sábado, 29 de janeiro de 2011

INICIADOS B: Vitória expressiva numa manhã de bom futebol

SC Beira-Mar, 4 - UD Oliveirense, 0
(3-0, ao intervalo)

A equipa do SC Beira-Mar iniciou da melhor forma a 2ª fase do campeonato distrital de iniciados da 1ª divisão, ao receber e bater, por concludentes 4-0, a sua congénere da Oliveirense. Foi uma vitória sem mácula, onde releva, sobretudo, a qualidade do futebol apresentado pela formação de Edmundo Ferreira, que dominou em toda a linha e chegou ao intervalo com o resultado praticamente feito (3-0).
Num jogo onde a força do colectivo foi a principal arma, Marcos Costela, com 2 golos e uma assistência, foi a figura impulsionadora para uma vitória que deixou nos presentes muitas expectativas relativamente ao que esta equipa poderá fazer nesta exigente fase do campeonato.
No relvado secundário do estádio Mário Duarte, perante uma muito razoável assistência, Edmundo Ferreira fez evoluir:
João Pedro (gr); Nuno Aparício, Marcos Dias (Rui Ladeiro, int), Nuno Silva e Ricardo Mango; João Neves (cap), Rafa (André, int) e Regêncio (Gonçalo Ladeiro, 60'); Manu (Lâne, 55'), Luís Miguel (João Gonçalves, int) e Marcos Costela.
Suplentes não utilizados: Diogo (gr) e Bruno Matos.
O Beira-Mar entrou muito bem no jogo, com privilégio para a posse de bola e jogando um futebol harmonioso, que era um regalo para os olhos dos espectadores presentes. Os auri-negros tomaram, pois, conta da partida e, na fase inicial da mesma, para além da qualidade apresentada pela turma de Edmundo Ferreira, começava a dar nas vistas Marcos Costela, um verdadeiro quebra-cabeças para o último reduto oliveirense. No espaço de um minuto, passou da ameaça ao golo. Aos 7', na sequência da marcação de um canto na direita, Nuno Regêncio coloca a bola na área, proporcionando a Marcos Costela, de cabeça, o primeiro momento de grande perigo do jogo, que se repetiria na jogada seguinte, com o possante esquerdino aveirense a fugir pela esquerda e a rematar com o seu melhor pé para uma difícil intervenção do guardião da Oliveirense. Costuma dizer-se que à terceira é de vez e, efectivamente, assim aconteceu. A jogada, aos 8', é tirada a papel químico da anterior, com Marcos Costela a ganhar novamente no duelo com o seu opositor, mas, desta feita, a rematar cruzado para o fundo das redes à guarda de Zé Pedro, impotente para suster o 1-0.
O golo era o corolário do domínio exercido até então pela equipa do Beira-Mar e do melhor futebol que apresentava. No entanto, é sabido que, em futebol, tudo pode mudar num ápice e, aos 11', a Oliveirense esteve muito perto do empate, na primeira situação de perigo que criou, na primeira parte, para as redes confiadas neste jogo a João Pedro. O lance resulta de um lançamento longo para as costas da defesa auri-negra, com o nº 55, João Santos, a ser mais lesto e a ficar na cara do guardião aveirense, rematando cruzado, com muito perigo, mas a rasar o poste mais distante.
Este lance foi um verdadeiro oásis no ascendente exercido no jogo pelo Beira-Mar e no recital de bom futebol praticado pelos aveirenses. Logo as coisas voltaram à normalidade e, aos 15', o "capitão" João Neves, com um remate forte de fora da área, coloca em sentido o guardião Zé Pedro, que teve de se aplicar para evitar o segundo golo. Mas este não tardaria muito e aconteceria mesmo, aos 19', na sequência de uma boa jogada pela direita, com Luís Miguel a cruzar para a área, onde o inevitável Marcos Costela tem tempo para dominar, evitar o opositor e rematar, mais uma vez cruzado, para o merecido 2-0.
Como resultado da avalanche auri-negra que então se verificava, o 3-0 veio logo a seguir, aos 21', novamente com Marcos Costela na jogada. Desta feita não marcou, mas protagonizou uma boa iniciativa na esquerda, donde tirou um centro largo, com conta, peso e medida, correspondido por um elegante e eficaz gesto técnico de Manu, que, com um bom golpe de cabeça, assinou o terceiro golo do Beira-Mar.
Até ao intervalo, os auri-negros continuaram na vanguarda do jogo e estiveram sempre mais perto de dilatar o marcador do que a Oliveirense de encurtar distâncias. Rafa, aos 27', num pontapé de ressaca desferido à entrada da área, após a marcação de um canto, proporciona uma defesa de recurso a Zé Pedro, que volta a evitar o golo, aos 34', quando desviou "in-extremis", para canto, um cruzamento largo da direita de Manu, que quase o surpreendia. Os forasteiros só voltariam a ameaçar a baliza do Beira-Mar, já em período de compensação dado pelo árbitro, numa jogada de contra-ataque culminada com um remate forte do nº 42, bem sustido por João Pedro, que segurou a bola.
Na segunda parte, e apesar das muitas mexidas verificadas no "onze" aveirense, o "filme" do jogo manteve-se, ainda que a eficácia finalizadora tenha sido menor. Só assim se justifica a obtenção de apenas mais um golo nestes segundos 35 minutos. Marcos, que recuou no terreno após o intervalo, voltaria a ser protagonista, aos 40', quando foi servido no seu corredor esquerdo e progrediu para a baliza em velocidade, ganhando aos seus adversários, falhando a finalização apenas por ter adiantado ligeiramente a bola. André, aos 43', e Regêncio, aos 48', na marcação de um livre directo no limite da grande área, também ficam muito perto do golo, que tardava em acontecer neste período complementar.
Assistiu-se, então, aos 57', àquela que foi, talvez, a melhor jogada do jogo, um verdadeiro momento de antologia. Este lance de sonho é iniciado ainda no meio-campo do Beira-Mar, com sucessivas trocas de bola entre os jogadores auri-negros, sempre ao primeiro toque, até isolar André, que, na cara do guarda-redes contrário, vê o quarto golo ser negado pela melhor defesa da manhã, executada por Zé Pedro. Jogava-se bom futebol no relvado secundário do Mário Duarte! E foi, naturalmente, como resposta ao bom jogo que continuavam a fazer, que, aos 64', o Beira-Mar chegou ao 4-0, através do mesmo André, que, isolado por uma excelente abertura, desta vez não desperdiçou.
O "score" poderia ainda ter sido mais dilatado, uma vez que, aos 69', no seguimento de uma boa incursão de Nuno Aparício, pelo corredor direito, este assiste João Gonçalves, que, em boa posição, dispara sem direcção, levando a bola a sobrevoar o travessão. Em cima do apito para o final da partida, num contra-ataque rápido pela esquerda, foi a vez de João Gonçalves dar atrasado para a área, onde surgiu Marcos Costela a rematar à barra, perdendo o último ensejo de marcar nesta partida.
Vitória sem contestação da melhor equipa sobre o terreno, que teve ainda o mérito de conseguir aliar a conquista dos 3 pontos à obtenção de muitos golos e, sobretudo, à prática de um futebol de qualidade. Esta equipa promete!

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