sábado, 17 de março de 2012

JUNIORES A: Tanto desperdício!

SC Beira-Mar, 1 - FC Paços Ferreira, 2
(1-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar perdeu esta tarde em casa, frente ao Paços de Ferreira, por 1-2, resultado imerecido pela equipa treinada por António Luís e Flávio Almeida, que, mais uma vez, realizou uma primeira parte de grande categoria, tendo falhado apenas no capítulo da finalização. Apenas na fase inicial da 2ª parte o Beira-Mar não esteve por cima do jogo, tendo feito, ao longo da restante partida, mais do que o suficiente para ter justificado a vitória. Marc e Pité foram os principais perdulários, mas o primeiro pode queixar-se ainda de alguma falta de sorte, quando viu um dos seus muitos remates ser devolvido pelo poste. Do outro lado apresentou-se um adversário muito bem organizado e que fez, ao contrário dos aveirenses, da eficácia a sua principal arma. Contou ainda com Christian, um júnior que é muitas vezes utilizado na equipa principal da Capital do Móvel e que foi decisivo ao apontar o segundo golo, numa altura em que os pacences se encontravam já em inferioridade numérica.
Com esta derrota, as pretensões à subida de divisão levaram um abanão, ao qual a qualidade da nossa equipa não deixará de dar resposta nos próximos jogos.
Os auri-negros apresentaram-se com:
Samuel; André Silva, Manuel Martins (Ricardo Castro, 83'), Mika (cap) e Leandro (Nanu, 64'); Balacó (Ricardo Tavares, 73'), Bruno João, Mathieu e Ricardo Figueiredo; Marc e Pité.
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr), Diogo Carvalho, Cassamá e Rui Santos.
Os jogos entre equipas de nível semelhante decidem-se, a maior parte das vezes, em pequenos detalhes, que podem ir, entre outros, desde a chamada "sorte" do jogo ( a bola que vai ao poste e não entra), em decisões controversas da arbitragem (não foi o caso), ou na inspiração de um ou outro jogador. E à semelhança do jogo da 1ª jornada, com a Académica, este jogo com o Paços Ferreira poderia ter tido um desfecho completamente diferente e os auri-negros poderiam ter celebrado perfeitamente uma vitória. Mas depois de uma boa entrada na partida, os aveirenses viram o Paços de Ferreira adiantar-se no marcador, logo aos 4', na primeira vez que foram à baliza, num lance em que a defesa auri-negra viu o cruzamento largo da esquerda ser finalizado, de rompante, ao segundo poste.
A equipa da casa não se desuniu e continuou a fazer o jogo a que já nos habituou, pautado por uma grande qualidade de circulação de bola. E o empate poderia ter surgido, aos 8', após uma boa jogada e cruzamento da esquerda de Pité, que apanhou Marc solto, ao segundo poste, mas o goleador aveirense falhou o seu remate acrobático. Foi o aviso para o 1-1, que chegaria 2 minutos depois, numa recarga bem colocada de Bruno João, à entrada da área, após uma primeira tentaiva de golo negada a Pité.
Era o Beira-Mar que estava claramente por cima e, aos 17', Marc vê o seu remate ser devolvido pelo poste, depois de um excelente passe de Pité o ter apanhado solto sobre a direita. A boa primeira parte da equipa do Beira-Mar criaria ainda mais duas soberanas ocasiões para se adiantar no marcador, ambas a terem Marc como finalizador e, nas duas jogadas, após lances onde a qualidade da troca de bola é a nota dominante. Aos 26', o remate sai um pouco por cima, após jogada de envolvimento e assistência de cabeça de Mathieu e, aos 30', a finalizar uma estonteante troca de bola, é um defesa pacence que desvia o remate que levava o selo de golo.
O Paços de Ferreira só respondeu, aos 32', com uma oportunidade perdida, muito semelhante ao lance do primeiro golo, com Chiquinho a cruzar da esquerda e o colega a falhar ao segundo poste. Mas, antes do intervalo, o Beira-Mar teria ainda mais dois lances que, a somar aos antecedentes, justificariam outro resultado ao intervalo. Pité, aos 38', chega ligeiramente atrasado a um cruzamento da direita de Marc e, aos 43', invertendo-se os papéis, é Pité que trabalha bem na esquerda e que coloca ao segundo poste no seu colega, que desta feita acerta o remate acrobático mas falha a direção da baliza.
A parte inicial do segundo tempo foi o único período em que o Paços de Ferreira se conseguiu superiorizar à nossa equipa. A entrada foi realmente forte e, em 3 lances sucessivos (46', 47' e 48') o perigo rondou a baliza de Samuel. O guardião aveirense começa por desfazer, com um magnífico golpe de rins, um cruzamento letal da direita, defende um remate de fora da área do perigoso Chiquinho (defesa esquerdo) e vê o central Rui Filipe, na sequência da marcação de um canto, rematar ligeiramente por cima e ao lado.
Não sabemos o que sucederia a seguir, mas a expulsão (justa) do defesa direito pacense (derrubou Marc quando este se isolava), aos 54', inverteu esta tendência do segundo tempo. E o momento do jogo poderia ter acontecido logo a seguir, aos 57', quando, de uma forma inacreditável, Pité falha o segundo golo, cabeceando ao lado, solto ao segundo poste e com o guarda-redes fora da jogada, mais um bom cruzamento de Marc, do lado esquerdo.
E, já se sabe, quem não marca, sofre! Aos 68', num lance em que mostrou toda a sua força, frieza e também alguma técnica, o perigoso Christian ultrapassa Manel e Mika, ladeia Samuel e remata para o 1-2.
Foi um golpe duro para os da casa, que apesar dos esforços nunca mais foram a mesma equipa. O Paços de Ferreira, recuou para defender a vantagem e os aveirenses, pese embora todas as soluções procuradas, raramente conseguiam entrar na bem escalonada organização contrária. A exceção foi um lance, já em período de compensação, em que Pité, de cabeça e com o guarda-redes fora da baliza, rematou a rasar o travessão, já depois de uma primeira tentativa de Nanu que viu o seu remate desviado.
Bom trabalho do Sr. João Miguel Henriques, da AF Coimbra.

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