sábado, 8 de setembro de 2012

JUNIORES A: A justiça no cair do pano

SC Beira-Mar, 2 - A Naval 1º Maio, 1
(1-1, ao intervalo)
                                              
A equipa de juniores do SC Beira-Mar alcançou esta tarde, no estádio Mário Duarte e diante da Naval 1º de Maio, a segunda vitória no campeonato nacional da 2ª divisão, tantas quantas os jogos disputados até ao momento, mantendo-se no topo da classificação, agora apenas com a companhia do recém-promovido e vizinho Anadia. A vitória foi alcançada com muito sofrimento, que só terminou no último minuto de compensação dado pela juíza da partida, quando Marc colocou justiça no marcador e adiantou a sua equipa para uma vitória que só peca por escassa. E se uma parte destas dificuldades sentidas pela formação aurinegra se ficou a dever a algum mérito do adversário, sobretudo nos primeiros 45 minutos, a maior responsabilidade recai sobre erros próprios, nomeadamente o desaproveitamento das situações de golo criadas, em particular na etapa complementar.
A internacional Sandra Bastos, da AF Aveiro, realizou um trabalho aceitável no cômputo geral, mas com algumas decisões que deixaram os responsáveis aurinegros com algumas dúvidas, num jogo em que António Luís fez alinhar:
Samuel (gr), Xavi, Manuel Martins, Michael dos Santos e Nanu; Balacó (cap), Gui Matos, Nazmi (Bernardo Subtil, 79') e Pedro Aparício (Ricardo Tavares, int); Diogo Castor (Marc, int) e Pité.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Gui Ramos, Bruno Filipe e André Rosa.
A partida teve um início equilibrado mas, depois de Pité, aos 5', ter ameaçado com um bom remate de cabeça que passou perto do poste, foi a Naval a adiantar-se no marcador, aos 7', com o 0-1 a resultar de um lance em que a defesa aurinegra foi surpreendida, surgindo o jogador da Naval, em posição duvidosa, na cara de Samuel, para lhe fazer um "chapéu" vitorioso.
Sem jogar muito bem, o Beira-Mar reagiu e poderia ter empatado, aos 10', com Diogo Castor, livre de marcação, a rematar à boca da baliza muito por alto. O mesmo jogador, aos 22', já depois de nova ameaça da Naval (17'), ganhou um ressalto em zona de ataque, mas enjeitou a soberana oportunidade com uma má decisão, rematando fraco, quando Pité tinha tudo para finalizar. E foi já quando se adivinhava o regresso aos balneários com uma vantagem parcial da Naval que o Beira-Mar chegou ao empate, com o 1-1 a ser conseguido através de um remate forte de ressaca de Gui Matos, desferido aos 42' de fora da área e que surpreendeu o guardião figueirense.
Galvanizados com o empate alcançado no final da primeira parte e com as alterações promovidas ao intervalo pelo técnico António Luís, os aveirenses entraram a todo o gás na etapa complementar, podendo ter chegado à vantagem, em 3 ocasiões soberanas criadas nos primeiros 4 minutos. Gui Matos (46'), com um remate desviado que passou rente ao poste e Marc (47' e 49'), primeiro com um trabalho soberbo na esquerda, em que fez tudo bem mas pecou na decisão final, rematando de ângulo muito fechado quando tinha possibilidades de ter assistido no meio Ricardo Tavares ou Pité, e depois com um outro remate da esquerda que rasou o poste mais distante, iniciaram o rol de oportunidades desperdiçadas e que conduziram ao sofrimento com que a vitória foi alcançada.
O domínio era do Beira-Mar e Marc, aos 61', voltou a estar muito perto do golo, com mais um remate perigoso a que o guardião contrário se opôs com alguma dificuldade. A Naval apenas deu sinal de si, aos 69', num contra-ataque que levou algum perigo à baliza de Samuel, mas foi de Xavi, aos 72', a oportunidade flagrante para desfazer a igualdade, falhada escandalosamente ao segundo poste, após cruzamento da esquerda de Nazmi.
O jogo caminhava para o final e a Naval resistia à avalanche atacante dos da casa, facto que os motivava e que lhes permitia ainda pensar, com o passar do tempo, na possibilidade de poder, num lance fugaz, proporcionar um "golpe de teatro".
 E, aos 81', num lance de contra-ataque, valeu ao Beira-Mar a categoria do seu guardião, que evitou o segundo golo da equipa da Figueira da Foz com uma soberba defesa para canto.
Este lance foi um perfeito "oásis" no domínio aurinegro, que, aos 85', criou mais um lance que poderia ter resultado em golo. Marc foi o seu protagonista e decalcou a papel químico o lance desperdiçado aos 47'.
Parecia que a divisão de pontos era um facto consumado mas, num último assomo, decorria o derradeiro minuto dos 3 de compensação, Ricardo Tavares tirou um cruzamento a régua e esquadro para o centro da área, onde surgiu Marc desmarcado a cabecear com êxito para o fundo das redes, tornado infrutífera a estirada do guarda-redes da Figueira da Foz.
Foi o delírio geral nas hostes da casa, que sentiram que, apesar de tardia, a justiça no marcador estava alcançada. É assim que se fazem os campeões!

Sem comentários: