(3-0 ao intervalo)
Em jornada do campeonato distrital de juniores da 1ª divisão, o Beira-Mar perdeu ontem, na deslocação a Oliveira de Azeméis, num jogo que teve um vencedor justo e que demonstrou, a quem não sabia, as razões da liderança na prova por parte dos oliveirenses. É a 3ª derrota fora de portas da equipa B de juniores aveirense, que apenas tem pontuado nos jogos em casa e que, nesta partida, era completamente composta por atletas juvenis, alguns de 1º ano. O resultado ficou praticamente decidido no final dos primeiros 45', já que o 3-0 no marcador e a diferença patenteada pelas duas equipas na 1ª parte, deixava, para o período complementar, uma missão praticamente impossível para a equipa auri-negra, ontem orientada por Aguinaldo Melo.
No campo nº 1 do C.F.F. Ápio Assunção, os aveirenses apresentaram-se com:
Diogo Lopes (GR); Leandro (Francisco Dias, int.), Lobo, Rui Santos e Nito; Mika (cap), Wilson Campos e Tito (Ricardo Castro, int.); Danny (Tiago Azevedo, 72'), Paulo Sousa e Cassamá.
Suplentes não utilizados: Marc, Balacó e Pité.
O jogo começou praticamente com o 1º golo da equipa de Oliveira de Azeméis, logo aos 2'. Um atraso despropositado de Danny, desde o meio-campo, em balão, para a nossa grande área, não mereceu, da parte dos homens mais atrasados, o tratamento devido e, perante tamanha falta de decisão, o remate adversário partiu e fez o 1-0.
Foi o ponto de partida para uma fase de jogo de domínio completo da Oliveirense, que praticou melhor futebol, mostrou maior vontade de ganhar, ser melhor equipa e criou perigo permanente para a baliza de Diogo. Com alguma naturalidade, pois, a equipa adversária chegou ao 2-0, aos 8'. Já o poderia ter feito 2 minutos antes, numa oportunidade flagrante, após a marcação de um canto. O 2º golo resulta de uma excelente jogada pela direita do extremo oliveirense, que deixa dois adversários pelo caminho e serve, atrasado, o colega, vindo de trás. O remate partiu cruzado, sem hipóteses para o guardião de Aveiro.
O Beira-Mar ainda deu mostras de querer equilibrar o jogo, mas nunca mostrou argumentos para incomodar, verdadeiramente, as redes contrárias. Eram os da casa que mandavam, começava a dar nas vistas o nº 7, Figueiredo, autêntico patrão da turma oliveirense, jogava e fazia jogar.
Aos 24', 3-0. Livre apontado na esquerda do ataque da Oliveirense, a defesa beiramarense fica parada e, perante tamanha permissividade, aparece o cabeceamento, à vontade, no 2º poste da baliza do indefeso Diogo. Aos 41', num lance a papel químico, a Oliveirense poderia, de novo, ter marcado.
Chegava o intervalo sem que o Beira-Mar tivesse criado uma oportunidade de golo e, pior do que isso, deixando uma imagem de muita passividade e individualismo.
A 2ª parte começou mais morna por parte dos de Oliveira de Azeméis (calor e resultado podem ser atenuantes), mas, ainda assim, com sinal mais caseiro. O Beira-Mar, é certo, também melhorou, a entrada de Ricardo Castro permitiu que este pautasse melhor o jogo a meio-campo e as jogadas começassem a ter princípio, meio e fim. Ainda assim, só de bola parada conseguimos chegar à baliza contrária e criar, aos 17', a primeira oportunidade de golo da partida. No seguimento de um pontapé de canto, Lobo recupera a bola e cruza ao poste mais distante, fazendo-a bater no ferro. Foi uma fase de jogo em que o Beira-Mar espevitou, muito pela acção central de Castro e das tentativas de Paulo Sousa na frente (remate fraco, aos 20', após boa jogada na esquerda e cabeceamento, aos 22', para defesa do guarda-redes contrário, no seguimento de um cruzamento de Francisco, na direita). O jogo ficou aberto e, nalguns momentos, completamente partido, disso se aproveitando a Oliveirense para criar perigo, aos 26', em que, por duas vezes, na mesma jogada, teve oportunidade de ampliar o marcador. Valeu a intervenção decidida de Diogo, perante o adversário isolado. Não ampliou a Oliveirense, mas reduziu o Beira-Mar. Estavam decorridos 31' da 2ª parte, quando Cassamá aproveita uma bola cruzada da direita, amortecida ainda pelo Paulinho, para fuzilar à vontade e fazer o 3-1.
Mas foi o "canto do cisne" auri-negro. Até final, não mais criámos perigo, sendo a Oliveirense a equipa que voltou a estar mais perto do golo. Depois de oportunidades aos 34', 35' e 40', a equipa da casa fixou o resultado final em 4-1, aos 41', através de um golpe de cabeça, no seguimento de um pontapé de canto marcado ao 1º poste.
Nada a dizer, vitória justa daquela que mostrou, neste jogo, ser a melhor equipa.
A arbitragem teve uma tarde descansada, num jogo que foi fácil de dirigir.
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