domingo, 16 de janeiro de 2011

INICIADOS A: Só no resultado houve algum equilíbrio

SC Beira-Mar, 3 - O Crasto-AC Daire, 2
(3-1, ao intervalo)

Apesar do resultado dar a entender que foi um jogo equilibrado, de facto não foi isso que aconteceu, na recepção da equipa do Beira-Mar ao último classificado da série C do campeonato nacional. Tratou-se de um jogo de sentido único e os números do marcador só têm explicação porque nós fomos muito perdulários na finalização e algo permissivos na defesa. Uma equipa que sofre 6 golos em 17 jogos e consente 2, contra o “lanterna vermelha”, jogando em casa, só pode ser considerada um facto anormal.
A nossa entrada no jogo foi muito forte e, com naturalidade, Fábio fez o 1-0, aos 6’, encostando para o fundo das redes uma bola largada pelo guardião de Castro Daire, após cruzamento de Bruno Ribeiro.
Mais golos poderiam ter acontecido a seguir, mas prevaleceu o desperdício, primeiro por Lucas e depois, por duas vezes, através de Bruno Ribeiro, ainda que se tenha de dar algum mérito às defesas do guarda-redes forasteiro. O 2-0, porém, haveria de surgir, aos 17’, no seguimento de um pontapé de canto apontado por Bruno Ribeiro, com Fábio, ao segundo poste, a assistir Tiago Marques, que, de cabeça, encosta para o golo, estreando-se, assim, a marcar com a camisola auri-negra, depois de na semana passada ter feito a sua primeira aparição oficial ao serviço do Beira-Mar.
Com uma vantagem tranquila, cedo no jogo, vieram, depois, uma sequência de acontecimentos que desnortearam a nossa equipa. Primeiro foi Ribeiro a ter de sair do campo para receber assistência demorada. Durante os 5 minutos em que jogou em inferioridade numérica, a equipa do Beira-Mar cedeu o primeiro pontapé de canto, no seguimento do qual o árbitro assinala, mal (Sousa fez um corte limpo), uma grande penalidade. Na marcação do castigo máximo, contudo, escreveu-se direito por linhas tortas, e o “capitão” visitante proporciona a Canha uma excelente defesa para canto. Na marcação do mesmo, um dos “centrais” do Crasto cabeceou ao segundo poste para um colega, que, em cima da linha de golo e em claro fora-de-jogo, fez facilmente o 2-1.
A normalidade regressaria e, já com Ribeiro em campo, “acordámos” , fomos para cima do adversário e com facilidade chegámos ao 3-1, outra vez na sequência de um lance de bola parada. Desta feita o pontapé de canto foi apontado por Filipe Melo e o golo resulta de uma infelicidade de um defensor do Crasto, que introduziu a bola na sua própria baliza.
Na segunda parte não marcámos nenhum golo, porque o desperdício foi maior e porque se destacaria a actuação do guardião visitante, que se cotou como o melhor jogador em campo. Logo a abrir o período complementar negou o golo a Aurélio, que lhe surgiu na cara, registando-se mais 3 valiosas intervenções a remates de Ribeiro (42’, 55’ e 64’), evitando ainda que Sérgio, aos 68’, de cabeça, pudesse ampliar o marcador. Pelo meio, Rui, aos 52’, também poderia ter feito o gosto ao pé, mas rematou contra um adversário e Aurélio, aos 54’, num cruzamento-remate, fez a bola embater no travessão. Em cima da hora, num contra-ataque rápido dos visitantes pela esquerda, a equipa de Castro Daire reduziria para a diferença mínima, sendo o golo marcado na cara do desamparado Canha, por um jogador que recebeu um cruzamento rasteiro, feito a rasgar toda a nossa descompensada defesa.
Até final, ainda sofremos um susto, com um jogador do Crasto a aparecer sobre a esquerda e a fazer um chapéu a Canha, mas a bola passou muito ao lado. Pelo desperdício, não havia necessidade de acabar assim.
Arbitragem muito irregular, em claro prejuízo da equipa do Beira-Mar – penalti inexistente contra os auri-negros , primeiro golo do Crasto obtido irregularmente e mais algumas decisões mal tomadas, é matéria mais do que suficiente para justificar a nossa avaliação ao trabalho realizado pelo Sr. João Miguel Henriques, do quadro de árbitros da AF Coimbra.
Com a partida a ser excepcionalmente realizada no relvado secundário do Estádio Mário Duarte, Alberto Raínho teve à sua disposição:
Canha (gr); Sousa (Bruno Reis, 55’), Ricardo Esteves, Fábio (cap) (Ricardo Pinto, int) e Yusuf; Miguel Campos, Tiago Ramalho (Sérgio, 59’) e Lucas (Rui, int); Bruno Ribeiro, Tiago Marques (Aurélio, int) e Filipe Melo.
Suplentes não utilizados: João Pedro e João Miguel.

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