sábado, 19 de novembro de 2011

JUNIORES A: Foram 5 e... vão 5!

SC Beira-Mar, 5 - Lusitânia FC (Lourosa), 0
(1-0, ao intervalo)

No jogo que opunha os dois representantes do distrito de Aveiro no campeonato nacional de juniores da 2ª divisão, o Beira-Mar "esmagou", na tarde de sábado, o Lusitânia de Lourosa por 5 golos sem resposta, conseguindo, com esta goleada, aumentar para 5 jogos consecutivos a série de resultados sem perder (4 vitórias e 1 empate). A formação de António Luís termina, deste modo, a primeira volta da prova com os mesmos pontos do 3º classificado da série B e entra na luta directa pela qualificação para a fase de subida, onde os 2 primeiros posicionados (Penafiel e Académica) parecem já ter lugar garantido.
Num relvado sem água, mas bastante exigente, e sob uma excelente arbitragem da "internacional" aveirense Sandra Bastos, a equipa auri-negra (que por sinal equipou de branco) apresentou-se com:
Samuel (gr); Xavi, Manuel Martins (Miguel, 79'), Mika (cap) e Rui Santos (Ricardo Figueiredo, 54'); Balacó, Bruno João, Ricardo Castro e Pité; Manuel Guedes (Cassamá, 56') e Marc.
Suplente não utilizado: Cirineu (gr).
O primeiro quarto de hora do Beira-Mar foi muito bom, com os aveirenses a dizerem ao que vinham e a procurarem resolver bem cedo a partida. Marc esteve em evidência nesta fase inicial e muito perto do golo em 2 lances ocorridos aos minutos 1 e 5. No primeiro, o seu remate espontâneo, desferido de fora da área, vai às malhas laterais, com o guardião do Lourosa a ficar "pregado" ao chão; no segundo, o remate, também fortíssimo, executado em posição frontal, já dentro da área, após canto na direita, sai à figura do nº 1 forasteiro. Foi como corolário desta entrada categórica dos comandados de António Luís que, aos 9', o Beira-Mar chega à vantagem que já se justificava. O lance do 1-0 começa numa boa combinação na esquerda entre Ricardo Castro e Marc, com este último a executar um cruzamento tenso para a área, onde surge de rompante Pité a antecipar-se a todos os adversários e a fazer, de cabeça, um bonito golo.
Esta vantagem poderia ter sido aumentada pouco depois, aos 12', com Marc a perdoar o segundo golo à boca da baliza, cabeceando à vontade mas para as mãos do guardião contrário, após um bom cruzamento da direita de Manuel Guedes.
Passados os primeiros 15 minutos, o Lourosa esboçou uma reacção, mas que se traduziu apenas nalgumas bolas colocadas na área aveirense na sequência de cantos ou livres. Os beiramarenses iam controlando bem a situação, mas já não causavam tanta mossa no sector adversário mais recuado. Aos 30', Marc é carregado com dureza pelo nº 8 do Lourosa, quando fugia com muito perigo pelo corredor esquerdo e a juíza da partida não pode fazer outra coisa senão mostrar-lhe o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho. Curiosamente, a partir deste lance, o jogo entrou numa toada morna, com um Beira-Mar adormecido e não tirando proveito imediato da vantagem numérica. Até ao intervalo, o lance de excepção ocorreu aos 40', numa grande oportunidade de golo desperdiçada por Pité, que desta vez cabeceou sem direcção uma bola cruzada pelo inevitável Marc, agora na direita.
A segunda parte só deu Beira-Mar, com os auri-negros a partirem para uns segundos 45 minutos de grande nível, cilindrando por completo o seu adversário, que só não saiu vergado a um resultado ainda mais desnivelado porque os aveirenses tardaram a acertar com a baliza e desperdiçaram um ror de excelentes oportunidades.
Logo aos 49', Manuel Guedes sai da direita para dentro e remata de pé esquerdo, mas a bola roça o travessão e adia para mais tarde o momento do luso-venezuelano comemorar o golo que tanto merece. O 2-0 não tardaria e Pité, aos 55', "penteia" a bola centrada primorosamente por Ricardo Castro e coloca-a no fundo da baliza, obtendo mais um belo e festejado golo. Se isto não é magia, onde é que está a magia?
Mais tranquilos e mais frescos fisicamente, os aveirenses intensificaram a pressão e entraram numa fase de construção de grande número de oportunidades de golo, infelizmente desperdiçadas. Este festival de desperdício teve uma sequência absolutamente incrível, com situações de golo a serem falhadas praticamente a cada minuto do jogo. Cassamá (61' e 63' e 67'), Marc (61'), Xavi (64') e Ricardo Figueiredo (67') tiveram a possibilidade de aumentar a contagem, mas a bola, caprichosamente, não entrava. Contudo, o terceiro golo adivinhava-se, tal era a diferença de andamento evidenciada pelas duas equipas e a qualidade do futebol praticado. Com o Beira-Mar a dominar em toda a linha, aos 72', Cassamá perde a mais incrível das oportunidades, quando correu sozinho para a baliza e, com tempo para tudo, não conseguiu desfeitear o guardião contrário, repetindo a "façanha" no minuto seguinte, ao falhar o remate junto à pequena área, após cruzamento de Bruno, agora a jogar a lateral esquerdo.
Teve que ser com um "tiro" de fora da área, executado por Ricardo Figueiredo, que tinha entrado muito bem no jogo, que o Beira-Mar quebraria o "enguiço" e chegaria, finalmente, ao já esperado e mais do que merecido 3-0.
Pité, aos 78', falharia ainda o "hat-trick" à boca da baliza, após passe da direita de Marc, antes deste, aos 81', facturar o 4-0, culminando uma jogada de antologia de futebol colectivo e mostrando toda a frieza necessária para trabalhar a bola na zona do golo, rodeado por adversários. O jogo não poderia ter terminado de melhor forma, com Ricardo Figueiredo a bisar já no derradeiro momento do período de compensação, ao arrancar um estupendo pontapé do meio da rua, cheio de força e colocação, que não deu qualquer hipótese de defesa ao guarda-redes do Lourosa, impotente para evitar o justíssimo 5-0. Golão!
E agora, que venha o Padroense...

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