sábado, 6 de junho de 2009

JUVENIS: A chuva molhou os foguetes...

SC Beira-Mar, 2 - Oliveira Bairro SC, 3
(1-0, ao intervalo)

Com o título já garantido, os novos campeões distritais de juvenis tinham hoje o seu dia de consagração, no jogo contra o Oliveira do Bairro, disputado logo pelas 09h00 no Estádio Mário Duarte. Numa fase de alguma descompressão, depois do objectivo alcançado após seis jogos consecutivos a vencer, jogados sob grande tensão nervosa (não era permitido falhar), os nossos rapazes deixaram-se surpreender no final do jogo de hoje e foram batidos pelo seu adversário.
Nem por isso se deixou de festejar (merecidamente, diga-se) mas não era certamente com este resultado que os comandados de Aguinaldo Melo se quereriam despedir desta temporada e do seu público adepto.

A equipa apresentou-se com:
Diogo; Berna, Lobo, Renato e Bryan (Nuno, 52'); Granja, André Vaz e Francisco; Nelson (cap), Pedro (Erivaldo, 59') e Cassamá (Lucas, 48').
Suplentes não utilizados: Samuel (GR), Abreu, Mika e Ricardo.

A 1ª parte foi jogada numa toada bastante morna, se a compararmos com aquilo a que a equipa nos habituou nos últimos jogos. Apesar disso, o perfume do bom futebol auri-negro sentiu-se, a bola foi jogada praticamente sempre no meio-campo adversário e o Oliveira do Bairro nunca incomodou seriamente a baliza de Diogo, havendo apenas a registar um remate forasteiro (aos 38') em toda a primeira parte.
Mesmo em ritmo de passeio, o Beira-Mar podia ter chegado à vantagem logo aos 2', por Nelson que, em posição privilegiada, não deu a melhor sequência a cruzamento de Vaz. Depois, fez o 1-0, por Pedro, aos 12', correspondendo da melhor forma a um cruzamento da direita de Granja. Depois, a vantagem poderia ter sido aumentada em diversas ocasiões mas Pedro, por cinco vezes (12', 15', 18', 25', 39'), e Cassamá, por duas (26', 28'), não foram felizes.
A vantagem ao intervalo, apesar do ritmo pausado do jogo, era escassa, mas, de certo modo, castigava a falta de eficácia e de ambição dos nossos jogadores.

Na 2ª parte viu-se, no começo, um Beira-Mar mais acutilante, resultado seguramente da palestra ao intervalo, na cabina. Logo aos 3' e já depois de 2 cantos conquistados, Nelson tem uma arrancada pela direita que culmina com um remate ao lado. Aos 8' é Berna que protagoniza magnífica jogada em progressão pela direita, combinando com vários colegas ( até meteu toque de calcanhar) e terminando com um extraordinário remate a rasar o travessão. Esta grande oportunidade merecia melhor sorte. Aos 10', após combinação com Lucas, Pedro aparece na cara do guarda-redes mas falha o golo. Aos 15', uma boa iniciativa de Lucas termina com um remate da meia-lua à figura do guardião contrário. Aos 24' é Renato que, na sequência de um canto, falha o golo na pequena área. Tanta oportunidade de golo teria de resultar em alguma coisa e isso aconteceu, aos 31', com o 2-0, por Lucas. Nuno, na esquerda, faz um cruzamento ao 2º poste, Nelson de cabeça assiste Lucas, que domina com o peito e remata com o pé direito para o fundo das redes.
Estava tudo a compor-se para um final de festa com algum brilho. Mas o lustro começou a perder-se aos 33' ( a sete do fim!), num lance infeliz de Lobo que trai o seu guarda-redes e faz auto-golo ao tentar cortar um cruzamento da direita. O Oliveira do Bairro nada tinha feito para o merecer (apesar de se notar ser uma equipa que "mexe" bem na bola) mas, no futebol, basta um lance para tudo fazer mudar. O 1-2 (e o modo como foi alcançado) acrescentou (do lado do Beira-Mar) alguma desconcentração e nervosismo à descompressão com que estava a jogar e fez, do lado do Oliveira do Bairro, acreditar que ainda era possível mais alguma coisa. E, aos 33', depois de Diogo ter negado o empate num primeiro remate defendido com dificuldade, o 2-2 era mesmo alcançado na recarga da esquerda, com a bola a passar no meio de muitas pernas. Balde de água fria!
Não querendo que o fulgor da festa fosse beliscado, aos 40', André Vaz ainda isola Nelson, mas o extremo beiramarense remata cruzado a rasar o poste contrário. Grande oportunidade perdida para fechar em beleza!
Se o 2-2 tinha sido um balde de água fria, o balde de água gelada viria aos 40+3' com a reviravolta no marcador a consumar-se e os jovens "falcões do Cértima" a fazerem o 2-3 final, após uma perda de bola em zona proibitiva que os bairradinos aproveitaram da melhor maneira. Se a eficácia dos visitantes não andou nos 100%, esteve perto disso.

Resultado injusto, que não impediu que a festa se fizesse, nem tirou mérito ao feito dos nossos campeões que, na próxima temporada, disputarão o campeonato nacional de juvenis.
Parabéns, rapazes!

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