domingo, 9 de janeiro de 2011

JUVENIS: Um final feliz!

SC Beira-Mar, 1 - Padroense, FC, 0
(1-0, ao intervalo)

Tal como nos velhos filmes dos anos dourados de Hollywood, também o epílogo da carreira da equipa de juvenis do SC Beira-Mar no campeonato nacional da categoria foi o do sempre desejado "happy-end"! O final feliz foi conseguido esta manhã, no Estádio Mário Duarte, após os comandados de Aguinaldo Melo terem feito aquilo que lhes competia e vencido a categorizada equipa do Padroense por um tangencial 1-0. Com este resultado, os jovens auri-negros garantiram para o emblema aveirense, sem ter de recorrer a ajuda de terceiros, a manutenção no "nacional" de juvenis na próxima época de 2011/2012.
Para além da força do colectivo aveirense, hoje bem demonstrada no espírito de entreajuda de todos os elementos da equipa e da boa organização defensiva implementada, é justo destacar, na vitória beiramarense, a actuação do guarda-redes Samuel, que defendeu uma grande penalidade e negou ainda, por mais um par de vezes, com defesas "impossíveis", o golo do Padroense, que anularia a vantagem dada pelo golo madrugador e decisivo de Pité, obtido logo aos 6 minutos da primeira parte.
Para o jogo que decidia toda uma época, e que teve uma boa arbitragem do Sr. Tiago Antunes, da AF Coimbra, o técnico Aguinaldo Melo apresentou:
Samuel (gr); João Rui, Manuel, Miguel e Rúben Marques; André Silva (cap); Wilson (Balacó, 39'), Pité (Diogo M. Carvalho, 75') e Nito; Marc (João Valente, 80'+1) e Tiago Gomes.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Henrique, João António e João Rafael.
Os jogadores do Beira-Mar entraram para dentro do terreno conscientes de duas coisas: que o objectivo da manutenção dependia "apenas" de uma vitória neste último jogo da época e que esta tarefa se apresentava com um grau de dificuldade muito elevado, uma vez que o seu adversário apenas tinha perdido uma vez em toda a prova (e logo na primeira jornada), ocupando um confortável e tranquilo 2º lugar na classificação. Foram, pois, de alguma cautela os minutos iniciais da partida, com a iniciativa do jogo a ser dada ao Padroense e apostando os aveirenses numa boa organização defensiva, que assentava num pouco usado esquema 4x1x3x2. A importante vitória da equipa do Beira-Mar começou a ganhar forma, aos 6', quando, no primeiro lance de verdadeiro perigo junto a uma das balizas, a equipa de Aguinaldo Melo chega ao 1-0. Marc trabalha bem na direita e cruza largo para o segundo poste, tentando solicitar Tiago Gomes, no lado contrário. A bola sobeja para a entrada da área, onde surge Pité, vindo de trás, a amortecer com o peito e a preparar bem o remate cruzado, com o pé esquerdo, que não deu hipóteses de defesa ao guardião do Padroense.
Esta vantagem representava oiro para o Beira-Mar, que se fechou muito bem no período a seguir ao golo, prevenindo qualquer reacção do Padroense, que, na verdade, apesar da maior posse de bola, não criava situações de perigo para Samuel. O guardião aveirense viria a ter a sua primeira intervenção, aos 21', desviando para canto um remate desferido por Vítor Andrade, na marcação de um livre directo assinalado junto do vértice esquerdo da grande área do Beira-Mar. Foi o aquecimento para aquilo que se seguiria e que representou um recital de bem defender uma baliza. Na marcação do canto, à maneira curta, o Padroense ganha uma grande penalidade, bem assinalada pelo Sr. Tiago Antunes, castigando um despropositado derrube de Pité ao jogador nº 10 visitante. O "capitão" do Padroense, Vítor Andrade, que no jogo da 1ª volta havia transformado dois castigos máximos, não teve, desta feita, engenho e arte para desfeitear Samuel, que, com uma magnífica estirada, negou o iminente empate.
Valeria ainda ao Beira-Mar o seu categorizado guarda-redes, aos 38', ao negar o golo a Raúl, que lhe surgiu isolado, numa altura em que os auri-negros estavam momentaneamente em inferioridade numérica (lesão de Wilson) e já em período de compensação, com uma defesa do "outro mundo", evitando mais uma vez o empate, que ameaçava ser obtido por um golpe de cabeça desferido à queima-roupa pelo nº 9 André Silva, que deu seguimento a um bom cruzamento da esquerda. Felizmente que o intervalo chegaria e a preciosa vantagem conferida pelo golo de Pité tinha conseguido manter-se, primeiro graças à boa organização do colectivo, em termos defensivos e, depois, por um punhado de excelentes defesas de Samuel.
Pensamos mesmo que o jogo se decidiu nestes lances em que o Samuel brilhou, pois, na segunda parte, o Beira-Mar, que até esteve à beira de ampliar logo aos 42', novamente em lance iniciado em Marc e (não) finalizado por Pité, continuou a defender muito bem e só por uma vez o Padroense criou verdadeiro perigo, quando, aos 66', o rápido Raúl ganhou em velocidade pela esquerda, isolando-se na frente de Samuel, mas a bola desviada do guardião aveirense foi às malhas laterais. Em todo o resto do tempo, a organização do Beira-Mar superiorizou-se sempre às iniciativas do Padroense e, finalmente (alguma vez tinha de acontecer), o jogo terminaria com a equipa de Aguinaldo Melo a saber guardar uma vantagem que desfez todas as dúvidas quanto ao futuro dos sub-17 auri-negros na próxima época. Nem foi necessária a "ajuda" do Feirense, que, ganhando em Oliveira de Azeméis, condenou irremediavelmente o nosso adversário directo à disputa da odiada "liguilla" e até teria dispensado a vitória do Beira-Mar. Mas, assim, o sabor é outro...

1 comentário:

Anónimo disse...

No cair do pano!

No final deste difícil campeonato de juvenis do Beira-Mar quero em primeiro lugar dar os parabéns a todos os jogadores que disputaram este último jogo e a todos os colegas que de fora, os apoiaram. Parabéns pelo resultado e entrega que foram fantásticos!
Apesar deste último jogo, é com grande tristeza que penso no que foi e no que poderia ter sido este campeonato. Vi um grupo desgarrado, sem união, em que todos nós somos responsáveis (pais, jogadores, directores e treinadores).
Com este grupo de jogadores penso que o Beira-Mar tinha qualidade para chegar a esta última jornada em condições de disputar o jogo como se fosse decisivo para irmos à segunda fase e não disputar o jogo para nos salvar da "liguilla".
Foi com grande tristeza que vi jogadores abandonar o clube antes do final da época e outros com vontade de o fazer. Isso só prova que a união do grupo não existiu.
É tempo de reflectir em tudo o que aconteceu neste campeonato para que os jogadores do Beira-Mar e outros possam ter vontade de vestir esta camisola!
Cabe agora, aos responsáveis devolver a motivação a estes miúdos, devolver a alegria de vir para os treinos.
É um desafio que lanço aos responsáveis pela formação de devolver a alegria aos atletas de vestir a camisola do Beira-Mar e voltar a ter alegria em vir treinar, estar com os colegas e poder voltar a ser uma equipa unida.
Normalmente dizem que "tudo está bem quando acaba bem", mas eu digo que há muita coisa a mudar para ficar bem.

Cumprimentos a todos os beiramarenses: Oliveira