domingo, 22 de novembro de 2009

JUVENIS: Auri-negros deram-se bem com os ares da Serra...


SC Covilhã, 0 - SC Beira-Mar, 8
(0-3, ao intervalo)

A deslocação do SC Beira-Mar à cidade serrana da Covilhã, numa jornada dupla que englobava também a equipa de juniores da parte da tarde, começou da melhor maneira, ao final da manhã de sábado, com uma vitória volumosa dos juvenis por oito golos sem resposta, sobre um adversário que demonstrou algumas lacunas defensivas, bem aproveitadas pelos aveirenses. Ao intervalo os comandados de Aguinaldo Melo já venciam por 0-3 e o avolumar do marcador aconteceu no último quarto de hora do jogo, período que registou 4 golos obtidos em apenas 4 minutos (!), ficando muitos outros por converter pelos jogadores de Aveiro.
Num dia muito frio mas com o relvado do Estádio Municipal Santos Pinto em boas condições para a prática da modalidade, o SC Beira-Mar apresentou:
Diogo (gr); Nito, Lobo (cap), Rui Santos (Ricardo Figueiredo, int) e Wilson Rubio; Mika, Ricardo Castro (Leandro, 60') e Tito; Cassamá, Paulo Sousa (Sérgio Chipelo, int) e Pedro.
Suplentes não utilizados: Wilson Campos e Daniel.
O jogo começou numa toada morna, com a bola quase sempre longe das balizas, mas com o Beira-Mar, pouco a pouco, a começar a tomar conta do jogo, tendo surgido a primeira situação de perigo junto à área dos serranos aos 8', com Castro a servir Pedro e este a rematar para defesa de recurso, com o pé direito, do guarda-redes covilhanense. Estava dado o mote e, aos 10', é Paulo Sousa que tenta a sua sorte de fora da área, mas o remate é mais uma vez defendido pelo guardião visitado. Era o aviso para o que haveria de acontecer no minuto seguinte. Numa boa jogada de combinação pela esquerda, Mika abre em Wilson Rubio que faz um centro perfeito, tenso e rasteiro, para uma entrada fulgurante de Paulo Sousa que, em queda, atira para o 0-1. Foi um golo "à ponta-de-lança", digno de figurar entre os melhores da "Premier League"!

Embalados pelo golo inaugural, os auri-negros poderiam ter aumentado a vantagem logo no minuto seguinte, mas Cassamá falha o 2º golo à boca da baliza após um cruzamento da esquerda de Pedro.
Estava-se numa fase de controlo absoluto do jogo por parte dos beiramarenses e só uma falha no eixo da nossa defesa, aos 20', proporcionou o primeiro momento de perigo junto da baliza de Diogo, com este a defender o remate de um avançado serrano que se tinha isolado. Tudo ficou mais tranquilo aos 23', quando o Beira-Mar eleva para 0-2, na marcação de uma grande penalidade a castigar derrube sobre Cassamá, que se ia isolar. O mesmo jogar não falhou a transformação e rematou colocado, tornando infrutífera a estirada do guarda-redes do Sporting da Covilhã. A equipa da casa só voltou a criar perigo aos 25', num lance em que, por duas vezes, poderia ter reduzido. Primeiro foi Diogo com uma excelente intervenção a defender para canto um remate forte de fora da área. Depois, na marcação do canto, a bola ressalta e fica à mercê de um jogador da casa que rematou para fora.
No minuto seguinte, Pedro aumenta para 0-3. Aproveitando, mais uma vez, a defesa "suicida" que desde o início do jogo o SC Covilhã apresentava, dando imenso espaço nas costas dos defesas, que defendiam muito subido, o nº 23 é lançado na esquerda, faz a diagonal para dentro e remata forte e colocado, junto ao poste mais próximo. Esta defesa permeável "em linha" apresentada pela equipa do Covilhão só não rendeu mais golos até ao intervalo porque Cassamá primeiro, aos 36' (isolado permite uma excelente intervenção do guarda-redes) e Pedro depois, aos 39' (perdida escandalosa à boca da baliza de uma oferta de Cassamá que, outra vez, se tinha isolado) deverão ter ficado surpreendidos com tamanhas facilidades.
A 2ª parte começou com o lance do 0-4, logo no 1º minuto e com algum perfume a "Madjer". Não foi  na concretização que Sérgio Chipelo recordou o famoso calcanhar do argelino, mas sim na assistência para Ricardo Castro, que se isolou (outro lance na cara do guarda-redes) e finalizou desviando a bola para as redes à saída do nº 1 da Covilhã. Se dúvidas já não havia sobre o vencedor, com este golo madrugador na 2ª parte elas ficaram definitivamente dissipadas.
Assistiu-se depois a uma reacção da equipa da casa, como que a querer defender o seu orgulho ferido por um resultado que começava a ter contornos de goleada, perante um Beira-Mar que se "aburguesou" temporariamente, vivendo da vantagem confortável que tinha alcançado até aí. Registam-se dois lances junto da baliza de Diogo, o primeiro aos 9', com uma boa defesa do guardião aveirense e o segundo aos 10', com a bola a chegar à área auri-negra, a ser dominada por um jogador contrário que, de costas para a baliza, assiste um colega que vem de trás e que remata com muito perigo ao lado.
Até que surgiu, aos 15', mais uma fatalidade para os serranos, com a expulsão do seu guarda-redes, que defendeu com as mãos, fora da área, uma tentativa de "chapéu" de Cassamá, que se tinha isolado pela "enésima" vez.

Até ao final, o jogo resume-se ao avolumar do resultado e das oportunidades perdidas pelos aveirenses. Aos 21', uma jogada individual de Ricardo Figueiredo termina com um remate para defesa apertada mas segura do guarda-redes da casa e, aos 23', é Sérgio Chipelo que perde uma oportunidade clamorosa de elevar a contagem, mas opta por rematar sem êxito, de ângulo apertado. O Covilhã poderia ter marcado o seu tento de honra aos 24' quando, após a marcação de um canto, surge um jogador solto a rematar por cima da barra. Foi o último fôlego do SC Covilhã e um autêntico "oásis" no meio do domínio aveirense. O 0-5 e o 0-6, aos 26' e 27', por Cassamá e Ricardo Figueiredo, resultam de jogadas em que, invariavelmente, o guarda-redes da casa era confrontado com jogadores aveirenses que lhe surgiam na cara. Perdidos em campo, os covilhanenses consentiram o 0-7, aos 29,' com Wilson Rubio a antecipar-se ao guardião contrário e a dar o melhor seguimento à marcação de um pontapé de canto por Leandro e o 0-8, no minuto seguinte, com uma conclusão fácil de Ricardo Figueiredo, bem no centro da área, a passe atrasado da direita de Cassamá. Este jogador teria, até ao final da partida, mais duas oportunidades flagrantes (36' e 39'), na cara do guarda-redes, para fazer resultado histórico mas falha de ambas as vezes, primeiro de cabeça, após centro de Chipelo e por último, fazendo um chapéu que saiu alto.
A arbitragem do Sr. Ricardo Lourenço, da AF Portalegre, situou-se em bom plano.


1 comentário:

Anónimo disse...

Estamos a falar dos juvenis do Nacional!
Voltamos ás goleadas é?
Grande equipa. Boa entrega grande garra.
Cada ponto vale um Conto.(história)
Dá gosto dar 1€ para ver futebol a um grande nível.
Vamos rapaziada por voçês não fica o clube pobre.
Todas ao próximo jogo no velhinho estádio Mário Duarte.
MAU FEITIO