(0-2, ao intervalo)
O jogo disputado ontem, na Covilhã, pela equipa de iniciados do SC Beira-Mar era, à partida, muito ingrato para os aveirenses. De um lado uma equipa que, praticamente, nada tinha a perder (Estação, último classificado, com 0 pontos), estando no polo oposto outra (SC Beira-Mar, 1º classificado, só com vitórias) à qual tudo era exigido. A missão foi levada a cabo com sucesso, os três pontos alcançados e, pese embora as muitas ausências de jogadores habituais e as difíceis condições do terreno, os 0-5 finais cumprem bem os serviços mínimos definidos para esta partida.
A nossa equipa apresentou-se, no campo 8 de Dezembro, em Boidobra, Covilhã, com a seguinte equipa:
Hugo (gr) (André Fernandes, int.); Diogo H. Carvalho, Gui (cap), André Silva e Ruben; Zazu (Pedro Aparício, int.), Diogo M. Carvalho e Tiaguinho (Timóteo, 59'); Ricardo Tavares, Henrique (Didi, 65') e Renato (Bruno Filipe, int.).
Suplente não utilizado: Pedro Salgado.
A primeira parte não foi muito bem jogada. Ainda que o jogo tenha sido de sentido único (Hugo foi, mais uma vez, um espectador atento), de domínio total do Beira-Mar, houve muitas dificuldades na adaptação ao recinto do jogo (piso e dimensões reduzidas) e o futebol saiu muito afunilado, com imensas dificuldades em variar o flanco de jogo. Se o "chapéu" de Henrique, logo no primeiro minuto, que levou a bola a embater na barra, tivesse tido melhor sorte, as coisas poderiam ter-se facilitado mais um pouco. A verdade é que, com as dificuldades já aduzidas e o acreditar crescente dos rapazes da casa, o nulo ia-se mantendo e só alguns remates de fora da área faziam perigar as redes do Estação (Renato, aos 8', Tiaguinho, aos 9', Diogo M. Carvalho, aos 10' e Henrique, aos 27'). O intervalo aproximava-se e o golo não aparecia, o que poderia transmitir algum nervosismo à nossa equipa para a 2ª parte e constituir um forte factor de motivação para os da casa. Só que aos 32' surgiu o primeiro golo, num dos raros lances de futebol jogado que se viram na 1ª parte. Tiaguinho abre na esquerda em Ricardo Tavares, que ganha a linha de fundo a um adversário e dá atrasado para a entrada oportuna de Henrique, que faz o 0-1 de pé esquerdo, num remate de primeira. Ainda se comentava o lance do primeiro golo quando, no minuto seguinte, Ricardo Tavares, servido por Diogo M. Carvalho (a nossa "formiguinha" laboriosa), se isola e faz o 0-2, num vistoso "chapéu" executado à saída do guardião contrário.
A 2ª parte, com as correcções efectuadas ao intervalo no estilo de jogo que estávamos a praticar, foi bastante melhor jogada pelos auri-negros. Curiosamente, também neste período, os covilhanenses chegaram por três vezes à baliza de André Fernandes (rendeu Hugo ao intervalo) e criaram mesmo duas situações para poderem fazer golo.
O período complementar começou, praticamente, com o 3º golo do Beira-Mar, obtido no primeiro minuto. Boa jogada de entendimento entre Ruben e Henrique, com o avançado a ser servido na esquerda e a cruzar para a boca da baliza, onde apareceu o mesmo Ruben, que acompanhou sempre a jogada, a finalizar para o 0-3. O bom futebol que o Beira-Mar começava a praticar poderia ter feito dilatar a vantagem, aos 4', quando um cabeceamento de Henrique, a corresponder a um pontapé de canto, faz a bola passar muito perto do poste. Aos 6' é Pedro Aparício, após mais uma boa iniciativa de Ruben, que vê o seu pontapé de ressaca, desferido em posição frontal, dentro da meia-lua, passar com muito perigo por cima da barra. Tantas vezes o cântaro vai à fonte... que, aos 9', chegámos mesmo ao 0-4. Diogo M. Carvalho executa, na esquerda, um pontapé de canto, aparecendo André Silva, nas alturas, a atirar para o fundo da baliza.
A vitória já não oferecia dúvidas e os números não deixavam de ser claros. Não digo que tenha havido adormecimento da equipa, mas seguiu-se um período em que não criámos nenhuma situação de perigo e disso se aproveitou o Estação para chegar, pela 1ª vez, à nossa baliza. Foi aos 17' e o lance poderia ter dado golo, já que André Fernandes viu aparecer-lhe pela frente um jogador isolado e teve que se aplicar para manter as nossas redes invioláveis. Respondeu Ricardo Tavares, no minuto seguinte, com uma boa jogada individual, que terminou com um remate, já executado de ângulo muito difícil, que foi à figura do guarda-redes do Estação. A equipa da Serra voltou a criar, aos 26', mais uma jogada de algum perigo para a nossa baliza. Novamente pelo lado direito do seu ataque, o lance culmina num cruzamento, correspondido pelo cabeceamento de um jogador do Estação para as mãos de André Fernandes. O resultado final seria fixado ao minuto 29, com Ruben a apanhar a defesa do Estação (que subia no terreno) em contra-pé e a isolar Henrique. O goleador aveirense, com muita calma, à saída do guarda-redes, faz um pequeno desvio e a bola entra para o 0-5. Até final, destaque para um lance de boa execução técnica de Timóteo, aos 34', no lado direito, fazendo passar a bola por cima do seu marcador e a oferecer a Didi, no centro da área, a possibilidade de golo. O remate, porém, saiu fraco e à figura do guarda-redes. Seria um golo fabricado pelos "caloiros" (estreia de ambos no campeonato nacional) desta equipa.
A arbitragem não teve problemas em dirigir este encontro.
Uma palavra de apreço para os dirigentes da AD Estação. Estando com as suas instalações em obras, jogam actualmente em "casa" emprestada. O Campo 8 de Dezembro, não tem, efectivamente, muito boas condições, mas quando os homens da casa oferecem aos visitantes o melhor balneário existente (o dos visitados), só temos que agradecer e louvar o espírito hospitaleiro que as gentes da Serra mostraram ter.
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