domingo, 30 de outubro de 2011

Juniores A: Uma vitória...sem magia, mas com muito querer!

SC Salgueiros, 0 - SC Beira-Mar, 2
(0-1, ao intervalo)

Num jogo que teve 2 partes bem distintas, o Beira-Mar alcançou a terceira vitória no campeonato nacional de juniores da 2ª divisão (segunda consecutiva), ao bater o Salgueiros, no Complexo Desportivo de Leça do Balio, por dois golos sem resposta. Com um tento em cada meio tempo, os auri-negros fizeram uns primeiros 45 minutos de muita qualidade, tomando desde cedo a iniciativa do jogo e mostrando, claramente, que estavam ali para conquistar os 3 pontos. Na etapa complementar, em desvantagem no marcador, o Salgueiros, naturalmente, reagiu, mas poucas vezes com perigo, cabendo então aos auri-negros, sobretudo no último quarto de hora, cerrar fileiras e defender a vantagem preciosa. Fizeram-no muito bem, mostrando então um querer inabalável na vitória em que acreditavam.
António Luís e Flávio Almeida escolheram para este jogo os seguintes atletas:
Samuel (gr); André Silva, Manuel Martins, Mika (cap) e Wilson Rúbio; Balacó, Xavi, Ricardo Castro e Pité (Ricardo Tavares, 76'); Manuel Guedes (Bruno João, 67') e Marc (Cassamá, 20').
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr), Francisco, Tiago Azevedo e Miguel Martins.
O Beira-Mar teve uma boa entrada no jogo e, aos 2', já estava a levar o perigo à baliza contrária, numa jogada pela direita de Manuel Guedes, com cruzamento para a área, onde Marc recebeu com alguma dificuldade para, em rotação, rematar por alto.
O domínio era aveirense, que fazia uma boa circulação de bola e empurrava o jogo para o meio campo do Salgueiros, mas os donos da casa também espreitavam a sua oportunidade e, aos 10', o nº 11 aparece em boa posição mas remata igualmente por cima. No minuto seguinte, chegou a gritar-se golo por banda da falange de apoio auri-negra, no seguimento de uma boa abertura de Castro para Pité que, solto na direita, rematou para a baliza, valendo o corte providencial de um defensor para fazer gorar esta grande oportunidade aveirense.
O sinal mais continuava a ser do Beira-Mar, que se exibia de uma forma descomplexada e mostrando que tem bons executantes. No entanto, aos 13', num lance esporádico, o nº 11 salgueirista ganha um ressalto na zona central, isola-se, mas vale a sua falta de pontaria. Foi um aviso para a equipa de António Luís, que logo a seguir, aos 17', através de Marc (que seria substituído de imediato por lesão), proporciona a defesa da tarde ao guardião "encarnado". Xavi, aos 27', num soberbo remate de meia-distância, desferido da zona central a passe atrasado de Cassamá, fica também muito perto do golo. Era um disparo indefensável e a bola acabou por rasar o poste direito.
Pela qualidade do jogo exibido e pelo domínio territorial exercido, o Beira-Mar já justificava a vantagem. E ela surgiria, aos 42', sem que um pouco antes o nº 11 da casa voltasse a levar algum perigo à baliza de Samuel. O 0-1 surge de um canto marcado à maneira curta, entre Pité e Castro, com o primeiro a colocar ao segundo poste, onde surgiu Xavi (também Cassamá) solto a cabecear para o merecido golo. As equipas não recolheriam aos balneários sem que o Salgueiros, que reagiu de imediato à desvantagem, já em período de compensação, causasse novo calafrio, desta vez através do seu jogador nº 9, que atirou ao lado.
Na segunda parte os salgueiristas tomaram a iniciativa do jogo e o Beira-Mar consentiu nesse domínio, procurando jogar na surpresa do contra-ataque. Mas, valha a verdade, as iniciativas dos da casa eram quase sempre votadas ao insucesso e foi mesmo o Beira-Mar que, aos 53', poderia ter "acabado" com o jogo. A jogada é de antologia, desde o nosso meio-campo, em trocas sucessivas de bola, sempre em progressão, terminando com um passe magistral de Ricardo Castro que isolou Pité. O "mágico" auri-negro, desta feita, com a bola perfeitamente controlada e apenas com o guardião pela frente, fez aquilo que não costuma fazer nestas situações, falhou! A colocação da bola foi tão fora do alcance do guarda-redes que acabou rasando o poste direito.
Sempre com o mesmo figurino de jogo, aos 62', foi a vez de Cassamá falhar desastradamente na cara do guardião da casa, em mais uma bela abertura de Castro (grande exibição do nosso nº 7), que o rápido extremo aveirense acabou por desperdiçar, rematando muito torto.
O Salgueiros, apesar da maior posse de bola que exibia comparativamente ao primeiro tempo, não criava, nesta segunda parte, as situações de perigo que se tinham visto na primeira. A excepção foi um lance, aos 79', em que dispôs, efectivamente, de uma soberana oportunidade para empatar. Numa segunda bola, após a marcação de um canto, o central nº 5 fica completamente sozinho na cara de Samuel, falhando o "chapéu" por muito pouco.
Seguiu-se a fase de grande sofrimento, não pelo perigo causado, mas apenas porque a bola estava quase sempre no meio-campo auri-negro, podendo, nestas situações, acontecer um golo a qualquer momento. Mas os nossos rapazes aguentaram muito bem a pressão e, já em período de compensação, fizeram aquilo que, por duas vezes, já poderia ter acontecido, ou seja, o golo da tranquilidade. E que golo! A jogada é de contra-ataque puro, com o central Manuel Martins a arrancar do nosso meio-campo, apanhando descompensada a retaguarda do Salgueiros, e a abrir no estreante Bruno João (ex-Boavista), que, numa execução irrepreensível, fez um "chapéu" de mais de 30 metros ao guardião salgueirista, fixando o resultado final num saboroso 0-2.
A vitória do Beira-Mar é incontestável, num jogo em que o Beira-Mar mostrou duas faces, ambas necessárias para a conquista dos êxitos que se desejam. A arbitragem do Sr. Bruno Nunes, da AF Viana do Castelo, foi excelente.

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