domingo, 9 de outubro de 2011

JUNIORES A: Balde de água fria!

SC Beira-Mar, 0 - GD Tourizense, 2
(0-0, ao intervalo)

A equipa principal de juniores do SC Beira-Mar não aproveitou a recepção ao Tourizense para repetir a vitória de há 8 dias frente ao Candal e regressou aos resultados negativos, averbando uma derrota por 2 golos sem resposta. A vitória da equipa de Touriz acaba por ter de se aceitar, já que esteve, no cômputo geral, melhor na partida e só permitiu, no recomeço do encontro após o intervalo, um maior ascendente dos donos do terreno, que, paradoxalmente, viriam a sofrer o golo inaugural no seu melhor período do jogo.
Sob uma boa arbitragem do árbitro viseense, Sr. Luís Ramos, António Luís e Flávio Almeida escolheram para este jogo:
Samuel (gr); Leandro, Manuel Martins (Francisco, 83'), Rui Santos e Diogo (Wilson Rubio, 83'); Mika (cap), Balacó (Manuel Guedes, 67'), Ricardo Castro e Ricardo Figueiredo; Cassamá e Marc.
Suplente não utilizado: Canha (gr).
O Tourizense entrou melhor no jogo e quando, aos 10', Ricardo Figueiredo efectuou o primeiro remate dos aveirenses à baliza, num livre à esquerda, junto ao limite da grande área, já a formação de Touriz tinha visado por 3 vezes as redes de Samuel, sendo que numa delas, logo aos 3', a bola foi mesmo às malhas laterais, num cabeceamento efectuado ao segundo poste após cruzamento da esquerda.
Aos 13', os visitantes voltam a estar muito perto do golo, na sequência de um canto marcado à maneira curta, com a bola a viajar novamente até ao segundo poste, onde os homens de preto se mostraram mais fortes no jogo aéreo, tendo o nº 9 cabeceado a bola rente ao travessão. O Beira-Mar respondeu, no minuto seguinte, num lançamento longo a solicitar Marc, que recepciona em dificuldade já dentro da área, perde muito ângulo de remate, mas dispara mesmo assim às malhas laterais.
Aos 17', ocorreu uma jogada na área do Beira-Mar bem reveladora da postura das duas equipas, tendo os jogadores auri-negros, muito macios, perdido todos os lances divididos, com os ressaltos a serem ganhos pela agressividade dos atletas de Touriz, que acabaram por rematar com muito perigo, rente ao poste.
Talvez na melhor jogada de envolvimento da equipa do Beira-Mar, aos 19', os auri-negros criaram, finalmente, uma grande ocasião para marcar e virar a história do jogo, mas o cruzamento da direita de Balacó, que encontrou Ricardo Figueiredo na cara do guarda-redes, não resulta incrivelmente em golo, tendo o cabeceamento saído sem direcção.
A equipa do Tourizense mantinha-se, contudo, com maior iniciativa de jogo, revelando um meio campo mais pressionante e que não deixava o Beira-Mar construir o seu jogo. Assim, aos 24', ganham um livre no limite da grande área aveirense, que resultou em mais um lance de muito perigo, com o remate a embater na barreira, mas a tomar, caprichosamente, a direcção do guardião Samuel.
A equipa de António Luís viria a equilibrar no último quarto de hora do jogo, período em que os auri-negros procuraram reagir ao marasmo que tinha sido a sua exibição até aí, tendo-se mostrado, neste período, bem mais perigosa. Aos 32', Marc, em jogada de contra-ataque, flecte da esquerda para o meio e dispara forte e bem direccionado, proporcionando vistosa defesa ao guarda-redes que veio dos arredores de Tábua. Aos 39', Leandro, numa mudança de velocidade pela direita, ganha a linha de fundo e cria uma situação de desequilíbrio no último reduto contrário, mas o seu passe para Marc não foi o mais indicado (Ricardo Figueiredo estava em melhor posição) e o lance perdeu-se com um remate para fora.
Neste melhor período dos aveirenses durante a etapa inicial, Samuel não deixou de ser incomodado e, aos 40', nega mesmo o golo ao adversário, opondo-se com eficácia a um remate desferido dentro da sua área. Num contra-ataque do Beira-Mar, ocorrido aos 42', registar-se-ia o último lance de perigo antes do descanso, mais uma vez numa jogada de contra-ataque conduzida por Cassamá, que, depois de servir no meio Figueiredo, que perde tempo de remate, volta a ter a bola à sua mercê, mas o seu disparo, em boa posição, é desviado para canto. Na sequência deste, Mika, de cabeça, poderia ter feito muito melhor do que cabecear por alto, solto que se encontrava.
O nulo ao intervalo era um resultado que se aceitava, pois se o Tourizense se tinha revelado globalmente mais forte nestes 45', em termos de situações de perigo junto das balizas as ocasiões tinham sido repartidas.
A segunda parte trouxe um melhor Beira-Mar, na linha do que já tinha acontecido na parte final da primeira e, aos 48', Balacó poderia ter inaugurado o marcador, na sequência de um cruzamento de Leandro, mas quando tinha tudo para "encher" o pé, o seu remate sai enrolado e o guarda-redes desvia para canto. No minuto seguinte, mais uma soberana ocasião para marcar, num novo cruzamento da direita, desta feita de Ricardo Figueiredo, com a bola a sobrevoar o guarda-redes e a encontrar solto, ao segundo poste, Marc, que rematou às malhas laterais. O jogo estava bem vivo e com sinal mais do Beira-Mar, que viu Cassamá, aos 50', na sequência de um canto na direita, cabecear sem oposição, da zona do penalti, por cima da barra.
O Tourizense foi apanhado de surpresa por esta boa entrada dos donos do terreno, mas ainda assim, aos 51', dispôs de uma oportunidade para marcar, fruto de um ressalto na área, após livre a meio-campo, com Samuel a ter de se aplicar para suster o remate desferido à queima-roupa pelo lateral direito adversário. Mas os auri-negros já justificavam a vantagem, quando, aos 54', Rui Santos domina na área, evita o seu opositor e, bem enquadrado com a baliza, vê o seu remate ir contra um adversário. Este período de domínio avassalador do Beira-Mar regista ainda, aos 56', mais 2 lances de muito perigo, protagonizados por Ricardo Figueiredo, que, no primeiro, se deixa antecipar à boca da baliza após cruzamento de Cassamá e, no segundo, vê o seu remate, desferido já dentro da área, passar por cima da baliza.
E foi contra a chamada corrente do jogo que o Tourizense, aos 62', inaugurou o marcador, com o 0-1 a surgir numa perda de bola bem aproveitada pelo corredor esquerdo da equipa visitante, tendo o cruzamento sobrevoado o guardião Samuel e apanhado, completamente solto, o recém-entrado jogador nº 15, que se limitou a encostar a cabeça para o golo.
A equipa do Beira-Mar caiu com a desvantagem e nunca mais foi capaz de incomodar a sério a baliza contrária, ainda que não tivesse deixado de o tentar. Mas, com a sofreguidão com que o fez, deixou a equipa de Touriz em posição para criar situações de contra-golpe, que aconteceram aos 69' e 73', jogadas em que os visitantes poderiam ter dilatado o marcador. Isso viria a acontecer já em período de compensação, numa fase de completo desespero e em que o desequilíbrio atrás permitiu à equipa de Touriz isolar um seu jogador, que não teve dificuldade em fazer o 0-2 final.
Se a vitória forasteira ainda se pode aceitar, a diferença de 2 golos, no cômputo geral, é imerecida.

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