sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

JUNIORES A: Entrada adormecida foi mais uma vez fatal

CD Candal, 3 - SC Beira-Mar, 1
(3-0, ao intervalo)

Após 8 jogos consecutivos sem perder no campeonato nacional da 2ª divisão, a equipa de juniores do SC Beira-Mar foi derrotada na tarde de 5ª feira, por 3-1, frente ao Candal, um desaire que se explica pela má entrada em jogo dos aveirenses, que acumularam uma série de erros que se viriam a revelar fatais. Os aveirenses apenas se têm de queixar de si próprios, e por aquilo que fizeram no segundo tempo, em que se mostraram superiores ao seu adversário, mesmo jogando com 10 unidades (Castro foi expulso pouco antes do apito para o descanso), ficou claramente a ideia que esta foi uma oportunidade perdida para consolidar uma posição na parte cimeira da classificação.
Num sintético do Estádio Rei Ramiro em muito mau estado, que dificultou a prática de um futebol com a bola rente ao solo, a equipa auri-negra apresentou-se com:
Samuel (gr); Rui Santos (Cassamá, 60'), Manuel Martins, Mika (cap) e Diogo Carvalho (Xavi, int); Balacó, Ricardo Castro, Bruno João e Pité; Ricardo Figueiredo e Marc (Tiago Azevedo, 79').
Suplentes não utilizados: Canha (gr), Paulo Pires, Francisco e Miguel Martins.
O Beira-Mar começou praticamente a perder, uma vez que, logo aos 2', na sequência de um pontapé de canto na direita, o Candal faz o 1-0 com um desvio de cabeça ao primeiro poste. Marc ainda deixou um aviso, aos 5', num pontapé enrolado, mas pouco depois, aos 8', após uma perda de bola em transição, os da casa elevam para 2-0, através de um remate rasteiro e cruzado, desferido à entrada da área. Era o filme do jogo em casa com o Académico de Viseu, os auri-negros concediam 2 golos de vantagem ao seu adversário na parte inicial do jogo, sem que ele o tivesse justificado.
Após esta fase de modorra inicial, em que os aveirenses foram pouco agressivos e mostraram uma atitude aquém da desejada, o Beira-Mar melhorou um pouco a sua produção e o rumo dos acontecimentos poderia mesmo ter mudado se, aos 16', Marc tivesse concretizado em golo a mais flagrante oportunidade criada pela nossa equipa nos primeiros 45'. Após uma boa jogada de ataque gizada pela esquerda, a bola é metida na área, onde surge Marc, na cara do guardião da casa, a rematar mas a permitir a defesa com o pé do seu último opositor.
Com o Beira-Mar a ganhar mesmo algum ascendente, aos 25', Marc levou novamente o perigo à baliza adversária, recebendo na área, de costas para a baliza, rodopiando e rematando com perigo, sendo, contudo, a bola desviada.
Incapaz, até ao final do primeiro tempo, de encurtar a desvantagem que tinha no marcador, os auri-negros, no espaço de um minuto, deitariam ainda tudo a perder, tornando praticamente impossível qualquer espécie de recuperação. Aos 44', num lance de infelicidade, o "capitão" aveirense oferece o 3-0 ao avançado da casa, que não enjeita o presente e, pouco depois, Ricardo Castro deixa a sua equipa reduzida a 10 unidades ao receber ordem de expulsão.
Paradoxalmente, foi em inferioridade numérica que o Beira-Mar arrancou para uns segundos 45 minutos dignos de uma equipa que tem a pretensão de lutar pelos lugares da parte de cima da tabela. A reentrada foi muito boa e, logo aos 48', Marc, um perigo à solta, teve mais uma oportunidade em que poderia ter reduzido distâncias, rematando por alto após um cruzamento de Ricardo Figueiredo. Mas, na resposta, em situação de contra-ataque, Samuel faz uma boa intervenção e desvia para canto um remate perigoso do nº 9 candelense.
A esperança seria devolvida aos auri-negros, aos 52', quando Xavi reduz para 3-1, através de um bom golpe de cabeça na sequência de um livre de Bruno, sobre a direita. Pouco depois, aos 54', Pité teve no seu pé esquerdo a possibilidade de encurtar para a desvantagem mínima, mas o seu remate, desferido na sequência de um canto elaborado, pára nas mãos do seguro guardião do Candal.
Os da casa, de bola parada, quando estavam decorridos 55', também criaram uma boa ocasião, mas o jogador adversário falhou incrivelmente ao segundo poste, após um desvio de cabeça efectuado ao primeiro. O Beira-Mar culminaria o primeiro quarto de hora fantástico que realizou após o reatamento, com mais um bom remate de Marc, aos 58', que foi bater caprichosamente no poste direito da baliza adversária.
O Candal equilibraria as operações, e foi já neste período de parada e resposta que, aos 75', Xavi quase imitava o golo que tinha conseguido antes, mas o seu remate de cabeça, efectuado em posição isolada após novo livre de Bruno, saiu sem a direcção desejada. Os auri-negros, apesar dos riscos que corriam ao jogar apenas com 3 defesas, não desistiam de lutar pelo resultado e, aos 81', foi a vez de Cassamá, em jogada individual, levar o pânico ao último reduto da casa, mas o saldo resultou apenas num canto conquistado.
Na parte final do jogo e praticamente sem possibilidades de inverter o resultado, os auri-negros concederam algumas facilidades que poderiam ter resultado em mais um golo para o Candal. Aos 87', numa má reposição de bola em jogo, Samuel oferece uma boa ocasião ao adversário, para se vir a redimir, aos 88', negando o quarto golo ao nº 9 que lhe apareceu isolado.
Não foi pela arbitragem do juiz da AF Vila Real, Sr. Pedro Mesquita, que o Beira-Mar foi derrotado, mas este árbitro não revelou muita categoria, devendo rever os conceitos de autoridade e autoritarismo.

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