(1-0, ao intervalo)
Mais uma vez, foi uma equipa formada completamente por atletas juvenis que hoje de manhã se apresentou no campo de treinos do Estádio Mário Duarte, para defrontar o Anadia, em jogo que fazia parte da 6ª jornada do campeonato distrital de juniores da 1ª divisão da AFA. Estiveram frente-a-frente duas equipas em que contrastava o poder físico dos bairradinos com a juventude dos auri-negros. Este factor, aliado à excelente exibição, sobretudo na 2ª parte, de Ricardo Batista, o organizador de jogo e motor da equipa visitante, foram determinantes no desfecho final. O Beira-Mar pareceu ter o jogo na mão (esteve a ganhar por 2-0, já na 2ª parte), mas o Anadia conseguiu a reviravolta no marcador, só anulada por um golo de Tito. Ficam na retina as três soberanas oportunidades de golo perdidas pelo Beira-Mar já na parte final do encontro, que poderiam ter feito pender o fiel da balança para o lado auri-negro.
O SC Beira-Mar apresentou:
Cirineu (GR); Francisco Dias (Sérgio Chipelo, 55'), Rui Santos, Lobo, e Wilson Rubio; Mika (cap), Ricardo Castro e Pité (Tito, 70'); Marc, Paulo Sousa (Pedro, 62') e Cassamá.
Suplentes não utilizados: Wilson Campos, Leandro, Iuri e Balacó.
Após uma fase inicial em que mais parecia o prolongamento do aquecimento, o Beira-Mar foi a equipa que, até aos 25' de jogo, se apresentou melhor e criou mais perigo. Mika, aos 5', num pontapé de ressaca após a marcação de um canto, atira de fora da área, ao lado. Aos 17', uma abertura magistral de Pité, solicitando Cassamá na esquerda, isola o avançado auri-negro, que atirou fraco e perdeu excelente ocasião de inaugurar o marcador. Estas ameaças eram o prenúncio do golo, que acabaria por surgir aos 19', na sequência da marcação de um livre, na direita . Pité atrasa para Paulo Sousa, o remate deste sai enrolado e faz a bola chegar a Cassamá que, à boca da baliza, atira para o 1-0. O Anadia só a partir de mais de metade da 1ª parte é que equilibra as operações e dá o seu primeiro sinal de perigo, aos 24', lançando um rápido contra-ataque ,após um canto contra, pela direita, com o avançado da Bairrada a ganhar em corrida, mas a atirar fraco para as mãos de Cirineu. A 1ª parte não terminaria sem que mais duas situações de aflição acontecessem junto às redes aveirenses, ambas protagonizadas pelo já citado Ricardo Batista. Aos 43', uma perda de bola na zona central permite a progressão ao nº10 dos "azuis-e-brancos", que termina numa tentativa de "chapéu" falhada. Aos 45', um remate perigoso passa ao lado, não muito longe do poste.
O Anadia entrou na 2ª parte à procura do empate, mas foi o Beira-Mar, num lance algo fortuito, que chegou ao 2-0. Estavam decorridos 8' do tempo complementar e o golo resulta de um lance infeliz de um defesa do Anadia, que introduz a bola na sua própria baliza, quando procurava atrasar, de cabeça, uma bola cruzada da direita por Francisco Dias.
Parecia que tudo estava bem encaminhado para a 3ª vitória caseira da equipa B de juniores, mas o Anadia nunca baixou os braços e também foi bafejado por alguma sorte no lance do 1º golo. Mas antes disso, aos 12', já um cabeceamento perigoso ao lado da baliza de Cirineu, após a marcação de um livre, tinha dado o sinal de alarme. O 2-1 surgiria aos 14' e resulta de um remate de fora da área, que sofre uma ligeira mudança de trajectória e passa por cima do guardião aveirense, que é traído pelo desvio. O Beira-Mar ainda reagiu e, aos 15', um cruzamento de Cassamá, na esquerda, deixa Pité na cara do guarda-redes, que contraria as intenções do esquerdino jogador aveirense. E seria numa fase em que os auri-negros pareciam dar mostras de começar a jogar melhor que o Anadia chegou ao empate. O árbitro assinala uma falta (duvidosa, no mínimo) em posição frontal à baliza do Beira-Mar e Ricardo Batista, sempre ele, numa execução primorosa, faz o 2-2. Animados pelo empate, os bairradinos carregam no acelerador e, sempre sob a batuta do maestro Ricardo, haveriam de consumar a "cambalhota" no marcador. Iam decorridos 26' do 2º tempo, quando o nº10 do Anadia, mais uma vez, pega na bola, escapa-se pela direita e, de ângulo já muito apertado, remata para a defesa de Cirineu desviar a bola para o poste e sair pela linha de fundo. Na marcação do canto, na confusão, um dos defesas centrais do Anadia aproveita e atira para o 2-3. Mas a equipa que fisicamente se apresentava menos forte, conseguiria ainda forças para não sair pela 1ª vez derrotada em jogos caseiros. Foi um lance em tudo semelhante ao terceiro golo do Anadia. Tito aproveita a confusão na área bairradina, gerada após a marcação de um canto do lado direito e remata no coração da área, fazendo o 3-3 final. Estavam decorridos 33' e faltava, pois, ainda muito tempo para o final do jogo e para que qualquer uma das equipas tentasse desfazer a igualdade. E são as três grandes oportunidades de golo perdidas pelos beiramarenses na fase terminal do jogo que ficam mais na retina e que deixam algum amargo de boca nas hostes da casa. Sérgio, aos 39' (falha na boca da baliza um passe de morte de Pedro) e Pedro, aos 41' (lance semelhante ao anterior, com papéis invertidos) e aos 45' ("chapéu" falhado) estiveram à beira de dar outro desfecho ao resultado que, no entanto, por tudo o que aconteceu ao longo dos 90 minutos, tem de se aceitar como justo.
A arbitragem, na nossa opinião, falhou na marcação do livre que deu o 2º golo ao Anadia. No resto, sem reparos.
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