SC Beira-Mar, 9 - AD Sanjoanense, 0
(3-0, ao intervalo)
No campeonato distrital de juniores da 1ª divisão, o SC Beira-Mar somou, no passado sábado, o seu sexto jogo consecutivo sem perder (5 vitórias e 1 empate), consolidando o 3º lugar na tabela classificativa e dando mais um passo de gigante rumo aos objectivos definidos para esta 2ª fase da prova.
Com uma equipa muito jovem (dos 13 jogadores utilizados e tendo a actual época como referência, havia 2 juvenis de 1º ano, 6 juvenis de 2º ano e 5 juniores de 1º ano), a formação orientada por António Luís deu um autêntico recital de bem jogar futebol e goleou, sem contemplações, por 9-0, o conjunto da Sanjoanense, que se viu surpreendido pela inspiração e qualidade apresentada pelos atletas auri-negros. Se pensarmos que todos estes jogadores, mais alguns que não estiveram presentes, serão juniores ainda na próxima temporada, sobram razões para termos uma esperança fortalecida na nossa equipa sub-19 do próximo ano.
No relvado secundário do estádio Mário Duarte, a equipa aveirense, que realizou, quiçá, a mais brilhante exibição desta época, apresentou-se com:
Samuel (gr); João Rui (Balacó, int), Lobo (cap), André Silva e Bruno Filipe; Mika, Ricardo Castro, Ricardo Figueiredo e Pité; Cassamá (João Valente, 60') e Marc.
Uma entrada muito forte da equipa da casa daria de imediato os seus frutos, pois decorria o primeiro minuto de jogo e já os auri-negros se colocavam em vantagem. A jogada tem início no flanco esquerdo, com Marc a centrar para a área e a bola a sobrar para Ricardo Figueiredo, que dispara forte para uma defesa incompleta do guardião visitante, aproveitando Pité a oportunidade para, na recarga, fazer o 1-0.
Passou-se a assistir, então, a um bom jogo de futebol, com ambas as equipas a apresentarem muita qualidade no jogo exibido, ainda que os aveirenses se mostrassem sempre mais perigosos. Aos 11', na sequência da marcação de um pontapé de canto, por Ricardo Figueiredo, Marc desvia ao primeiro poste e vê a bola passar muito perto do poste mais distante e, no minuto seguinte, numa transição rápida pela direita, Pité serve Marc, que, incrivelmente, falha na boca do golo. Mas o goleador aveirense logo se redimiu, aos 16', com um golo de bandeira, aproveitando um centro largo de Lobo, do lado direito, para fazer o 2-0 num remate em "voley", sem deixar cair a bola no chão. Grande golo!
Os aveirenses tomaram completamente as rédeas do jogo e passaram a desfilar um reportório de jogadas que era um autêntico regalo para os olhos. As ocasiões para dilatar o marcador sucediam-se e Samuel era um guardião tranquilo. Aos 20', é Ricardo Figueiredo, na marcação de um livre directo, perto da linha limite da grande área da Sanjoanense, que testa os recursos do guarda-redes contrário, que evita o terceiro golo com uma boa defesa para canto. O guardião sanjoanense voltaria a negar novo golo, aos 27', quando Marc, assistido de cabeça por Pité após centro de João Rui, remata acrobaticamente e lhe proporciona nova grande defesa para canto. O nº 1 de São João da Madeira era, efectivamente, o jogador mais em foco da sua equipa e voltaria a opor-se a novo golo do Beira-Mar, aos 31', desviando pela linha final, com uma bela estirada, uma bola disparada por Pité do meio da "rua". Pité estaria outra vez perto do golo, aos 40', desviando de cabeça, muito perto do poste esquerdo, uma bola colocada por Ricardo Castro na marca de grande penalidade, na marcação de um livre sobre o lado esquerdo.
Tanta oportunidade perdida tornava já a vantagem de dois golos lisonjeira para os visitantes, mas o intervalo não chegaria sem que o marcador apresentasse números mais condizentes com o "filme" dos primeiros 45 minutos. O 3-0 surgiu, aos 43', na sequência de uma excelente jogada de ataque dos aveirenses pelo lado direito, com Ricardo Castro a fazer um centro tenso, que apanhou Cassamá ao segundo poste, onde apareceu de rompante a encostar para o terceiro golo da sua equipa.
Pouco depois e como resultado do desnorte provocado no adversário, que via os seus jogadores andarem constantemente a correr atrás da bola, uma entrada duríssima do nº 9 da Sanjoanense sobre Pité obrigou o juiz da partida a dar-lhe ordem de expulsão.
Este foi um facto relevante para o desenrolar do período complementar, onde o Beira-Mar, para além de continuar a apresentar uma supremacia total em todos os capítulos do jogo, se via ainda em vantagem numérica.
Curiosamente, foi no recomeço do jogo, aos 47', que a Sanjoanense criou a sua primeira situação de perigo em todo o jogo, com um remate espontâneo, de fora da área, do seu nº 11 a surpreender toda a gente e a esbarrar no poste da baliza do até aí espectador Samuel. Marc responderia, aos 52', também com um remate ao poste, na marcação de um livre sobre a esquerda (uma espécie de canto mais curto).
A história do resto do jogo é a dos golos (6!) que o Beira-Mar haveria ainda de marcar, "perfumados" por um futebol de qualidade que nunca é de mais salientar. Registo ainda para a excessiva dureza de alguns jogadores visitantes, que não souberam aceitar a superioridade que, neste jogo, a formação da casa evidenciou.
Aos 57', Pité faz o 4-0, com um disparo de fora da área e alguma dose de felicidade (bola bate no poste, no guarda-redes e entra), que lhe faltaria aos 63', quando vê a bola ser devolvida pelo mesmo poste, após um forte remate desferido já dentro da grande área.
Ricardo Figueiredo chega ao 5-0, aos 66', também com um disparo de fora da área que sofre ainda um ligeiro desvio. Marc esteve perto do 6-0, aos 74', após uma reposição de bola de Samuel, mas atira ao lado, na cara do guarda-redes, depois de ter ganho o lance e a posição, tirando o defesa da sua frente. Foi o aviso para o golo que surgiria no minuto seguinte, com Marc, em mais uma execução exemplar, a rematar de primeira, nas costas da defesa contrária, aproveitando uma abertura larga de Ricardo Castro e desviando do guardião visitante.
O 7-0 é uma jogada de combinação de Marc com Ricardo Castro, que iniciou o lance e finalizou depois à boca da baliza. Estavam decorridos 78' de jogo e, aos 82', o "vendaval" de futebol auri-negro lograria o 8-0, obra de João Valente, que surgiu fulgurante ao segundo poste e atirou de cabeça para o fundo das redes uma bola centrada da direita por Pité. Pité que fecharia a contagem, aos 85', obtendo o 9-0 final em magnífica jogada individual, terminada com um remate forte e colocado.
Já em período de compensação, Lobo, com uma entrada de cabeça, após marcação de um livre, poderia ter arredondado o marcador, mas a goleada estava já atingida e, melhor do que isso, os jogadores saíram do campo com a satisfação de terem realizado uma exibição de luxo. Assim, vale a pena ver futebol!
domingo, 1 de maio de 2011
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