segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

JUVENIS B: Novo desaire caseiro

SC Beira-Mar, 0 - Lusitânia FC (Lourosa), 1
(0-0, ao intervalo)

À semelhança do jogo de há 15 dias contra a Oliveirense, a equipa de juvenis do SC Beira-Mar que disputa o campeonato distrital da 2ª divisão voltou a não ser feliz no relvado secundário do estádio Mário Duarte e averbou nota derrota, desta feita contra o Lusitânia de Lourosa, equipa que se apresentava com o estatuto de líder desta série dos primeiros. Um golo bastou pra conferir aos forasteiros uma vitória que poderia ter pendido para qualquer um dos lados, numa partida não muito bem jogada, mas em que os aveirenses dispuseram de uma grande penalidade que, a ter sido concretizada, os colocaria na frente do marcador.
O técnico Zé Maria Almeida apresentou a seguinte formação:
Canha (gr); Ricardo Esteves (Rui Santana, 75'), Ricardo Pinto, Fábio (cap) e Yusuf; Nuno Abreu, Miguel Campos e Bruno Reis (Tiago Marques, 50'); Balseiro, Steven e Filipe Melo.
Suplente não utilizado: Luís (gr).
A primeira parte do jogo mostrou-nos 2 equipas que se anularam mutuamente ao longo de praticamente os 40 minutos e em que, depois de um início equilibrado o Lusitânia de Lourosa ganhou algum (pouco) ascendente. A bola, essa, só entrava nas áreas em lances de bola parada, tal era a superioridade que as defesas evidenciavam sobre os ataques contrários. Foi assim que, aos 6', ocorreu o primeiro lance de perigo, na sequência de um livre apontado sobre a direita para a marca de grande penalidade, onde surgiram soltos 2 jogadores do Lourosa, acabando o cabeceamento por sair por cima da barra da baliza defendida por Canha.
O Beira-Mar responderia na mesma moeda, aos 20', num cabeceamento de Fábio que rasou o travessão, após livre de Filipe Melo, marcado também no lado direito. A grande ocasião de golo ocorreria para o Lourosa, aos 26', ainda no seguimento de um livre frontal, com a bola a embater com estrondo na barra e a "morder" ainda a linha de golo, num lance em que a sorte bafejou os aveirenses.
O segundo tempo iniciou-se com a mais flagrante oportunidade de golo de todo o jogo. Ainda não se tinha esgotado o primeiro minuto da etapa complementar quando, após a marcação de um canto curto, o árbitro assinala uma grande penalidade, tão evidente quanto desnecessária, a favor do Beira-Mar. Chamado à marcação, o "capitão" Fábio acabou por permitir a defesa ao guardião  do Lourosa e esbanjou flagrante oportunidade para adiantar a sua equipa no marcador. Este foi um lance que marcou o jogo e que poderia ter mudado a sua história, mas esta também é feita de oportunidades perdidas e, aos 47', foram os forasteiros a desperdiçar uma ocasião, com o nº 10 a rematar por alto um passe atrasado da direita, após uma perda de bola que revelou alguma infantilidade do setor recuado auri negro.
Estava-se num período de jogo em que o Beira-Mar ganhava ligeira supremacia quando, aos 57', os visitantes voltam a dispor de uma boa ocasião para marcar, esta bem flagrante, mas o nº 15 do Lourosa, com Canha já no chão e a baliza à mercê, atira ao lado. O Beira-Mar respondia de bola parada e, aos 61', Fábio não aproveita a confusão gerada na área, após mais um livre de Melo, para dar vantagem à sua equipa, mas Canha, aos 67', também nega o golo aos de Lourosa, defendendo com segurança um cabeceamento de um adversário que surgiu solto ao segundo poste, igualmente no seguimento de um livre.
O jogo seria decidido pouco depois da passagem da meia hora e, como dissemos no início, a vitória poderia ter sorrido a qualquer uma das equipas. Isto porque se Steven, aos 71', quando surgiu isolado na cara do guarda-redes, permitiu a defesa deste com os pés, os forasteiros, na jogada seguinte e numa insistência, após marcação de um canto e uma primeira defesa de Canha, colocaram a bola ao segundo poste, onde surgiu solto o marcador a cabecear à vontade para o fundo das redes.
O Beira-Mar ainda tentou ripostar, mas sem muitos argumentos contra uma equipa que apresentava muitos centímetros na zona central da sua defesa, foi incapaz de alterar o marcador. Por um golo se ganha, por um se perde, e está visto que, neste campeonato, a equipa que marcar um golo terá muitas possibilidades de ganhar. Foi o que aconteceu, ganhou quem marcou e, por isso, o resultado terá de se aceitar.

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