domingo, 30 de outubro de 2011

INICIADOS A: Castigo para a ineficácia auri-negra

SC Beira-Mar, 0 - AD Taboeira, 1
(0-1, ao intervalo)

À semelhança do que já havia sucedido no campeonato distrital, também hoje, em jogo da 10ª jornada do campeonato nacional de iniciados, a equipa auri-negra viu-se surpreendida no seu reduto pela AD Taboeira, que lhe impôs nova derrota tangencial, igualmente por 0-1. Com este desaire caseiro, a formação de João Amaral (que hoje orientou o jogo da bancada) viu-se apeada da liderança da série C pelo seu adversário de hoje, caindo para um 2º lugar que, ainda assim, garante a qualificação para a 2ª fase da prova, objectivo primeiro dos auri-negros.
A primeira parte do jogo foi algo desinteressante, com ambas as formações a acusarem a responsabilidade do encontro, acabando o Taboeira por ser mais feliz, já que chegou ao golo na única oportunidade de que dispôs para o fazer. No segundo tempo o Beira-Mar melhorou, criou flagrantes oportunidades para chegar ao golo, mas acabou por ser castigado pela ineficácia revelada na hora da finalização.
No estádio Mário Duarte, numa bela manhã para a prática do futebol, a equipa do SC Beira-Mar apresentou-se com:
Diogo (gr); Gi (João Gonçalves, 64'), Ramon, Nuno Silva e Ricardo Mango; João Neves (Rafa, 60'), Nuno Regêncio e Rui Ladeiro (André Santos); Manu (Marcos, 35'), Lane e Jorge.
Suplentes não utilizados: João Pedro (gr), Ivan e Miguel.
Os primeiros 35 minutos foram pautados por algum equilíbrio entre as equipas, que não exibiram futebol de grande qualidade e que mostraram a ansiedade própria deste tipo de encontros. O primeiro lance de algum perigo surgiu para os da casa, aos 5', na sequência de um canto curto na esquerda, com Jorge a aparecer ao segundo poste a cabecear por cima. O Taboeira responderia, aos 11', através de um remate de muito longe do seu nº 45, que Diogo segurou.
Nesta toada de equilíbrio, era o Beira-Mar, ainda assim, que colocava mais vezes a bola perto da baliza contrária, como aconteceu aos 19', numa boa combinação de ataque, em que Rui Ladeiro surgiu na área a dominar com o peito, mas a rematar enrolado, com a trajectória cruzada a fazer passar a bola ligeiramente ao lado do poste mais distante. Aos 23', agora em contra-ataque, nova sensação de perigo junto da área do Taboeira, com Manú a trabalhar bem na direita e a dar para o meio, onde a defesa visitante corta na hora exacta para canto, quando Lane se apressava para finalizar.
E sem que tivesse feito grande coisa para o merecer, aos 28', o Taboeira chega à vantagem. O 0-1 surge numa jogada pela direita, de onde é tirado um excelente cruzamento, que passa toda a baliza, aparecendo ao segundo poste Filipe (nº 50), em antecipação ao seu marcador, a cabecear para o decisivo golo.
O Beira-Mar reagiu e, antes do intervalo, aos 31', Manú quase empatava na sequência da marcação de um livre. O resultado ao intervalo era algo injusto, já que nenhuma das equipas tinha feito o suficiente para  merecer qualquer vantagem no marcador.
Com as alterações produzidas ao intervalo, o Beira-mar melhorou na segunda parte, tendo exercido, a espaços, um domínio completo e submetido o Taboeira a uma defesa porfiada. Para além disso, construiu ocasiões de golo que davam para ter invertido o resultado, mas que, pelo menos, deveriam ter garantido o empate.
O desperdício começou praticamente na primeira jogada, com Marcos a cruzar da esquerda para Jorge surgir ao segundo poste a rematar contra as costas de um defesa. O mesmo Jorge, aos 43', aparece isolado, mas hesita (à espera de quê?) e, quando se decide, já só deu para dividir o lance com o guarda-redes. Nesta fase de domínio contínuo do Beira-Mar, o Taboeira, aos 44', desferiu o único remate nesta segunda parte, de muito longe, e só merece registo porque Diogo teve dificuldade em segurar, valendo o alívio de Gi.
O jogo era quase de sentido único nesta fase e, aos 45', uma abertura a régua e esquadro de André, coloca Marcos de frente para a baliza, mas o avançado auri-negro preferiu servir no meio em vez de rematar e o lance acabou por se gorar. Mas a mais flagrante oportunidade até então surgiu, aos 55', num lance em que Lane, isolado, atira contra o guardião contrário, sobrando a bola para Marcos que, perfeitamente enquadrado com a baliza e com esta à sua mercê, rematou muito fraco e a bola é aliviada por um defesa.
Nesta jogada, o guarda-redes do Taboeira e Lane ficaram magoados e o jogo sofreu uma pequena interrupção que, no entanto, serviu para quebrar o ritmo de jogo que o Beira-Mar estava a impor até então. Após o reatamento, o discernimento auri-negro baixou, na medida em que a motivação visitante subia, mas ainda houve tempo para assistir, aos 68', a mais uma perdida inacreditável de Marcos que, isolado por João Gonçalves, completamente à vontade e só com o guarda-redes pela frente, acabou por atirar fraquinho para as suas mãos.
O Taboeira acabou a festejar esta importante vitória, que resultou de um aproveitamento eficaz da única oportunidade de golo criada durante todo o encontro e do desperdício evidenciado pelos auri-negros no momento da verdade, facto do qual, em boa verdade, os visitantes são os menos responsáveis.
A arbitragem do Sr. Marco Pereira, da AF Aveiro, esteve em muito bom nível e as duas formações também mostraram o "fair-play" suficiente para não lhe complicarem o trabalho.

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