domingo, 22 de setembro de 2013

JUNIORES A: Uma vitória fundamental

SC Beira-Mar, 3 - UD Oliveirense, 0
(2-0, ao intervalo)

Os juniores do Beira-Mar obtiveram este sábado uma importante vitória frente à Oliveirense, batendo um dos seus adversários teoricamente directos por confortáveis 3-0. Sem estar em causa a justiça do vencedor, que só poderia ser a formação orientada por António Luís, a diferença no marcador não traduz o equilíbrio que na maior parte do tempo as equipas evidenciaram neste jogo. Foi a eficácia auri-negra a principal razão da vitória do Beira-Mar, frente a um adversário que se mostrou apenas perigoso em lances de bola parada. Valeu em dois ou três momentos desses o guardião Hugo, os ferros da sua baliza, ou a falta de pontaria forasteira.
Sob um intenso calor no Mário Duarte, a partida começou com maior iniciativa por parte dos donos do terreno, perante uma Oliveirense que mostrava algumas cautelas iniciais. Contudo, os auri-negros não materializavam em situações de perigo esse seu ascendente inicial e foi mesmo a turma de Oliveira de Azeméis a dispor da primeira grande situação de golo. Na marcação de um livre lateral no flanco esquerdo, aos 17', a bola é metida na área, onde surge um jogador livre de marcação a desviar para a baliza, valendo a defesa por instinto de Hugo que enviou a bola para canto, mesmo a roçar a barra. Pouco depois, aos 20', novamente num lance de bola parada, desta feita um livre do lado contrário, Emanuel (nº 27) surge completamente solto a cabecear por cima da baliza, com Hugo apenas pela frente.
Foram dois momentos de alguma sorte para a nossa baliza, mas, no minuto seguinte, Pedro Aparício lançou Henrique na área e o avançado auri-negro fez um "chapéu" à saída do guardião contrário, que só não resultou em golo porque um defesa safou a bola em cima da linha, quando todos se apressavam para festejar.
Apenas aos 33' de jogo a formação azul-grená, que até aí apenas se tinha mostrado em lances de bola parada, criou a primeira situação de perigo em jogada de bola corrida. Num lance pelo corredor direito, após cruzamento rasteiro e desvio de Hugo para a sua baliza, quando também já se gritava golo, a bola foi providencialmente tirada em cima da linha e o nulo manteve-se. Por pouco tempo, porém, já que, aos 36', numa jogada iniciada e finalizada por Pedro Aparício, que abriu na direita em Rúben e apareceu na área a finalizar de cabeça o cruzamento do colega, o Beira-Mar chegava ao 1-0.
Esse golo galvanizou ainda mais os jogadores auri-negros, que aproveitaram o momento para pouco depois, aos 39', chegarem a novo golo. O 2-0 surge numa jogada de contra-ataque que teve início em Pedro Aparício, com o "capitão" aveirense a solicitar Diogo Castor, que, após uma boa recepção na frente, rematou de pronto, cruzado, de nada valendo o esforço do guarda-redes de Oliveira de Azeméis.
Em desvantagem ao intervalo, quiçá por uma diferença exagerada, a Oliveirense assumiu as despesas do jogo no segundo tempo, contudo o seu futebol era inconsequente e a organização auri-negra ia bem dando conta do recado. Só as bolas paradas continuavam a ser o "calcanhar de Aquiles" da formação visitada e o grande perigo dos forasteiros. E foi na sequência de mais um livre lateral, aos 60', que a Oliveirense voltou a estar perto do golo, quando o nº 4 Adélio Melo desviou de cabeça para a barra uma bola que, caprichosamente e de uma forma afortunada para a nossa equipa, teimou em não entrar.
À parte os livres e pontapés de canto, a equipa da Oliveirense não se mostrou capaz de entrar na defesa aveirense e seria mesmo o Beira-Mar que, aos 74', em jogada de contra-ataque lançada por Diogo Castor, viu André Rosa isolar-se mas não ter forças para ir até ao fim e finalizar a flagrante oportunidade de golo. No entanto, o 3-0 surgiria mesmo, aos 86', novamente em contra-ataque e após uma boa combinação de Diogo Castor e André Rosa, com este a receber na esquerda o passe do colega, a progredir, e a devolver-lhe a bola para o lado contrário,  de onde o endiabrado avançado auri-negro rematou cruzado, fora do alcance do guarda-redes.
A comprovar que este era mesmo um dia não para a formação oliveirense, já em período de compensação, o ex-auri-negro Ricardo Tavares desperdiçou ainda uma grande penalidade, rematando para fora, com Hugo já lançado para o lado contrário da baliza.
Em suma, vitória justa do Beira-Mar, que apresentou melhor futebol e foi mortiferamente eficaz, perante uma Oliveirense pobre de ideias, e que fez das bolas paradas o meio para chegar à baliza adversária e criar algum perigo.
Sob uma arbitragem sem grandes reparos (dúvidas na grande penalidade -mão na bola ou bola na mão?) a equipa do Beira-Mar apresentou:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; André Silva, Rúben Marques e Pedro Aparício (cap); Henrique (André Rosa, 64'), Diogo Castor e Miguel Oliveira (Lucas, int, Diogo Palma, 79').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto, Bento Cortesão e Diogo Carvalho.

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