terça-feira, 8 de novembro de 2011

INFANTIS A "B": "Empatados" pelo vento e... por algo mais

SC Beira-Mar “B”, 1 – GD Gafanha, 1
(0-1, ao intervalo)
O jogo mais aguardado da sexta jornada do campeonato distrital de infantis A, trouxe até ao Campo do Seminário as duas únicas equipas ainda invictas na Série H. Esta tornava-se, assim, uma excelente oportunidade para o Beira-Mar, com uma vitória, se distanciar na liderança da série e encarar a folga da próxima jornada com alguma tranquilidade. O jogo começa às 15h02.
Alinharam neste encontro: Marcelo (1), Brandão (5), Arsénio (6), J. Claro (7), J. Bernardo (9), Gonçalo (10), Kiko (15), Luís Carlos (25), Valinho (76), Rúben (77) e Azevedo (80). Jogaram, de início, na 1ª parte: Marcelo, Brandão, Arsénio, J. Claro, J. Bernardo, Gonçalo e Luís Carlos. Jogaram ainda: Kiko, Rúben e Azevedo
Num jogo onde eram esperadas muitas dificuldades, já que se defrontavam as duas primeiras equipas da tabela classificativa, e onde as expectativas para uma grande partida eram elevadas, no final, acabou por ser mais do que isso, com incidências adversas a beneficiar terceiros.
Os primeiros minutos da 1ª parte foram muito disputados a meio campo, com algumas perdas de bola e consequentes recuperações da mesma pela equipa adversária a acontecerem para ambas as partes. No entanto, e com o jogo algo equilibrado, ainda que com maior pendor para o Beira-Mar, que contabilizava maior posse de bola, aos 15’, numa jogada sobre a direita, a equipa adversária tira um cruzamento e a bola embate no ombro do Brandão. O árbitro que vê o lance de frente para a jogada nada assinala, mas o seu assistente, do lado contrário, que apenas vê as costas dos jogadores, aponta para a marca de grande penalidade. O jogador do Gafanha remata para a direita de Marcelo, que ainda toca na bola, mas esta acaba mesmo por entrar. Estava feito o 0-1 para os forasteiros e o vento começava a não ser o único adversário directo das duas equipas em jogo.
O jogo prosseguia, a partir daqui com maior insegurança do Beira-Mar, que procurava o empate mas ia acusando algum nervosismo, quer pela incidência criada, quer por alguma falta de concentração, que acabou por se revelar impeditiva de chegar rapidamente à igualdade. Aos 24’, foi a vez de os auri-negros reclamarem grande penalidade, num lance em que Azevedo é carregado na área. Desta feita, nem o árbitro mais perto do lance, nem o outro, quiseram ver uma falta que foi evidente. Aos 27’, num livre perigoso que favoreceu o nosso adversário, sobre a esquerda, Marcelo defendeu muito bem, mostrando segurança entre os postes. As equipas iam para intervalo com a vantagem do GD Gafanha, mas com o cronómetro a marcar apenas 28 minutos decorridos na primeira parte. Lamentável a falta de rigor desta equipa de arbitragem, que deu o primeiro tempo como terminado às 15h30. Não sabem, ou esqueceram-se, que o tempo de um jogo não é medido pelo relógio, mas sim pelo cronómetro. Isto já para não falar nas paragens do jogo que não foram compensadas e do facto do apito final ter surgido mo meio de um contra-ataque do Beira-Mar, onde os aur-negros dispunham de uma vantagem numérica de 4x2.
Jogaram de início, na 2ª parte: Valinho, J. Claro, Arsénio, Rúben, J. Bernardo, Kiko e Azevedo. Jogaram ainda: Gonçalo, Brandão e Luís Carlos.
A segunda metade começa, praticamente, como acabou a primeira, envolta em nova jogada polémica onde a equipa do Beira-Mar tem mais uma vez razão de queixa, já que ficou nova grande penalidade por assinalar por mão na bola de um jogador adversário dentro da sua área. Algo incoerente, a equipa de arbitragem, na apreciação dos lances por esta altura.
O jogo continuava a ter maior pendor ofensivo do Beira-Mar e iam-se sucedendo lances de alguma impetuosidade entre os jogadores, que provocaram 3 paragens no jogo, com uma interrupção acumulada de cerca de 4 minutos, que se esperavam ver compensados no final do tempo regulamentar. Aos 48’, o Beira-Mar conquista um canto, muito bem apontado por Gonçalo para a zona do segundo poste, onde Arsénio, imperial, salta mais alto do que todos e, de cabeça, restabelece a igualdade e coloca o marcador no 1-1 final.
Alguma justiça estava reposta, mas não totalmente, fruto das adversidades que estiveram à vista de todos. O jogo termina, novamente, sem que o tempo regulamentar de jogo tivesse sido cumprido e sem que, logicamente, qualquer compensação tivesse sido dada.
Este foi um jogo em que, na parte do que se pôde jogar, teve o Beira-Mar sempre por cima, frente a um adversário que chegou ao golo sem que nada tivesse feito para o conquistar e que privilegiou o futebol defensivo, de retranca, empobrecendo o espectáculo, que deveria ser procurado por todas as equipas dos escalões de formação. Ficou ainda marcado por decisões de terceiros que prejudicaram claramente a equipa do Beira-Mar. Tudo isso, no entanto, pertence já ao passado, tudo foi ultrapassado pela união, pela raça e pelo querer do nosso grupo.
Nota negativa também para a falange de “apoiantes” da equipa adversária, que não souberam respeitar o “Grito” final do Beira-Mar. Não é assim que se incutem valores aos mais novos.
Parabéns aos nossos atletas e àqueles que nos apoiam sempre do início ao fim, é com estas adversidades que mostraremos porque somos melhores e porque somos o Beira-Mar!

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