segunda-feira, 28 de abril de 2014

JUNIORES A: Descida consumada com derrota em Oliveira de Azeméis

UD Oliveirense, 3 - SC Beira-Mar, 1
(2-1, ao intervalo)

Está confirmado, o SC Beira-Mar vai disputar, na próxima época, o campeonato nacional de juniores da 2ª divisão. Esta foi a sentença ditada pela derrota no decisivo jogo, disputado no passado sábado em Oliveira de Azeméis, onde só a vitória interessava aos auri-negros.Os aveirenses ainda estiveram em vantagem, mas a reviravolta consumada em cima do tempo de intervalo galvanizou os locais e desferiu um rude golpe na moral beiramarense, trazendo uma grande intranquilidade aos seus jogadores, incapazes de reverter a situação no segundo tempo.
Para atacar o jogo, o técnico António Luís fez alinhar:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Ricardo Pinto (Lucas, 74') e Filipe Melo; André Silva, Bernardo Subtil (Lane, int) e Pedro Aparício; Bento Cortesão, Diogo Castor e Bruno Lopes (João Neves, int).
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Fábio e Tiago Ramalho.
O jogo era decisivo para o Beira-Mar, mas para a Oliveirense, com uma situação ainda indefinida, também era de muita importância. E este factor fez-se notar no início, com os aveirenses a aproveitarem algum nervosismo dos anfitriões para entrarem melhor na partida. Aos 10' Diogo Castor deixa um primeiro aviso, rematando à figura de Canha e, 3 minutos volvidos, o mesmo jogador concluiu com êxito de cabeça, à boca da baliza, um magnífico cruzamento da direita de Bruno Reis.
0-1 ainda mais intranquilizou os locais, cujo nervosismo era evidente, e este foi o período em que a história do jogo poderia ter sido mudada. Aos 23', numa transição rápida por parte dos aveirenses, Diogo Castor colocou Bento Cortesão na cara do guardião Canha, mas o ex-Beira-Mar levou a melhor ao seu adversário e negou aquilo que seria o segundo golo para os forasteiros.
A Oliveirense apenas deu o seu primeiro sinal de perigo aos 31', quando, após um lançamento longo para as costas da defesa, Luís Ferreira ficou isolado, valendo uma saída arrojada de Hugo aos pés do seu adversário. Este foi também o sinal da mudança no sentido do jogo, já que, até ao intervalo, apenas se registaram situações de perigo junto da baliza do aveirense Hugo. Ricardo Tavares, aos 33', na sequência de um livre lateral apontado por Sérgio, cabeceou por cima do travessão e, aos 35', foi novamente Luís Ferreira a receber nas costas dos adversários e a desperdiçar, mais uma vez, na cara de Hugo, que lhe negou o empate. Mas este surgiria pouco depois, aos 37', numa jogada em que a equipa da Oliveirense ganhou uma série de ressaltos na zona do meio-campo e, com isso, conquistou o desequilíbrio suficiente para soltar na direita Ricardo Tavares, de onde desferiu potente e colocado remate que resultou no 1-1.
O pior para formação orientada pelo técnico António Luís foi mesmo o golo surgido em cima dos 45 minutos, numa falta que o árbitro da partida descortinou perto da linha limite da grande área aveirense. Numa execução exemplar, Sérgio aproveitou a benesse e colocou a sua equipa na frente por 2-1, resultado com que se chegou ao descanso e que era tremendamente injusto para aquilo que as equipas tinham produzido.
O Beira-Mar produziu algumas alterações para o segundo tempo, mas seria a Oliveirense a dispor, logo no primeiro minuto, de uma grande oportunidade para ampliar a vantagem, mas Ricardo Tavares culminou o seu arranque isolado para a baliza com um remate devolvido pelo travessão.
A esta grande perdida ainda responderam os aveirenses, aos 49', mas Bento Cortesão, sozinho ao segundo poste após livre de André, falhou o cabeceamento.
A Oliveirense mostrava-se, nesta etapa complementar, uma equipa muito mais tranquila, estado de espírito a que não era alheio o tónico da vantagem conseguida em cima do intervalo e alguma ansiedade que tinha passado para o lado do Beira-Mar. É neste contexto que, aos 52', por Miguel, e aos 60', por Emanuel, os donos do terreno voltaram a ameaçar o guardião Hugo, que viu o primeiro remate sair por cima, desviando o segundo para canto. Pouco depois, aos 64', seria Coutinho, após uma excelente jogada de combinação com Miguel, a estar na cara de Hugo para falhar o "chapéu" e a oportunidade do terceiro golo.
Foi um período em que a Oliveirense dispôs, claramente, de oportunidades para "matar" o jogo, mas que daria lugar a outro onde o empate pairou também por algumas vezes. Pedro Aparício, aos 65', após iniciativa individual, rematou da meia-lua sem direcção e, aos 69', Lane consegue fugir pela direita e atrasar para Diogo Castor, que viu o seu remate ser desviado por um adversário. Finalmente, aos 72', voltou a ser Canha a negar a igualdade, desviando com alguma dificuldade um remate de Lane.
A Oliveirense já só jogava com o relógio, recorrendo às habituais perdas de tempo nestas situações, mas ainda foi "premiada", aos 85', com a obtenção do 3-1, obtido por Leo na primeira vez que tocou na bola, depois do aproveitamento de um erro no sector recuado de uma equipa já a jogar sobre brasas.
Pelo que se bateram na partida, os nossos jogadores não mereciam a condenação imediata à despromoção, muito menos com uma derrota por estes números. Fica a certeza que, após esta queda, nos iremos levantar com muito mais força.
Não gostámos da arbitragem do Sr. Tiago Antunes, da AF Coimbra, que mostrou uma característica (partilhada pelos auxiliares) que nunca o deixará ir longe na carreira - sentiu em demasia o ambiente.

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