segunda-feira, 31 de maio de 2010

JUNIORES B: Excelente jogo para fechar a época

SC Beira-Mar, 1 - CD Paços de Brandão, 0
(1-0, ao intervalo)

Terminou o campeonato distrital de juniores da 1ª divisão da AFA e a equipa do Beira-Mar fechou a época dando muito boas indicações para o futuro, ao realizar um excelente jogo contra o Paços de Brandão (líder da série dos últimos), onde, mais do que a magra vitória por 1-0, se deve enaltecer a qualidade do futebol apresentado. Com efeito, os jovens aveirenses, que subiram ao relvado do Estádio Mário Duarte com um conjunto formado por atletas que serão a base da sua equipa de juniores da próxima época, presentearam o público assistente com uma magnífica exibição, faltando apenas, à semelhança do que já havia acontecido na jornada anterior em Eixo, um maior poder de finalização, que transforme em golos o enorme caudal ofensivo produzido e a grande quantidade de oportunidades criadas. O professor António Luís tem ali boa "matéria-prima" para formar uma boa equipa de juniores na época 2010/2011.
O técnico aveirense apresentou a seguinte equipa:
Diogo Lopes (gr); Berna (cap), Rui Santos, Renato e Bryan; Ricardo Melo (Tito, int), Ricardo Castro e Ricardo Figueiredo; Nélson, Paulo Sousa (Chipelo, 65') e Pedro (Cassamá, 60').
Suplente não utilizado: Wilson Rubio.
O Beira-Mar iniciou o jogo muito bem e realizou um primeiro quarto de hora de sonho, um verdadeiro hino ao futebol bem jogado, apresentando uma qualidade de jogo muito acima da média, a que a fisicamente forte equipa do Paços de Brandão não mostrava ter argumentos para ripostar. O jogo era de sentido único e a produção de oportunidades de golo "asfixiava" por completo a equipa forasteira. O activo poderia ter sido aberto logo aos 2', na sequência de uma boa jogada de Paulo Sousa pela esquerda, indo à linha e cruzando atrasado para o remate de Pedro, que passou muito rente ao poste. A esta grande oportunidade de golo, logo se sucedeu uma outra, aos 5', numa boa jogada de entendimento pela direita, com Ricardo Figueiredo a abrir em Berna, que se desmarcou muito bem e centrou, rasteiro, para a boca da baliza, onde Paulo Sousa e Ricardo Castro falharam incrivelmente a finalização. A produção atacante dos aveirenses não dava descanso à equipa de Paços de Brandão e, aos 8', o golo voltou a andar perto da baliza forasteira. Nova jogada pela direita, desta vez com Paulo Sousa a servir Nélson, que cruzou atrasado para o remate de primeira de Pedro, que, mais uma vez, passou a rasar o poste direito da baliza pacense. Esta avalanche de futebol ofensivo haveria de dar os seus frutos e a equipa do Beira-Mar, aos 11', chegou ao merecido 1-0. Foi na sequência da marcação de um canto, apontado do lado direito por Ricardo Castro, com Rui a elevar-se muito bem na área e, com um excelente golpe de cabeça, a introduzir a bola nas redes contrárias. O primeiro quarto de hora de luxo da equipa do Beira-Mar não haveria de terminar sem que fosse produzida mais uma flagrante oportunidade de golo para os auri-negros, no seguimento de um cruzamento de Pedro, da esquerda, para uma emenda de Paulo Sousa que leva a bola à barra, iniciando aqui o avançado aveirense uma saga que certamente não irá esquecer.
O segundo quarto de hora do jogo foi mais pausado e, apesar do futebol praticado pelo Beira-Mar continuar a ser de bom nível, o ritmo mais lento permitia ao Paços de Brandão respirar melhor, não se tendo verificado, durante esta fase, nenhuma oportunidade de golo em qualquer das balizas. No último terço da primeira parte os aveirenses voltaram a acelerar e, até ao intervalo, produziram um número suficiente de ocasiões de golo que justificaria um resultado bem mais dilatado do que a diferença mínima registada no descanso. Aos 31', um excelente cruzamento de Nélson, para a zona do penalti, proporciona a Paulo Sousa uma boa elevação e um cabeceamento que leva, pela segunda vez, a bola a embater na barra da baliza contrária. Estava com uma boa pontaria aos ferros o artilheiro auri-negro! Como que a querer imitar o seu colega, aos 37', Ricardo Figueiredo, em jogada individual, remata de fora da área, levando a bola, ainda desviada por um defensor, a embater também no travessão. Falta de sorte! Para completar a história dos ferros, em cima do intervalo, Pedro, aberto na esquerda, cruza para a área, onde entra fulgurantemente Paulo Sousa a rematar, outra vez, à barra da baliza do Paços, revelando uma pontaria inusitada para os postes. À sua conta, o ponta-de-lança aveirense fez um "hat-trick" de bolas na barra que certamente não irá esquecer!
A segunda parte teve um início no seguimento daquilo que fora mostrado na primeira, ou seja, um Beira-Mar de ataque, continuando a exibir bom futebol e a criar oportunidades para marcar. Logo aos 48', os aveirenses poderiam ter chegado ao segundo golo, na sequência de uma boa jogada de envolvimento pela direita, com Castro a ir à linha e a centrar, para uma finalização de Ricardo Figueiredo que faz passar a bola ao lado do poste direito. Na jogada seguinte, novo lance de golo para os da casa, desta feita com Figueiredo, pela esquerda, a protagonizar boa jogada e a oferecer o golo a Paulo Sousa que, na pequena área e com a oposição de um contrário, remata rente ao poste.
Embora o domínio do jogo nunca tivesse deixado de pertencer aos aveirenses, a produção de golos desacelerou e só aos 67' há relato de novo lance de perigo para a baliza visitante, com um remate de Castro, desferido de fora da área, a roçar o poste direito, após tabela num defesa adversário. O Paços de Brandão, que raramente se acercava da baliza do Beira-Mar e não criara uma só oportunidade para marcar, teve o seu momento do jogo aos 76'. Na marcação de um pontapé de canto, aproveitando a elevada estatura de 4 ou 5 dos seus jogadores e após uma hesitação do guardião Diogo, um jogador pacense envia a bola à barra, provocando um enorme calafrio nas hostes beiramarenses. Seria uma enorme injustiça por tudo o que se passara até então, mas este lance mostrou, mais uma vez, que um lance fortuito pode alterar toda a história de um encontro. Até final, a qualidade do jogo decaiu ligeiramente e só já em cima dos 90' há registo de um remate de Chipelo, com muito perigo, que rasou mais uma vez o poste.
Bom jogo, com uma vitória tão justa quanto escassa da equipa do Beira-Mar, que realizou uma das boas exibições da época.

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