segunda-feira, 22 de agosto de 2011

JUVENIS: Erros próprios e superioridade adversária ditam pesada derrota

SC Beira-Mar, 1 - FC Porto, 7
(0-3, ao intervalo)

Há muito tempo que uma equipa da formação do SC Beira-Mar, num campeonato nacional, não sofria uma derrota tão pesada como a que aconteceu na manhã deste domingo no estádio Mário Duarte. A quantidade enorme de erros concedidos, em termos de organização defensiva, a um adversário tão forte como sempre é o FC Porto foi fatal em termos do resultado final. É necessário, no entanto, relativizar os efeitos desta goleada de 1-7 e começar a pensar na conquista dos primeiros pontos já na próxima jornada. A vitória do FC Porto foi inteiramente justa e assenta numa reconhecida superioridade dos executantes "azuis-e-brancos" a par de uma quantidade enorme de erros cometidos pela formação auri-negra.
Sob a arbitragem do egitaniense Paulo Brás, Aguinaldo Melo apresentou a seguinte equipa:
Hugo (gr); Diogo H. Carvalho, Pedro Salgado (Fábio, int), João Rafael e Filipe Melo; André Silva (cap), Pedro Aparício e Diogo M. Carvalho (Miguel, int); Rúben Marques (Sousa, 67'), Ricardo Tavares e Henrique.
Suplentes não utilizados: Canha (gr), Bruno Filipe, Hugo Custódio e Duílio.
Depois de um início de jogo pautado por muito equilíbrio, o FC Porto, que vinha de um surpreendente desaire caseiro frente ao Gondomar, passou a ter a iniciativa e maior posse de bola. No entanto, pertenceria aos auri-negros a primeira ocasião de golo do encontro, à passagem dos 13', numa bela jogada de entendimento entre Ricardo Tavares e Pedro Aparício, com o criativo e talentoso médio auri-negro a entrar na área mas a rematar, de ângulo já um pouco difícil, para as mãos do guardião João Costa.
E foi praticamente do nada que surgiu o primeiro golo da partida, num cruzamento largo da esquerda de Francisco Costa, que Hugo deixou passar para Raul, que, ao segundo poste, se limitou a confirmar o 0-1.
O Beira-Mar ainda reagiu e, aos 19', poderia ter igualado, numa excelente jogada pela direita, com o cruzamento atrasado a apanhar Diogo M. Carvalho em posição frontal, mas o remate, mais uma vez, foi parar às mãos do guarda-redes dos "dragões". Quem não marca, sofre! Esta velha máxima voltou a confirmar-se e, aos 24', André Silva aproveitou a extrema passividade da defensiva aveirense para ficar na cara de Hugo e atirar para o 0-2.
Este golo mexeu bastante com o estado de espírito das duas equipas e, até ao intervalo, só deu FC Porto. A equipa de Nuno Capucho chegaria ao 0-3, aos 37', por Tomás, que rematou forte e colocado, não enjeitando a muita cerimónia concedida, mais uma vez, pela defensiva aveirense. Antes disso, aos 29' e 35', Raul e Graça já tinham tido ocasiões para ampliar o marcador, tal como o nº 9, André Silva, que, aos 39', num remate de cabeça a cruzamento da esquerda, poderia ter mandado as equipas para as cabinas com maior diferença no marcador.
Adivinhavam-se os segundos 40 minutos muito difíceis para a equipa de Aguinaldo Melo e Edmundo Ferreira e essa ideia viria a confirmar-se. Aos 52', André Silva, que foi um quebra-cabeças para o último reduto da casa, esgueira-se pela direita e serve Raul, no interior da grande área, mas o remate do "ala" portista vai parar às mãos de Hugo. O 0-4 surgiu no seguimento de um livre marcado na direita, no enfiamento da grande área do Beira-Mar, com André Silva, aos54', a elevar-se na área melhor que todos e a bisar na partida com um eficaz golpe de cabeça.
Numa jogada iniciada e acabada por Pedro Aparício, que encheu o campo do lado da formação auri-negra, aos 57', o Beira-Mar ainda reduziria para 1-4, mas este magnífico lance não teve continuidade e foi o FC Porto a aproveitar o tempo que faltava para construir um resultado que poucos esperariam. André Silva, aos 60', após uma magnífica recepção no peito, falha incrivelmente, na cara de Hugo, a hipótese de "hat-trick", mas Ivo, aos 64', numa primorosa execução, não perdoa o 1-5, fazendo, de pontapé de "bicicleta" o mais bonito golo do encontro. Graça, aos 67', faz o 1-6 à vontade, aproveitando um amortecimento de André Silva de cabeça e, já em período de compensações, Ivo também bisa, fazendo o 1-7 numa recarga, depois de duas boas intervenções de Hugo, que não contou com uma pronta ajuda dos seus colegas para afastarem a bola para longe.
Se o FC Porto conseguiu, depois da derrota na primeira jornada, ultrapassar esse mau momento, vindo a Aveiro impor uma goleada aos aveirenses, também estes deverão pensar que é possível, depois deste mau resultado, conquistar vitórias nos próximos jogos. É isso que se pede e é isso que se vai conseguir.

4 comentários:

Anónimo disse...

Para a proxima será melhor.
Estou de acordo com o comentário, a defesa esteve desastrosa.
Felicidades para o proximo jogo.

Anónimo disse...

Concordo com o comentário, mas temos de ver que não jogou o Gui nem o Bruno que dão mais consistência defenciva... se dão! PP

Anónimo disse...

A equipa precisa de ter outra atitude. A defesa esteve mesmo caótica.

felicito o nº 19 premiado com um golo que resultou do empenho e inconformismo que demonstrou durante o jogo. Que sirva de exemplo e estimulo para a equipa

Gonçalves

Anónimo disse...

É preciso não desanimar.
Levantar a cabeça e seguir em frente é o caminho.

J.A