(0-2, ao intervalo)
Num bem tratado relvado do Estádio Municipal da Póvoa de Varzim, e sob uma boa arbitragem do Sr. Pedro Maia, árbitro da AF Porto, o Beira-Mar apresentou-se com:
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto, Bruno Lopes e Bernardo Subtil.
Desde cedo se verificou que o modo como o Varzim defendia, com uma linha muito alta, poderia vir a ser bem aproveitado pelo Beira-Mar, que faz das transições um dos seus pontos fortes. Por várias vezes isso poderia ter acontecido, mas falou sempre arte e engenho aos aveirenses para executar o último passe na perfeição ou mais discernimento para não caírem na armadilha do fora-de-jogo. Mas, tantas vezes o cântaro vai à fonte... E foi isso que aconteceu, aos 24', com Pedro Aparício a desmarcar no tempo exacto Lucas, que ficou na cara do guardião poveiro e não perdoou, fazendo o 0-1.
Os donos do terreno apenas chegavam à grande área de Hugo em lances de bola parada, particular em que não estivemos fortes, tendo passado mesmo por alguns apuros em pontapés de canto que deixavam a bola saltitar muito tempo dentro da nossa grande área.
Mas a receita do primeiro golo voltaria a funcionar, aos 42', com Pedro Aparício, desta vez, a isolar na direita Diogo Castor que tocou para a boca da baliza à saída do guarda-redes, permitindo que Bento Cortesão fizesse facilmente o 0-2.
No segundo tempo o Varzim encetou uma reacção, mas foram os auri-negros que, aos 57', dispuseram de uma soberana oportunidade para "acabar" com o jogo. André Silva isolou Rúben na esquerda, este penetrou na área e disparou para uma defesa por instinto, com o pé, do guarda-redes varzinista. E quando, aos 60', após uma boa jogada de envolvimento no ataque do Beira-Mar, em que a bola circulou da esquerda para a direita, permitindo a Lucas um remate que pecou na potência e na direcção que levou (à figura do guarda-redes), parecia que a decisão do jogo dificilmente seria diferente da de uma vitória para as cores auri-negras. Puro engano! Dando sequência às ameaças que já tinha feito na primeira parte em lances deste tipo, o Varzim, aos 66', reduziu para 1-2 na sequência da marcação de um pontapé de canto.
Pior do que isso foi, no lance seguinte, em jogada de contra-ataque bem urdida pelos aveirenses, Pedro Aparício ter aparecido na cara do guardião contrário, rematado para a baliza deserta, mas de modo a permitir a um defesa, vindo de trás, o corte com a cabeça no momento em que se aguardava o terceiro golo para a formação orientada por António Luís.
E foi já em desvantagem numérica (expulsão do jogador nº 10, aos 78') que, aos 84', o Varzim chegou ao empate, um golo de belo efeito obtido através de um remate indefensável desferido a uns bons 25 metros da baliza. Os auri-negros tremeram, deixaram que o Varzim se empolgasse e isso quase lhes custava o escasso ponto que trouxeram para Aveiro, quando, já em período de compensação, Hugo evita o golo saindo com coragem aos pés de um jogador isolado.
Feito o balanço, a conclusão aponta para um jogo em que, sem dúvida, os auri-negros deixaram fugir uma vitória que esteve por demais ao seu alcance.
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