª divisão, onde a manutenção ficou agora ainda mais difícil. A valia do Rio Ave, que conta por vitórias os 5 jogos disputados nesta fase e lidera destacado a classificação, a par da ausência da sorte de que os auri-negros necessitavam, quando viram remates de Bento Cortesão e Miguel Campos serem devolvidos pela barra e pelo poste da baliza vilacondense, acabam por justificar o desfecho do jogo e os números do resultado.
Numa tarde de um dia verdadeiramente primaveril e com uma boa arbitragem do Sr. Humberto Teixeira, juiz da AF Porto, o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil (João Neves, 52') e Pedro Aparício (cap) (Lane, 42'); Lucas (André Santos, 69'), Diogo Castor e Bento Cortesão.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e Bruno Filipe.
Numa primeira parte de maior iniciativa e domínio por parte do Rio Ave, pertenceria, contudo, aos aveirenses a primeira grande situação para chegar ao golo. Foi aos 4', após uma iniciativa de Bento Cortesão, que ganhou vários ressaltos, acabando por surgir em boa posição na área Filipe Melo, que rematou às malhas laterais.
Seria, no entanto, o Rio Ave a adiantar-se no marcador, aos 13', por intermédio do seu jogador nº 10, que finalizou à boca da baliza (deu ideia, inclusivamente, de posição irregular) uma jogada de envolvência do ataque vilacondense. A diferença fazia-se em termos de eficácia, uma oportunidade para cada lado mas 1-0, em golos, para o Rio Ave.
Aliás, paradoxalmente, num primeiro tempo de grande posse de bola para os da casa, que jogaram a maior parte do tempo instalados no meio-campo auri-negro, acabaria por ser do Beira-Mar a única situação de perigo que se voltaria a registar até ao intervalo. Foi aos 33' que os aveirenses tiveram o empate por perto, no seguimento de uma boa jogada de ataque, com Pedro Aparício a ser servido pelo meio e a efectuar um primeiro remate, que cruzou a baliza contrária e apanhou Bernardo Subtil, ao segundo poste, a atirar para fora.
Uma entrada algo desconcentrada dos auri-negros no segundo tempo quase deu golo na primeira jogada, com uma má abordagem de Miguel ao lance a deixar um adversário isolado, valendo Hugo para evitar o pior, defendendo um primeiro remate com o pé e a recarga com uma magnífica estirada.
Este lance deu início a uns 10 minutos fortes do Rio Ave, que, embora não criando situações de golo, empurrava os auri-negros para terrenos recuados, dos quais se foram, pouco a pouco, libertando. O primeiro aviso deixou-o Bento Cortesão, aos 57', num remate forte, desferido de fora da área, que levou a bola caprichosamente a embater na barra.
E, um pouco à semelhança do primeiro tempo, não marcou o Beira-Mar, marcaria o Rio Ave. O 2-0 surgiu aos 64', pelo recém-entrado Tiago Esgaio, que recargou vitoriosamente uma bola dividida, após cruzamento da direita, entre o guardião Hugo e um adversário que procurou o cabeceamento.
Estava-se no melhor período do Beira-Mar, que, após alterações introduzidas, tinha melhorado e não desistia do jogo. Aliás, os auri-negros poderiam ter voltado a entrar na discussão do resultado quando, aos 75', no seguimento de um canto e cruzamento de Fábio, Miguel Campos vê o seu cabeceamento ir embater no poste do batido Maravalhas. Era mesmo dia não para os aveirenses.
Até final, o jogo repartiu-se e qualquer uma das equipas poderia ter ainda marcado. O Rio Ave criou perigo, aos 76', também na sequência da marcação de um pontapé de canto e, aos 79', é Lane, isolado, que se deixa antecipar e perde uma boa ocasião para encurtar distâncias. Pertenceria aos da casa o derradeiro lance de perigo, com Tiago Esgaio, aos 84', a rematar forte, em posição frontal, mas ao lado da baliza de Hugo.
Num jogo que confirmou uma espécie de maldição dos "capitães" do Beira-Mar (depois de Gui e André Silva anteriormente, em Vila do Conde foi Pedro Aparício a lesionar-se), o Rio Ave mostrou-se mais forte, mas a sorte do jogo também nada quis com os comandados de António Luís, que terão de esperar por melhores dias para encetar a recuperação em que ainda se acredita.

quarta-feira, 5 de março de 2014

JUNIORES A: "Míssil" abate superioridade auri-negra

SC Beira-Mar, 0 - UD Oliveirense, 1
(0-0, ao intervalo)

Em dia de Carnaval, foi com uma "bomba" monumental que a Oliveirense derrotou em Aveiro um Beira-Mar que lhe foi quase sempre superior e que só num lance, tão fortuito quanto espectacular, viu ruir as suas aspirações de conquistar os 3 pontos e sair, dessa forma, da zona de despromoção do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão.
Como se costuma dizer nestas situações, aconteceu futebol, saindo vitoriosa a formação que menos o merecia, ainda que os auri-negros apenas se possam queixar de si próprios e da sua inoperância para colocar a bola dentro da baliza. É verdade que ainda falta muito campeonato, mas neste jogo foi perdida uma ocasião de oiro, até por aquilo que foi dado observar em campo, para dar um grande salto em frente.
Numa partida com uma excelente arbitragem do Sr. José Pedro Laranjeira, árbitro da AF Coimbra, o técnico António Luís apostou em:
Hugo (gr); Bruno Reis (João Neves, 84'), Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil, Pedro Aparício (cap) e Diogo Castor; Bento Cortesão (André Santos, 66') e Lane (Lucas, 67').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e Bruno Filipe.
A primeira parte foi dominada completamente pelo Beira-Mar, equipa que melhor soube adaptar-se às difíceis condições do relvado, que mais tempo jogou no meio-campo adversário e que transformou a sua maior e melhor posse de bola num número suficiente de ocasiões de perigo para lhe poder conferir vantagem no marcador ao intervalo. Ficaram na retina remates de Lane (6'), Diogo Castor (8') e Bento Cortesão (9'), lances em que, com um pouco mais de felicidade e acerto, poderiam ter colocado os auri-negros na frente do marcador.
Também Bernardo Subtil, aos 21', numa transição rápida após canto contra, não foi feliz a assistir no meio, desaproveitando-se uma situação flagrante de vantagem numérica. Como que a dizer que o dia não era do Beira-Mar, Lane, aos 24', acertou no poste. Pelo meio, e pela única vez nos primeiros 45 minutos, a Oliveirense, aos 22', criou algum perigo para a baliza de Hugo, através de um remate cruzado de Miguel.
O nulo ao intervalo era, pois, deveras lisonjeiro para os oliveirenses, que, na segunda parte, viram Lane desperdiçar uma boa ocasião logo no primeiro minuto, para responderem aos 47', num ressalto após livre frontal, aproveitado por Sérgio, que viu a defesa auri-negra opor-se no momento certo.
Aliás, o começo da etapa complementar foi extremamente frenético, com os auri-negros a perderem soberana ocasião no minuto seguinte, num lance em que Lane perdoou em zona proibitiva e, no seguimento da jogada, foi Bento Cortesão que viu o seu remate ser defendido em cima do risco, com o guardião Parreira fora dos postes.
E quando, aos 61', por acumulação de amarelos, Guimarães deixou a Oliveirense reduzida a 10 unidades, mais se acentuou a ideia de que o Beira-Mar, por aquilo que tinha feito e agora pela vantagem numérica, partiria para a tão ambicionada vitória. Mas, no futebol, tudo é imprevisível e, mal se tinha visto em inferioridade numérica, a Oliveirense chega à vantagem através de um remate de inspiração de Emanuel, que se decidiu, de muito longe, em atirar à baliza, colocando a bola no ângulo superior direito, tendo ainda batido na parte inferior do ferro antes de entrar. Indefensável! E injusto, também.
Este golo foi um balão de moral para os visitantes e um rude golpe para os auri-negros, numa altura em que o terreno pesado começava a fazer mossa na capacidade física dos atletas. Ainda assim, a equipa do Beira-Mar teve alento para encostar o adversário lá atrás e fazer dos últimos momentos da partida um verdadeiro massacre. Sorte (ou falta dela) e desacerto não deixaram, contudo, que as situações criadas por Diogo Castor (remate à figura, aos 85'), Bernardo Subtil (remate às malhas laterias, aos 86') e Pedro Aparício (remate em posição frontal, por cima do travessão, aos 88'), minimizassem as perdas e conferissem, pelo menos, o empate aos aveirenses.
Há carnavais assim...

domingo, 2 de março de 2014

JUNIORES A: Golões auri-negros carimbam vitória no "charco"

FC Vizela, 1 - SC Beira-Mar, 3
(1-0, ao intervalo)

Num jogo marcado pela chuva intensa, pelo vento e pelas más condições do relvado, transformado, em particular no primeiro tempo, numa imensa "piscina", a equipa de juniores do SC Beira-Mar alcançou em Vizela a segunda vitória consecutiva na segunda fase do campeonato nacional da 1ª divisão e ganhou um novo alento na luta pela fuga à despromoção. Em desvantagem ao intervalo, os auri-negros conseguiram uma reviravolta épica na segunda parte e carimbaram, com 3 magníficos golos, um importante triunfo diante de um adversário directo.
O técnico António Luís Ramos apresentou a seguinte formação:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil e Pedro Aparício (cap) (Lucas,86'); Bruno Filipe (Lane, int), Diogo Castor e Bento Cortesão (João Neves, 69').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e André Santos.
Verificadas as condições iniciais do terreno e com a chuva a não dar tréguas, logo se percebeu que este iria ser um jogo de muita luta e de menos futebol trabalhado. Entrou melhor o Beira-Mar e Pedro Aparício, logo aos 4', dispôs de uma flagrante ocasião para golo, mas "esqueceu-se" da água na relva e tentou colocar em jeito um remate que deveria ter saído em força. A terminar um melhor quarto-de-hora inicial dos auri-negros, aos 15', na sequência de um livre de Subtil, Miguel Campos desvia de cabeça, com muito perigo, mas ao lado.
Os donos do terreno foram melhorando, equilibraram a contenda e, aos 17', também num lance de bola parada, levaram perigo à baliza de Hugo, valendo o alívio de cabeça de Bruno Reis, que enviou a bola para canto. Já com o Vizela instalado mais tempo no meio-campo adversário, mas com o intervalo a chegar, os minhotos adiantaram-se no marcador através de uma grande penalidade a castigar uma "mão" de Fábio, tão evidente quanto desnecessária.
Tendo de correr atrás deste prejuízo, a segunda parte iniciou-se com uma alteração introduzida pela equipa técnica aveirense, que viria a dar bons resultados. Novamente com uma melhor entrada, seria também de bola parada que os aveirenses chegariam ao 1-1. Aos 59', na transformação de um livre frontal, o marcador de serviço, Bernardo Subtil, aprimorou-se na execução e não deu quaisquer hipóteses de defesa ao guardião Luís, fazendo entrar a bola na "gaveta".
O Vizela ainda reagiu ao golo do empate e criou bastante perigo, aos 71', na sequência da marcação de um pontapé de canto, com a bola a sair ao lado depois de desviada por um golpe de cabeça.
E foi já numa fase de chuva menos intensa, com a bola a deslizar bastante melhor pelo chão, que o Beira-Mar, aos 74', construiu uma excelente jogada de ataque que culminou no 1-2, obtido por um extraordinário cabeceamento de Lane, que desviou de forma imparável para o ângulo da baliza, um primoroso cruzamento da direita de Bruno Reis.
Num lance em que Lane teve tudo para bisar, os aveirenses conquistariam um canto que esteve na origem da confirmação da sua vitória. Diogo Castor encarregou-se da marcação, com Miguel Campos a cabecear imparavelmente e a colar às malhas da baliza do Vizela aquele que seria o 1-3 definitivo.
Até final, nota apenas para um lance, aos 83', em que os donos da casa, aproveitando um mau alívio de Hugo, poderiam ter reduzido a desvantagem, resultado que, eventualmente, teria sido mais condizente com o equilíbrio de forças mostrado na maior parte do tempo. Aliás, é caso para dizer, e isto sem beliscar minimamente o grande mérito nossa equipa e a justiça da sua vitória, que, tendo em conta as condições precárias e difíceis do terreno, na lotaria de Vizela a "taluda" veio para Aveiro.
A arbitragem do Sr. João Pinheiro, árbitro da AF Braga, esteve praticamente isenta de erros, situando-se a um nível excelente.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

JUNIORES A: Vitória feliz e moralizadora

SC Beira-Mar, 1 - GD Chaves, 0
(0-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar registou, na tarde de sábado, um importante triunfo no campeonato nacional da 1ª divisão, saldando-se o resultado de 1-0 bem melhor que a exibição rubricada diante de um GD Chaves que deu sempre a sensação de estar mais perto de poder chegar aos 3 pontos. Mas um golo solitário de Diogo Castor, obtido já na ponta final da partida, veio mostrar mais uma vez que em futebol a posse de bola não é tudo. Este foi, aliás, um jogo incaracterístico, pois se os flavienses foram mais dominadores em termos territoriais e criaram mais situações de perigo junto da baliza, pertenceram aos auri-negros as 3 mais flagrantes oportunidades de golo, todas esbanjadas de baliza aberta.
Num terreno bastante pesado, que o estádio Mário Duarte normalmente apresenta sempre que a chuva é inclemente, o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Hugo (gr); Bruno Reis (Fábio, 75'), Miguel Campos, Ricardo Pinto e Filipe Melo; Tiago Ramalho, André Silva (Lane, 8'), Bernardo Subtil e Pedro Aparício; Diogo Castor e Bento Cortesão (Lucas, 63').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr) e Bruno Filipe.
O primeiro tempo foi de domínio transmontano, que ameaçou logo aos 4' com um remate sem preparação de Bruno Ribeiro, defendido com muita dificuldade mas brilhantemente pelo guardião Hugo. Paulatinamente, os flavienses foram-se instalando no meio-campo dos auri-negros, que se viram privados, logo aos 8', de André Silva e denotavam imensa dificuldade em construir jogo. Daffe, por duas vezes (12' e 16'), voltou a estar perto de dar vantagem à sua equipa, primeiro num remate à meia-volta, e depois num "chapéu" falhado na cara de Hugo.
Sempre com o Chaves na mó de cima, o perigo só voltou a rondar as balizas ao minuto 44, quando J. Pedro aproveita uma falha no último reduto aveirense para rematar em boa posição à figura do seguro Hugo.
Em cima do apito para o intervalo, dando o mote para aquilo que seria o paradigma desta partida, a equipa que aparentemente se mostrava inofensiva dispôs da maior ocasião para inaugurar o marcador. Foi na sequência de um canto contra que o Beira-Mar desenvolveu uma transição muito rápida, com Diogo Castor a isolar Pedro Aparício, tendo o "capitão" aveirense feito o mais difícil (chegar primeiro à bola e ladear o guarda-redes) e falhado o que parecia mais fácil ( o seu remate para a baliza deserta saiu sem direcção).
Na segunda parte o cariz do jogo não se alterou e Bruno Ribeiro, logo aos 48', numa boa iniciativa individual, fez uma diagonal da esquerda para o meio e rematou forte, proporcionando a Hugo uma boa defesa por instinto. Aos 64', na ressaca de uma boa dividida entre Daffe eo guardião auri-negro Hugo,  Andrezinho dispôs de uma boa oportunidade para visar a baliza com êxito, negado por mais uma brilhante intervenção do número "1" aveirense. A tudo isto o Beira-Mar só conseguiu responder, aos 70', numa iniciativa de Pedro Aparício pela direita que terminou num remate já em desespero e que saiu ao lado.
O melhor, do ponto de vista dos auri-negros, estava reservado para os últimos 10 minutos do jogo, começando por um lance, aos 81', em que aconteceu o incrível! Lane, completamente só, na pequena área, com a baliza escancarada, a cerca de 2 metros da linha de golo, consegue fazer passar a bola por cima da barra! Só visto, foi um dos falhanços mais inacreditáveis a que já assistimos ao vivo. Verdade que só acontece a quem anda lá dentro, mas sentiu-se neste lance que se poderia ter perdido uma ocasião de oiro para chegar à vitória. Persistiram os auri-negros e, aos 87', o senhor Renato Gonçalves, árbitro da AF Guarda, que rubricou excelente trabalho, concedeu uma grande penalidade por mão na bola do infeliz Mika e Diogo Castor, mais uma vez, não enjeitou esta soberana ocasião para dar a vitória à sua equipa. Vitória que poderia ter sido ampliada, pouco depois, já em período de compensação, quando Lucas, também sem o guarda-redes na baliza, remata fraco e permite a Mika emendar sobre a linha de golo. Diga-se, em abono da verdade, que seria um castigo demasiado pesado para o Chaves e que os transmontanos não mereceriam.
Fica a vitória, os 3 pontos alcançados e o moral conquistado para enfrentar a luta que se antevê, semana após semana, muito difícil. Endereçamos os parabéns a toda a equipa e, ao André Silva, um dos nossos "capitães" de equipa, desejamos uma rápida e completa recuperação da sua arreliadora lesão.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

JUNIORES A: Diferença, só na segunda parte

FC Paços Ferreira, 2 - SC Beira-Mar, 0
(0-0, ao intervalo)

O SC Beira-Mar iniciou com uma derrota a 2ª fase do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão, saindo vencido da Mata Real, em Paços de Ferreira, por 2 golos sem resposta. Os auri-negros discutiram bem o jogo na 1ª parte, mas o nulo que se registava ao intervalo viria a desfazer-se na etapa complementar, período durante o qual a boa equipa dos pacenses impôs alguma superioridade, suficiente para justificar os 3 pontos conquistados.
O técnico António Luís apresentou:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Ricardo Pinto e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil (Lane, 65') e Pedro Aparício (cap) (André Santos, 77'); André Silva, Diogo Castor e Bento Cortesão (Bruno Filipe, 79').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ramon, João Neves e Bernardo Balseiro.
O Paços de Ferreira teve uma excelente entrada no jogo e, nos primeiros 5 minutos, teve duas soberanas ocasiões para inaugurar o marcador. No primeiro lance valeu a grande intervenção de Hugo, que se opôs com êxito ao remate do jogador número 9, que se isolou perante a permissividade central da formação auri-negra.  No segundo, com o jogador número 10 também isolado, mas a parecer-nos em posição irregular, foi o ferro da baliza aveirense que desviou o "chapéu" ligeiramente alto.
Passados os instantes iniciais, os aveirenses equilibraram a partida e mostraram mesmo, durante alguns períodos, ligeiro ascendente, podendo também ter marcado o seu golo. Aos 11' Bento falhou o cabeceamento à boca da baliza, após cruzamento tenso de Filipe Melo, aos 16' é Diogo Castor, em pontapé de ressaca, no seguimento de livre de Bernardo Subtil, que vê a bola ser desviada por um defesa e, aos 23', o mesmo jogador, completamente solto, rematou fraco de cabeça uma bola que sobrou igualmente após marcação de livre.
O nulo registado ao intervalo traduzia, de alguma forma, o equilíbrio registado nos primeiros 45 minutos, mas a diferença estava reservada para a segunda metade. O Paços de Ferreira voltou a entrar melhor e o golo esteve muito perto, aos 54', na sequência de uma excelente jogada de ataque, com combinações perfeitas que culminariam com um remate de cabeça do endiabrado jogador nº 3, que, felizmente, saiu ao lado.
O Beira-Mar ainda deu um ar da sua graça, aos 57', com Bento Cortesão a rematar forte, em posição frontal, fazendo sair a bola não muito longe do poste. Só que, 2 minutos volvidos e materializando o melhor jogo que os "castores" estavam agora a fazer, o Paços de Ferreira fez o 1-0. Curiosamente foi numa jogada de contra-ataque, iniciada à entrada da área pacense, com a bola a ser metida na frente, onde Ricardo Pinto e Hugo, que saiu da baliza, se desentenderam, deixando a bola à mercê do jogador nº 9, que visou a baliza deserta.
A nossa equipa acusou bastante o golo e, pouco depois, aos 64', Hugo negou o segundo golo, sustendo o remate do jogador nº 8, que lhe surgiu na cara.
Ironicamente, o 2-0 surgiria numa altura em que o Beira-Mar, com alterações já introduzidas na equipa pelos técnicos aveirenses, começava a dar mostras de poder fazer algo mais, mas o "bis" do atleta nº 9, num "chapéu" desta feita perfeito ao guardião Hugo, acabou com as veleidades dos aveirenses.
O encontro ficou decidido, mas, até final, mais golos poderiam ter acontecido. Valeu Hugo (85' e 87'), com duas boas intervenções, a negar o golo ao entrado nº 18 pacense e a ineficácia do nº 9, que perdeu o "hat-trick em cima dos 90' regulamentares. Em período de compensação, André Santos, primeiro, e Miguel Campos, na sequência do canto que resultou desse lance, também poderiam ter assinado o tento de honra dos auri-negros.
Em suma, vitória justa do Paços de Ferreira, diante de um Beira-Mar que só teve "pólvora" para 45 minutos. A arbitragem do juiz portuense Pedro Soares situou-se em muito bom plano.

domingo, 26 de janeiro de 2014

JUNIORES A: Vitória preciosa e justa

SC Beira-Mar, 2 - Vitória SC (Guimarães), 0
(2-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar terminou da melhor maneira a 1ª fase do campeonato nacional da 1ª divisão ao derrotar, no estádio Mário Duarte, a tranquila, mas nem por isso menos difícil, formação do Vitória de Guimarães. Com os minhotos já apurados para a série de apuramento do campeão, aos auri-negros interessava somar pontos, que transitarão para a fase de manutenção que os aveirenses irão discutir. O resultado foi feito durante o primeiro tempo, tendo os comandados de António Luís materializado numa vitória justa, por 2-0, uma partida em que estiveram muito bem e tudo fizeram para conquistar os 3 pontos.
Num terreno pesado e extremamente exigente do ponto de vista físico, com uma excelente arbitragem do Sr. João Miguel Santos, da AF Porto, o SC Beira-Mar apresentou:
Hugo (gr), Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho (Lucas, 90+1'), André Silva, Bernardo Subtil (André Santos, 66') e Pedro Aparício; Diogo Castor e Bento Cortesão (Lane, 87').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto, Gui e Bruno Filipe.
O Vitória teve um melhor início de partida, tendo Nelson Horta ameaçado, aos 7', com um perigoso remate de cabeça e obrigado, dois minutos depois, o guardião Hugo a uma grande intervenção, negando o golo ao "11" vimaranense após uma falha no sector recuado.
O Beira-Mar foi entrando no jogo com o decorrer do tempo e, aos 19', teve um excelente tónico, quando chegou à vantagem através da marcação de uma grande penalidade, prontamente assinalada por derrube do guardião David Robador ao veloz Diogo Castor. Pedro Aparício, com um pontapé forte e colocado, adiantou a sua equipa na primeira ocasião que para isso dispuseram.
Mas se até ao 1-0, pela produção das equipas, se poderia dizer que os aveirenses não mereciam essa vantagem, a partir daí os comandados de António Luís subiram de produção e ficaram por cima no jogo.
A baliza vitoriana passou a ser assediada com maior frequência e, aos 24', Bento Cortesão, com um remate em arco, esteve muito perto do segundo. A jogada começou num lançamento em profundidade, na direita, para Digo Castor, que colocou a bola na área, onde o "9" aveirense, recebeu, puxou para dentro e atirou muito perto do poste mais distante. A persistência auri-negra daria os seus frutos mais à frente, aos 30', com Diogo Castor a fazer o 2-0, após ter sido isolado por um passe de André Silva, que recuperou a bola a meio-campo.
A superioridade aveirense era, por esta altura, bem evidente e André Silva, aos 32', solto ao segundo poste, poderia mesmo ter "matado" a partida, quando dispôs de uma flagrante oportunidade de golo, surgida de um cruzamento da esquerda de Diogo Castor e desperdiçada com um remate ao lado do poste esquerdo. Os vitorianos apenas nos últimos 10 minutos sacudiram o perigo para longe da sua área, mas foram inofensivos em termos de criação de situações de finalização.
O segundo tempo começou por mostrar um Beira-Mar novamente mais perigoso, tendo tido Pedro Aparício, por duas vezes (52' e 55'), a possibilidade de sentenciar a partida. No primeiro lance, após uma jogada de insistência na área vitoriana, o "capitão" aveirense faz imensa cerimónia e o remate para o golo acaba por não acontecer. A segunda oportunidade surge na sequência de uma excelente jogada de Filipe Melo pela esquerda, após combinação com Diogo Castor, tendo o passe atrasado apanhado o "10" auri-negro à entrada da área. O remate partiu de pronto mas o alvo foi errado por muito pouco, acabando a bola por passar a centímetros do ângulo superior esquerdo da baliza vimaranense.
Na parte final do jogo o Vitória intensificou o seu futebol ofensivo, mas foi a vez de os aveirenses voltarem a mostrar a sua boa organização defensiva. Apenas por uma vez, aos 71', o golo esteve iminente na baliza de Hugo, na sequência de uma jogada pela direita e confusão gerada na área, onde João Vigário, em posição frontal, acabou por rematar por cima.
Com esta vitória, o Beira-Mar parte para a 2ª fase com 19 pontos, menos 3 que a Oliveirense, que ocupa o 9º posto, o último que assegura a permanência no escalão maior.