domingo, 27 de novembro de 2011

JUVENIS A: Auto-golo abriu o caminho da vitória

SC Beira-Mar, 3 - NDS Guarda, 0
(0-0, ao intervalo)

Num jogo em que o resultado não deixa transparecer as dificuldades sentidas, a equipa de juvenis do SC Beira-Mar somou mais uma importante vitória no campeonato nacional e consolidou a sua posição numa zona da tabela onde pode começar agora a olhar mais para quem segue à frente do que para quem vem atrás. O visitante do estádio Mário Duarte era o Núcleo da Guarda, que, apesar de derrotado por 3-0, vendeu cara a derrota, tendo as portas do triunfo aveirense sido abertas apenas através de um auto-golo, já no decorrer da 2ª parte. A confirmação dos 3 pontos para os auri-negros aconteceria já no decorrer do período de compensação, com a obtenção de mais 2 golos de rajada. O resultado acaba por se mostrar melhor do que a exibição, ainda que não se possa colocar em causa a justiça da vitória dos comandados de Aguinaldo Melo.
O técnico aveirense apresentou a seguinte equipa:
Hugo (gr); Diogo H. Carvalho, Ricardo Pinto, João Rafael e Filipe Melo; Miguel Campos, André Silva (Rúben Marques, 30') e Pedro Aparício; Junior (Bruno Filipe, 60') Ricardo Tavares e Henrique (Steven, 75').
Suplentes não utilizados: Canha (gr), Tiago Ramalho, Rúben Oliveira e Fábio.
O Beira-Mar foi a equipa que melhor entrou na partida, mas pertenceria ao Núcleo o primeiro grande momento do jogo, numa transição rápida que terminou num disparo forte, de fora da área, do seu nº 9, que fez a bola bater com estrondo na barra, com o guardião Hugo completamente batido. Foi um aviso sério para os aveirenses, que o melhor que conseguiram, como resposta, foram dois remates desferidos por Pedro Aparício e Ricardo Tavares, aos 12' e 14', respectivamente, ambos da zona da meia-lua, com o primeiro a rasar o travessão e o segundo a ser desviado por um defesa.
O maior domínio era do Beira-Mar, que tomava, como lhe competia, a iniciativa do jogo, mas o seu futebol, também pouco fluido, esbarrava quase sempre na bem organizada defensiva egitaniense, que mostrava argumentos para, no contra-golpe, incomodar a guarda da baliza dos donos do terreno. Isso mesmo aconteceu, aos 24', num contra-ataque pela esquerda, com um cruzamento a solicitar a entrada de cabeça de um avançado do Núcleo, que proporcionou uma excelente defesa a Hugo, que desviou para o poste. O lance acabaria anulado por posição irregular do jogador que cabeceou em posição frontal, tendo ficado, contudo, mais um alerta para os auri-negros.
Até ao intervalo, registo apenas para um lance de Henrique pelo corredor direito, aos 35', com o atleta aveirense a evitar o seu marcador directo e a decidir-se pelo remate, feito de ângulo já um pouco fechado. O lance perdeu-se, mas os 2 colegas que se encontravam em zona de finalização mais fácil poderiam ter sido melhor opção. O nulo verificado no momento da recolha aos balneários era um resultado perfeitamente adequado àquilo que tinha sido a produção das duas equipas.
O início do segundo tempo continuou a mostrar-nos um Núcleo muito bem organizado e a jogar, a espaços, mais como equipa do que os aveirenses, que começavam a procurar em jogadas individuais aquilo que o colectivo não conseguia resolver. Pedro Aparício era a excepção, e quando a bola chegava aos seus pés o andamento era logo completamente diferente. Aos 50', o pequeno "maestro" aveirense, que envergava a braçadeira de "capitão" desde a saída, por lesão, de André Silva, ainda na etapa inicial, descobriu Ricardo Tavares a penetrar na área e colocou-lhe a bola nos pés. O máximo goleador aveirense ficou na cara do guardião da Guarda e dispôs da melhor ocasião para a sua equipa, negada com uma excelente defesa para canto.
O tempo ia passando e não se afigurava nada fácil para os auri-negros chegarem à vantagem. Foi, pois, providencial a forma como a equipa de Aguinaldo Melo, aos 55', chegou ao golo, numa infelicidade de um jogador do Núcleo que tocou para a sua própria baliza uma bola colocada na zona do 2º poste por Rúben Marques, na marcação de um pontapé de canto na esquerda.
Com mais espaços concedidos a partir do 1-0 pela equipa adversária, o Beira-Mar viria a melhorar bastante a sua produção e a justificar, então sim, a vitória conseguida. Aos 62', após uma boa combinação de ataque, Pedro Aparício dispara à entrada da área, com muito perigo, e faz a bola passar muito perto do poste esquerdo. Pouco depois, aos 64', Henrique ganha na raça e, com o adversário à ilharga, entra na área e dispara a rasar o poste, tendo até dado a sensação de golo.
O segundo golo já se justificava, mas a vantagem tangencial ia-se mantendo e com ela o perigo de, num lance acidental (o Núcleo não criou tanto perigo neste segundo tempo), o adversário poder chegar ao empate. A incerteza manter-se-ia até ao fim, pois foi apenas em período de compensação (40+1' e 40+2') que um "bis" de Ricardo Tavares confirmou o triunfo e tranquilizou os espíritos dos apaniguados aveirenses. O segundo golo foi uma obra de arte, com Pedro Aparício, de "régua e esquadro", a isolar o artilheiro auri-negro, que colocou a bola no fundo das redes com um remate indefensável. O 3-0 resultaria de um lance de insistência em que o nosso jogador revelou todo o seu instinto de "matador" não desistindo nunca do lance e evidenciando um apurado engodo pela baliza.
A arbitragem do Sr. António Carlos Silva, da AF Viseu, situou-se em bom plano.

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