A equipa de juniores do SC Beira-Mar regressou aos maus resultados no jogo que ontem à tarde disputou no campo da Gândara, na Oliveirinha, contra o Oliveira do Bairro, não dando seguimento à recuperação que o resultado e a boa exibição de há oito dias, diante do Paços de Ferreira, parecia indiciar. Pior que o resultado foi a pálida imagem deixada pela exibição na 2ª parte, nunca conseguindo reagir após ter ficado em desvantagem no marcador, mesmo após a superioridade numérica sobre um adversário que acabou com 9 elementos.
António Luís apresentou a seguinte equipa:
Samuel (GR); Berna, Beato, Renato (Filipe Vieira, 82') e Bryan; Granja (Ibraihma, 72'), André Vaz, Nuno Silva e Francisco Griné; Igor e Nelson (Mathieu, 57').Suplentes não utilizados: Cirineu (GR), Miguel Ângelo e André Aranha.
Na 1ª parte o Beira-Mar, não tendo realizado uma boa exibição (longe disso) ainda conseguiu alguma superioridade sobre um adversário muito bem constituído fisicamente e que procurava também responder às investidas aveirenses. A partida iniciou-se numa toada de algum equilíbrio, tendo mesmo o primeiro sinal de perigo sido dado pelos bairradinos, logo aos 3', num remate cruzado da esquerda que Samuel desviou para canto. O Beira-Mar respondeu, havendo a registar dois lances na área do Oliveira do Bairro em que o marcador poderia ter funcionado. No primeiro, aos 7', é Igor que remata para defesa do guardião contrário e, dois minutos depois, Griné atira por cima da barra, de pé esquerdo, não dando o melhor seguimento a um bom cruzamento de Bryan.
Depois de um início repartido, os auri-negros começavam a acercar-se mais frequentemente da área adversária e como corolário dessa superioridade conseguida nesta fase do jogo, aos 22', Nuno Silva abre o activo, através de um potente fogacho disparado de fora da área, que o guarda-redes dos "falcões do Cértima" não conseguiu deter. A partir do 1-0 e até final da 1ª parte, o Beira-Mar teve o seu melhor período de jogo, ainda que o Oliveira do Bairro tivesse reagido bem ao golo. Só que os aveirenses apostavam em transições rápidas e dispuseram mesmo de duas flagrantes oportunidades para ampliar o marcador. Aos 29', após uma boa jogada de Francisco Griné pela esquerda, Igor falha à boca da baliza o passe atrasado feito pelo seu colega e atira fraco para as mãos do "keeper" bairradino. Aos 42', o mesmo Igor isola-se desde o meio-campo, corre 50 metros com a bola e remata ao lado, na cara do guarda-redes, quando tinha Francisco em posição de encostar para o golo.
Esta começou com um Oliveira do Bairro fortemente empenhado em correr atrás da recuperação, deixando logo um aviso, aos 3', quando no seguimento de um livre tenso o cabeceamento sai com muito perigo ao lado da baliza de Samuel.
O empate chegou mesmo aos 6', mais uma vez através de um penalty "oferecido" aos visitantes. Dos 5 jogos disputados em casa pelo Beira-Mar, esta é a 3ª vez que concedemos grandes penalidades aos adversários, sendo que em duas delas o resultado foi fatal. O lance parecia controlado mas o alívio da bola, falhado pela defesa auri-negra, proporcionou o contacto com o avançado forasteiro, que o árbitro julgou merecedor de castigo máximo. Com muita calma o nº 10 do OBSC não perdoou, enganando Samuel, e fazendo o 1-1.
Não sabemos o que poderia ter sucedido se, passados 3 minutos, o Beira-Mar tivesse chegado de novo à vantagem, quando uma boa jogada de Francisco Griné pela direita não tem, à boca da baliza, o seguimento desejado. Sabemos é que nunca mais houve Beira-Mar e que após o 1-2 alcançado aos 14' através de um remate rasteiro de fora da área que surpreendeu Samuel, os auri-negros acusaram demasiadamente o golpe e foram uma equipa completamente descaracterizada, sem "alma", sem chama, que nunca foi capaz de ir para cima do adversário. Mesmo quando este ficou em desvantagem numérica: com 10 elementos aos 18' e com 9 aos 29'. O melhor que conseguiu foi um remate à meia volta de Mathieu que fez a bola passar um pouco acima da barra. De resto, praticamente nada. Não soubemos aproveitar a vantagem numérica, trocar a bola em progressão, lateralizávamos muito e, mesmo assim, com imensos passes errados. E foi ainda o Oliveira do Bairro, já a jogar apenas com 9 unidades, que chegou ao 1-3, novamente de grande penalidade, desta vez a castigar derrube de Samuel a um avançado que lhe apareceu pela frente após uma perda de bola no meio campo. estavam decorridos 35' da 2ª parte e no restante tempo de jogo nem um só lance que mereça registo. Foi mau demais...
O árbitro não teve um jogo fácil de dirigir, pareceu-nos um jovem com alguma qualidade e ainda que nos tenha castigado com duas grandes penalidades, não devemos encontrar no seu trabalho as razões para o nosso mau desempenho.
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