domingo, 16 de dezembro de 2012

JUNIORES A: Um mal menor

SC Beira-Mar, 3 - SC Leiria e Marrazes, 3
(0-2, ao intervalo)

Repetindo o resultado obtido no jogo da primeira volta (3-3), a equipa de juniores do SC Beira-Mar voltou a ser surpreendida pela formação do Leiria e Marrazes, que aproveitou de novo a forma passiva como os aurinegros entraram no jogo para adquirirem vantagem (0-2 e 1-3) que só foi desfeita quando o tempo de compensações já se esgotava, acabando este empate por se ter revelado uma mal menor para os anfitriões. A divisão de pontos fica mais a dever-se aos deméritos dos comandados de António Luís (não se pode pensar que os jogos se ganham apenas e só por ser o 1º classificado, nem cometer erros impensáveis), do que à qualidade da formação forasteira, que tem, na verdade, 2 jogadores acima da média, mas que deve à eficácia do seu remate a verdadeira razão para o resultado positivo que alcançou (em 4 remates fez 3 golos).
Na casa emprestada do Campo Dr. Manuel Santos Pato, em Bustos, o Beira-Mar apresentou:
Samuel (gr); Xavi, Michael dos Santos e André Rosa; Balacó (cap), Bernardo Subtil, Gui Matos e Nazmi (Junior Bangura, 81'); Ricardo Tavares e Marc.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr) e Carlos.
Sem evidenciar grande dinâmica e revelando até alguma passividade na entrada em jogo, a verdade é que os aurinegros dispuseram , logo nos minutos iniciais, de 2 boas ocasiões para inaugurar o marcador. Decorria o primeiro minuto da partida e já Balacó, com um passe a rasgar, colocava Ricardo Tavares na cara do guarda-redes, que saiu ao encontro do avançado aveirense e desfez o perigo. Aos 8' seria Bernardo Subtil a isolar Marc, que preferiu rematar de primeira mas sem direcção. E, no primeiro remate feito às redes defendidas por Samuel, o Leiria e Marrazes colocava-se em vantagem. O 0-1 resultou de um remate indefensável, desferido de fora da área, após uma segunda bola recolhida na sequência da marcação de um pontapé de canto.
É evidente que tudo isto pode deitar a moral de uma equipa abaixo, mas o líder da série C do campeonato nacional da 2ª divisão tem de ser mentalmente mais forte do que aquilo que revelou a seguir. Mesmo assim, aos 14', Gui Matos, com um remate cruzado, fez a bola sair muito perto do poste mais distante, e Bernardo Subtil, aos 24', sozinho em frente à baliza, cabeceou ao lado um cruzamento da direita do "10" aveirense, gorando-se nestes 2 lances a possibilidade de chegar ao empate.
Pelo contrário, aos forasteiros tudo corria de feição e, aos 28', no segundo remate efectuado à baliza, novamente de fora da área e sem hipóteses de defesa para Samuel, os leirienses elevavam para 0-2. Se as coisas já não corriam bem, a partir daqui e até ao intervalo ainda pioraram e o melhor que se conseguiu foi um remate de Marc à barra, na sequência de um livre lateral.
Após o descanso, a atitude dos beiramarenses alterou-se e, como prémio dessa mudança, Xavi, Ricardo Tavares, aos 57', reduziria para 1-2, dando o melhor seguimento de cabeça a um cruzamento da direita de Xavi, após lance de insistência.
Nesta fase só dava Beira-Mar, que carregou ainda mais após o golo na procura do empate, que poderia ter acontecido, aos 63', num remate forte de Marc defendido com aperto pelo guardião de Marrazes, ou aos 69', num cruzamento/remate de Gui Matos que o guardião contrário voltou a desviar com um soberbo golpe de rins.
E foi com o Beira-Mar na procura incessante do empate, que os visitantes chegaram ao 1-3, aos 71', num lance absolutamente fortuito e algo caricato, com Manel a perder incompreensivelmente a bola na nossa área e a permitir o terceiro golo, no terceiro remate efectuado pelo nosso opositor. Melhor eficácia era impossível!
Pensou-se que o jogo estava decidido, após um golpe tão cruel, mas foi aqui que o comandante da prova revelou um pouco do seu carácter, acreditando até ao fim. Aos 79', Ricardo Tavares ameaçou o golo, num remate à meia-volta que passou muito perto do poste, após amortecer no peito um cruzamento efectuado por Xavi.
Já com Manel a jogar na frente, foi no seguimento de um cruzamento seu, aos 82', que Xavi, também de cabeça, fez o 2-3, fazendo acreditar de novo que ainda ainda era possível. E era, na realidade, se Gui Matos, no minuto seguinte, não falhasse o empate, rematando à boca da baliza uma bola cruzada por Subtil e que acabou por sair acima do travessão. Verdade que, aos 89', num lance que estragou os 100 por cento de eficácia à equipa de Marrazes, Samuel evitou o golo com uma grande defesa para canto, desviando para canto mais um venenoso remate desferido do maio da rua, mas o período de compensações (4 minutos) foi ainda tempo para imensas peripécias. Primeiro, e por duas vezes, Junior Bangura, teve o golo muito perto, não tendo sido feliz na direcção dos seus oportunos remates, mas o empate haveria mesmo por chegar. Decorria o derradeiro minuto quando Marc, numa última arrancada, é claramente derrubado na área. Grande penalidade indiscutível, prontamente assinalada e superiormente transformada no 3-3 pelo "7" da formação aurinegra, que minimizou os danos sofridos pela sua equipa e conferiu mais justiça ao marcador.
Boa arbitragem do Sr. Joel Sousa, juiz da AF Aveiro.

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