
De pé: Vieira, Morais, Gustavo, João Pedro, Ricardo, Fábio Maurício, Samuel (Samuca), Rui, Álvaro, Henrique e Miranda. De joelhos: Diogo Sousa, Gonçalo , Afonso Sousa, Diogo Silva, Fábio Rafael, L. Pita, João Diogo, Miguel, Miguel Ângelo e Figueira.
Estes são os 21 craques com quem tive o prazer de trabalhar ao longo da época. Com momentos maravilhosos e outros menos bons, estes jogadores conseguiram superar, com mérito, as dificuldades que um 1ºano de competição acarreta.
O início do Campeonato, como era esperado, foi muito duro. Jogámos contra equipas de 99 e nestas idades a diferença de 1 ano é decisiva. Nessa altura os nossos objectivos passavam, essencialmente, por manter a auto-estima, a determinação e o prazer de jogar futebol, de todos atletas da equipa. Vivemos, todos nós, momentos complicados, em que gerir a frustração e a ansiedade eram as preocupações principais em todos os momentos do treino e da competição. Tentou-se que os nossos pequenitos sentissem satisfação em qualquer aprendizagem que fizessem, em todas as jogadas e comportamentos com sucesso, independentemente do resultado da competição. Aprenderam a valorizar cada passe bem feito, cada lançamento, cada golo, cada roubo de bola, cada comportamento de respeito para com os intervenientes no jogo. Ultrapassando algum sofrimento, os nossos meninos conseguiram aguentar-se durante as semanas de treino e durante as competições de sábado, sem baixar os braços e ansiando pela próxima etapa.
Com as dificuldades e os insucessos
aprendemos e crescemos.
Na etapa que aí vinha já não seríamos
os mesmos. Na nossa estatura poderia
não se notar, mas a verdade é que
estávamos maiores e mais fortes.
aprendemos e crescemos.
Na etapa que aí vinha já não seríamos
os mesmos. Na nossa estatura poderia
não se notar, mas a verdade é que
estávamos maiores e mais fortes.
Na 2ªfase (fase dos últimos não é uma designação digna para os meus jogadores, nem para tantos outros que se fartam de batalhar contra atletas mais velhos e mais experientes numa 1ªfase altamente desequilibrada) o campeonato trazia equipas novas e a esperança de “lutar” numa competição mais justa. Voltou a aumentar a motivação mas permaneceu a ansiedade (algo normal para atletas que procuram permanentemente a vitória, mas perigosa quando levada ao exagero por exigências e objectivos desajustados da realidade das nossas crianças). Continuou a haver um esforço para que todos conseguissem gerir a ansiedade e para que todos conseguissem alcançar um nível positivo de auto-estima. Para alguns foi mais simples, para outros nem tanto e este é um processo que necessitará de ter continuidade no futuro. Mas este período foi principalmente dedicado à formação de uma EQUIPA, de um grupo coeso, em que todos fossem importantes no campo e a conseguir que todos os jogadores passassem a confiar e a acreditar realmente nas capacidades dos colegas e na importância do trabalho de todos os elementos da equipa. Não foi um processo rápido, nem fácil. Teve altos e baixos, houve aprendizagens a fazer, algumas correntes de ideias a quebrar, mas no fim, penso que valeu a pena. Não acredito que, nesta altura, algum dos meus meninos seja capaz de dizer a algum dos seus colegas de treino e de competição que aquele não faz falta ou que não pertence ao grupo. Penso que essa foi a maior vitória deste conjunto de gente pequenina. Mas houve outras que os fizeram pular e saltar. Nesta 2ªfase ganharam 3 jogos na 1ªvolta (e empataram 1) e ganharam 4 na 2ªvolta. Ficaram em 2ºlugar em vários torneios e fizeram jogos espectaculares, como na 1ªvolta da 2ªfase com o Válega, o 1º jogo com o Benfica no torneio de Calvão, ou este último com que encerraram o Campeonato com o Gafanha (equipa de 99). Que último jogo que fizeram os meus meninos!... E só não saíram vitoriosos porque as pernas não deixaram. Por muito que joguem, a capacidade física dos mais velhos evidencia-se na 2ªparte. Acabaram com chave de ouro e a mostrarem o que valem! A forma como colaboraram, uns com os outros, foi a cereja no topo do bolo e um rebuçado para mim. A verdade é que na 1ª fase tinham perdido 7-1 e 9-1 com a mesma equipa do Gafanha e agora acabam o campeonato com um resultado de 3-2 em que íam fazendo um brilharete. E a jogar lindamente!..
Esta equipa teve alturas menos boas e outras melhores, teve algumas mesmo brilhantes. Estes craques mostraram que, se os apoiarem, conseguem trabalhar em equipa, con
seguem acreditar neles e, no futuro, podem fazer coisas espectaculares. Em relação a mim, posso dizer que foram sempre educadíssimos, dedicados, algumas vezes turbulentos (faz parte da idade), muito meigos e, agora no fim, preocupados... enfim uns doces... Para este grupo, que trabalhou do princípio ao fim com grande empenho, dedicação e amor à camisola do nosso SC BEIRA-MAR, os meus sinceros PARABÉNS e que continuem a jogar futebol com muita vontade e alegria!...
Esta equipa teve alturas menos boas e outras melhores, teve algumas mesmo brilhantes. Estes craques mostraram que, se os apoiarem, conseguem trabalhar em equipa, con
