domingo, 8 de setembro de 2013

JUNIORES A: Castigo demasiado severo

SC Beira-Mar, 0 - Leixões SC, 3
(0-2, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar perdeu, na tarde de sábado, o seu jogo do campeonato nacional da 1ª divisão, partida que marcava a recepção ao Leixões, a formação que segue na vice-liderança da Zona Norte. A vitória dos matosinhenses, no balanço geral da partida, não sofre contestação, já os 0-3 do resultado final parecem-nos números algo exagerados para um jogo em que, no primeiro tempo, o Beira-Mar até esteve melhor. No entanto, a quebra dos aveirenses na etapa complementar, mormente na última meia hora, permitiu que o Leixões materializasse uma superioridade que acabou por justificar os 3 pontos conquistados.
O técnico António Luís apresentou para esta partida do Mário Duarte os seguintes elementos:
Hugo (gr); Bruno Reis, Gui (Fábio, 27'), Miguel Campos e Filipe Melo; Tiago Ramalho (Henrique, 60'), Bernardo Subtil, André Silva e Pedro Aparício; Diogo Castor e Lucas (Diogo Palma, 70').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), André Rosa, Bento Cortesão e Ricardo Pinto.
Depois de um início de jogo equilibrado e em que, de uma forma fortuita, o Leixões se adiantaria no marcador logo aos 6', num lance de insistência em que o número 9 apareceu a cabecear na cara de Hugo, ficando muitas dúvidas sobre se a bola terá ultrapassado completamente a linha de baliza, o Beira-Mar começou a aparecer mais no jogo e a ganhar algum ascendente sobre os matosinhenses.
A resposta poderia ter sido dada, aos 9', numa jogada pela direita em que, ao cruzamento de Bernardo Subtil, correspondeu Diogo Castor com um cabeceamento que foi às malhas laterais. Aos 19', sempre pelo corredor direito, é André Silva que entra à linha de fundo e cruza, desta vez para Lucas, que também cabeceou com muito perigo mas ligeiramente ao lado. Os auri-negros porfiavam na busca do empate e, aos 24', o golo poderia ter de novo acontecido numa situação de superioridade numérica não aproveitada mas que, mesmo assim, ainda proporcionou um remate solto de Lucas para uma defesa segura do guardião visitante.
Por esta altura o Beira-Mar já merecia pelo menos a igualdade, mas seriam os forasteiros, aos 35', a chegar ao 0-2, numa bola que sobrou após um lançamento de linha lateral executado para dentro da área. Ainda que a nossa equipa tenha acusado este golo e baixado de produção, este resultado ao intervalo era deveras lisonjeiro para os matosinhenses, que apenas ganharam vantagem em lances saídos praticamente do nada.
O início do segundo tempo mostrou um jogo aberto e muito movimentado, de parada e resposta, mas, depois do Leixões, aos 58', ter criado outra vez muito perigo para as redes de Hugo, num lance estudado após livre lateral, o Beira-Mar praticamente acabou e, na última meia hora, quase só deu Leixões.
O terceiro golo esteve iminente aos 68', valendo a saída arrojada de Hugo, que ofereceu o corpo à bola rematada por um jogador que lhe surgiu completamente isolado após jogada de contra-ataque. O guardião aveirense voltaria a mostrar a sua classe, aos 75', numa situação idêntica ao do lance anterior, desta feita desviando o remate do jogador nº 11. A equipa da casa mostrava, por esta altura, muitas dificuldades para discutir o jogo, acusando um desgaste físico que permitia situações de perigo a cada jogada de ataque dos jogadores do Leixões. Voltou a valer Hugo, aos 88', defendendo para canto um remate do isolado nº 10 leixonense, mas na sequência do mesmo o guardião aveirense foi incapaz de suster um remate de ressalto que originou o definitivo 0-3. Em período de compensação, e com a nossa equipa já completamente em baixo, os números poderiam ter sido mais dilatados, mas isso seria ainda mais injusto, sobretudo pela boa imagem deixada pela formação de António Luís na 1ª parte.
Não foi pela arbitragem do árbitro conimbricense, Sr. José Pedro Laranjeira, que o Beira-Mar perdeu o jogo, mas nos lances que suscitaram dúvidas, nomeadamente o do primeiro golo, as decisões foram sempre em desfavor dos auri-negros.

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