domingo, 2 de março de 2014

JUNIORES A: Golões auri-negros carimbam vitória no "charco"

FC Vizela, 1 - SC Beira-Mar, 3
(1-0, ao intervalo)

Num jogo marcado pela chuva intensa, pelo vento e pelas más condições do relvado, transformado, em particular no primeiro tempo, numa imensa "piscina", a equipa de juniores do SC Beira-Mar alcançou em Vizela a segunda vitória consecutiva na segunda fase do campeonato nacional da 1ª divisão e ganhou um novo alento na luta pela fuga à despromoção. Em desvantagem ao intervalo, os auri-negros conseguiram uma reviravolta épica na segunda parte e carimbaram, com 3 magníficos golos, um importante triunfo diante de um adversário directo.
O técnico António Luís Ramos apresentou a seguinte formação:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil e Pedro Aparício (cap) (Lucas,86'); Bruno Filipe (Lane, int), Diogo Castor e Bento Cortesão (João Neves, 69').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e André Santos.
Verificadas as condições iniciais do terreno e com a chuva a não dar tréguas, logo se percebeu que este iria ser um jogo de muita luta e de menos futebol trabalhado. Entrou melhor o Beira-Mar e Pedro Aparício, logo aos 4', dispôs de uma flagrante ocasião para golo, mas "esqueceu-se" da água na relva e tentou colocar em jeito um remate que deveria ter saído em força. A terminar um melhor quarto-de-hora inicial dos auri-negros, aos 15', na sequência de um livre de Subtil, Miguel Campos desvia de cabeça, com muito perigo, mas ao lado.
Os donos do terreno foram melhorando, equilibraram a contenda e, aos 17', também num lance de bola parada, levaram perigo à baliza de Hugo, valendo o alívio de cabeça de Bruno Reis, que enviou a bola para canto. Já com o Vizela instalado mais tempo no meio-campo adversário, mas com o intervalo a chegar, os minhotos adiantaram-se no marcador através de uma grande penalidade a castigar uma "mão" de Fábio, tão evidente quanto desnecessária.
Tendo de correr atrás deste prejuízo, a segunda parte iniciou-se com uma alteração introduzida pela equipa técnica aveirense, que viria a dar bons resultados. Novamente com uma melhor entrada, seria também de bola parada que os aveirenses chegariam ao 1-1. Aos 59', na transformação de um livre frontal, o marcador de serviço, Bernardo Subtil, aprimorou-se na execução e não deu quaisquer hipóteses de defesa ao guardião Luís, fazendo entrar a bola na "gaveta".
O Vizela ainda reagiu ao golo do empate e criou bastante perigo, aos 71', na sequência da marcação de um pontapé de canto, com a bola a sair ao lado depois de desviada por um golpe de cabeça.
E foi já numa fase de chuva menos intensa, com a bola a deslizar bastante melhor pelo chão, que o Beira-Mar, aos 74', construiu uma excelente jogada de ataque que culminou no 1-2, obtido por um extraordinário cabeceamento de Lane, que desviou de forma imparável para o ângulo da baliza, um primoroso cruzamento da direita de Bruno Reis.
Num lance em que Lane teve tudo para bisar, os aveirenses conquistariam um canto que esteve na origem da confirmação da sua vitória. Diogo Castor encarregou-se da marcação, com Miguel Campos a cabecear imparavelmente e a colar às malhas da baliza do Vizela aquele que seria o 1-3 definitivo.
Até final, nota apenas para um lance, aos 83', em que os donos da casa, aproveitando um mau alívio de Hugo, poderiam ter reduzido a desvantagem, resultado que, eventualmente, teria sido mais condizente com o equilíbrio de forças mostrado na maior parte do tempo. Aliás, é caso para dizer, e isto sem beliscar minimamente o grande mérito nossa equipa e a justiça da sua vitória, que, tendo em conta as condições precárias e difíceis do terreno, na lotaria de Vizela a "taluda" veio para Aveiro.
A arbitragem do Sr. João Pinheiro, árbitro da AF Braga, esteve praticamente isenta de erros, situando-se a um nível excelente.

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