domingo, 9 de março de 2014

JUNIORES A: Valor do adversário e ferros da baliza explicam o resultado

Rio Ave FC, 2 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Com um golo em cada meio tempo, a equipa de juniores do SC Beira-Mar saiu derrotada de Vila do Conde, por 2 golos sem resposta, averbando o segundo desaire consecutivo na 2ª fase do campeonato nacional da 1ª divisão, onde a manutenção ficou agora ainda mais difícil. A valia do Rio Ave, que conta por vitórias os 5 jogos disputados nesta fase e lidera destacado a classificação, a par da ausência da sorte de que os auri-negros necessitavam, quando viram remates de Bento Cortesão e Miguel Campos serem devolvidos pela barra e pelo poste da baliza vilacondense, acabam por justificar o desfecho do jogo e os números do resultado.
Numa tarde de um dia verdadeiramente primaveril e com uma boa arbitragem do Sr. Humberto Teixeira, juiz da AF Porto, o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil (João Neves, 52') e Pedro Aparício (cap) (Lane, 42'); Lucas (André Santos, 69'), Diogo Castor e Bento Cortesão.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e Bruno Filipe.
Numa primeira parte de maior iniciativa e domínio por parte do Rio Ave, pertenceria, contudo, aos aveirenses a primeira grande situação para chegar ao golo. Foi aos 4', após uma iniciativa de Bento Cortesão, que ganhou vários ressaltos, acabando por surgir em boa posição na área Filipe Melo, que rematou às malhas laterais.
Seria, no entanto, o Rio Ave a adiantar-se no marcador, aos 13', por intermédio do seu jogador nº 10, que finalizou à boca da baliza (deu ideia, inclusivamente, de posição irregular) uma jogada de envolvência do ataque vilacondense. A diferença fazia-se em termos de eficácia, uma oportunidade para cada lado mas 1-0, em golos, para o Rio Ave.
Aliás, paradoxalmente, num primeiro tempo de grande posse de bola para os da casa, que jogaram a maior parte do tempo instalados no meio-campo auri-negro, acabaria por ser do Beira-Mar a única situação de perigo que se voltaria a registar até ao intervalo. Foi aos 33' que os aveirenses tiveram o empate por perto, no seguimento de uma boa jogada de ataque, com Pedro Aparício a ser servido pelo meio e a efectuar um primeiro remate, que cruzou a baliza contrária e apanhou Bernardo Subtil, ao segundo poste, a atirar para fora.
Uma entrada algo desconcentrada dos auri-negros no segundo tempo quase deu golo na primeira jogada, com uma má abordagem de Miguel ao lance a deixar um adversário isolado, valendo Hugo para evitar o pior, defendendo um primeiro remate com o pé e a recarga com uma magnífica estirada.
Este lance deu início a uns 10 minutos fortes do Rio Ave, que, embora não criando situações de golo, empurrava os auri-negros para terrenos recuados, dos quais se foram, pouco a pouco, libertando. O primeiro aviso deixou-o Bento Cortesão, aos 57', num remate forte, desferido de fora da área, que levou a bola caprichosamente a embater na barra.
E, um pouco à semelhança do primeiro tempo, não marcou o Beira-Mar, marcaria o Rio Ave. O 2-0 surgiu aos 64', pelo recém-entrado Tiago Esgaio, que recargou vitoriosamente uma bola dividida, após cruzamento da direita, entre o guardião Hugo e um adversário que procurou o cabeceamento.
Estava-se no melhor período do Beira-Mar, que, após alterações introduzidas, tinha melhorado e não desistia do jogo. Aliás, os auri-negros poderiam ter voltado a entrar na discussão do resultado quando, aos 75', no seguimento de um canto e cruzamento de Fábio, Miguel Campos vê o seu cabeceamento ir embater no poste do batido Maravalhas. Era mesmo dia não para os aveirenses.
Até final, o jogo repartiu-se e qualquer uma das equipas poderia ter ainda marcado. O Rio Ave criou perigo, aos 76', também na sequência da marcação de um pontapé de canto e, aos 79', é Lane, isolado, que se deixa antecipar e perde uma boa ocasião para encurtar distâncias. Pertenceria aos da casa o derradeiro lance de perigo, com Tiago Esgaio, aos 84', a rematar forte, em posição frontal, mas ao lado da baliza de Hugo.
Num jogo que confirmou uma espécie de maldição dos "capitães" do Beira-Mar (depois de Gui e André Silva anteriormente, em Vila do Conde foi Pedro Aparício a lesionar-se), o Rio Ave mostrou-se mais forte, mas a sorte do jogo também nada quis com os comandados de António Luís, que terão de esperar por melhores dias para encetar a recuperação em que ainda se acredita.

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