domingo, 18 de setembro de 2011

JUVENIS A: Triunfo fácil!

SC Beira-Mar, 4 - GD Tourizense, 0
(1-0, ao intervalo)

A equipa de juvenis do SC Beira-Mar regressou às vitórias no campeonato nacional da categoria, aproveitando a recepção ao Tourizense para construir um resultado robusto e somar mais 3 pontos, que a colocam na classificação, pela primeira vez ao cabo de 6 jornadas, fora da zona de descida directa. A vitória da formação de Aguinaldo Melo e Edmundo Ferreira não sofre contestação e foi obtida de uma forma tranquila, frente a um adversário pouco ambicioso, sem muitos argumentos e que raramente criou problemas ao último reduto aveirense.
No relvado principal do estádio Mário Duarte, numa semana fustigada por lesões, os auri-negros apresentaram-se com:
Canha (gr); Diogo H. Carvalho, Ricardo Pinto, Fábio e Filipe Melo; André Silva (cap), Diogo M. Carvalho (Miguel Campos, 69') e Pedro Aparício (Ruben Oliveira, 77'); Henrique, Ricardo Tavares e Renato Morias (Steven, 52').
Suplentes não utilizados: Canha (gr), Sousa e Gui.
A primeira parte foi um jogo de sentido único, o da baliza do Tourizense, que foi uma equipa inofensiva do ponto de vista atacante (fez apenas um remate, sem perigo, à baliza de Hugo, quase do meio campo, e conquistou o primeiro pontapé de canto à beira do intervalo), apresentou-se com as suas linhas muito recuadas e, quase sempre, defendia com 11 jogadores atrás da linha da bola. Com uma disposição destas, só poderia mesmo dar golo para as bandas do Beira-Mar, que fazia um jogo de paciência, depois de ter criado a primeira situação de perigo, aos 5', por Ricardo Tavares, após combinação com Renato, valendo um defesa da formação de Touriz, que aliviou em cima da linha de golo. Mas a verdade é que, apesar de se jogar permanentemente no meio campo forasteiro, a avassaladora posse de bola aveirense não trazia resultados práticos e o nulo ia persistindo no marcador.
O nó só se desatou à passagem dos 24', um golo esquisito, obtido pelo central Fábio, que fez o 1-0 à terceira recarga, introduzindo com muita cerimónia na baliza uma bola perdida após livre na intermediárea de Pedro Aparício.
O cariz do jogo não se alterou após o golo e o Beira-Mar continuava a ser a única equipa à procura de marcar, situação que poderia ter acontecido, aos 27', 32' e 40', após jogadas e cruzamentos da direita de Diogo H. Carvalho. No primeiro lance Renato emenda à boca da baliza para as malhas laterais, no segundo Henrique vê o seu remate, desferido em boa posição, ser desviado por um defesa e, no último, Renato cabeceia ao lado.
O segundo tempo não poderia ter começado melhor para a nossa equipa, que, na jogada de saída, chegou ao 2-0, com Henrique a antecipar-se a toda a defesa contrária e a cabecear com êxito para o golo, dando o melhor seguimento a um excelente cruzamento da direita de Ricardo Tavares.
Embalados por esta vantagem mais confortável, os aveirenses continuavam a mandar no jogo, sendo confrangedora a actuação da equipa do Tourizense, que se limitava a defender atrás da linha da bola. Adivinhavam-se mais golos, tentados por Pedro Aparício, aos 46', num remate à entrada da área, que o guarda-redes defendeu com algum aperto, para Henrique, na recarga, atirar à sua figura e aos 49', por Ricardo Pinto, que atirou por cima, em posição privilegiada, uma bola que sobrou na área da marcação de um pontapé de canto. O 3-0 surgiu naturalmente, aos 52', com Diogo H. Carvalho a coroar a sua boa exibição com um golo obtido à boca da baliza, após passe de Ricardo Tavares, que recolheu na direita uma bola que sobrou da marcação de um pontapé de canto do lado contrário.
O vencedor estava encontrado, mas, com tanto tempo ainda para jogar, não se esperava que a produção do Beira-Mar tivesse caído a pique, não tendo criado mais nenhuma situação perigosa até perto do final. O Tourizense passou a ousar mais e esse seu atrevimento rendeu duas situações, aos 74' (falha clamorosa do sector recuado aveirense) e 75' (livre em arco que saiu a roçar os ferros), que poderiam ter originado o tento de honra. Só em período de compensação, e já com o Tourizense reduzido a 10 unidades, se viu mais Beira-Mar, com Ricardo Tavares a fugir pela direita e a oferecer o 4-0 a Henrique, que emendou à boca da baliza a bela assistência (fez 3 neste jogo) do seu colega, que mostra a quem quer ver que é tão importante marcar golos como dá-los a marcar a quem está em melhor posição, ou não fosse o futebol um desporto colectivo. O nosso aplauso para ele!
Num jogo tão desequilibrado, esperava-se uma melhor arbitragem do Sr João Pereira, juiz da AF Porto, que errou tanto no aspecto técnico (grande penalidade não assinalada sobre Ricardo Tavares) como no aspecto disciplinar (a amostragem dos cartões não pode ser salomónica, nem estar dependente de quem tem, ou não tem, amarelos).

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