sábado, 19 de janeiro de 2013

JUNIORES A: Entrada de leão, saída de sendeiro

Quando, aos 4 minutos de jogo, o Beira-Mar já vencia o Vigor Mocidade por dois golos sem resposta, pensou-se que a despedida da 1ª fase do campeonato nacional de juniores da 2ª divisão seria feita em beleza e os vencedores incontestados da série C mostrariam sem equívocos em Fala, nos arredores de Coimbra, as razões de irem discutir a fase de subida da referida prova. No entanto, a prestação auri-negra viria a decair ao longo do tempo e os donos do terreno aproveitaram a falta de inspiração e alguma displicência dos aveirenses para imporem mais um empate (2-2), repetindo os números do jogo da 1ª volta. Em síntese, um início prometedor que acabou por não ter seguimento, tendo acabado numa prestação em tudo semelhante ao tempo, ou seja, em tons de cinzento.
Para o derradeiro jogo antes da fase da prova que já todos aguardam (sorteio na próxima 6ª feira), António Luís procedeu a algumas alterações e apresentou no Complexo Desportivo do Vigor da Mocidade os seguintes elementos:
Hugo (gr); João Rui (Nanu, 68'), Gui Ramos, Michael dos Santos e André Rosa; Balacó (cap), Nazmi (Marc, int), Gui Matos (Bruno Filipe, 76') e Pité; Diogo Castor e Ricardo Tavares.
Suplentes não utilizados: Samuel (gr), Gonçalo, Manuel Martins e Henrique.
Num dia marcado pelo mau tempo, a entrada do Beira-Mar foi de autêntico vendaval, colocando-se desde cedo em vantagem com dois golos de rajada, obtidos aos 3' e 4'. Em jogadas em tudo semelhantes, com passes a rasgar na esquerda, Gui Matos, primeiro, e Diogo Castor, depois, aproveitaram bem o espaço para progredir, entrar na área e rematar para o golo, tendo o 0-2 contado ainda com a colaboração de um defesa da casa, que acabou por confirmar a entrada da bola para lá da linha fatal.
Com o vento forte a fazer-se sentir, o Vigor, que aproveitava esse factor favorável no primeiro tempo, reduziria pouco depois, aos 10', um golo de belo efeito obtido com um remate colocado, desferido de fora da área, que não deu qualquer hipótese de defesa a Hugo.
Com o 1-2, o jogo ficou aberto e este início fulgurante prometia mais golos. Aos 20', na sequência de um livre lateral, o perigo rondou a baliza de Hugo, que viu a bola passar toda a zona da baliza sem que ninguém a desviasse. Mas as grandes oportunidades de golo perdidas neste primeiro tempo pertenceriam aos aveirenses, que aos 23' e 26' poderiam ter chegado a uma vantagem mais tranquila e quiçá decisiva para a vitória no jogo. Na sequência de uma bela jogada de envolvimento do ataque auri-negro, talvez a melhor do encontro do ponto de vista colectivo e de futebol ao primeiro toque, Gui Matos falha de baliza aberta, chegando um pouco atrasado e pegando, por isso, mal numa bola assistida da direita por Diogo Castor. De seguida, seria Ricardo Tavares a ficar bem enquadrado com a baliza e a rematar para uma boa estirada do guardião da casa, que defendeu em esforço, sobrando a bola para Diogo Castor que, com a baliza vazia, recargou ao lado. A estes lances respondeu a equipa da casa com um remate, aos 28', que o vento ajudou a levar muito perigo à baliza aveirense, com Hugo a desviar oportunamente para a barra.
Seguiu-se um período de maior assédio do Vigor, com o Beira-Mar a começar a denotar, no último quarto de hora, alguma dificuldade para sair a jogar e levar o perigo à baliza contrária. Ainda assim, voltou a pertencer ao Beira-Mar a derradeira e flagrante oportunidade de golo antes do descanso, depois de Ricardo Tavares ter isolado Diogo Castor e este, na cara do guarda-redes, ter permitido o desvio para canto.
No segundo tempo, e após um golo anulado à nossa equipa logo no minuto inaugural, o Beira-Mar continuou a não se encontrar e, desse modo, permitia ao Vigor acreditar na possibilidade de voltar a roubar pontos ao líder da prova. E isso haveria por se confirmar quando, aos 64', na sequência de um livre frontal e após uma boa jogada pela direita com passe atrasado, a equipa da casa chega ao 2-2.
Com um futebol desgarrado e com as individualidades a tentarem resolver o que o colectivo não conseguia, o Beira-Mar ainda tentou chegar à vitória, mas este não era o dia dos jovens auri-negros. O goleador Marc, num lance de combinação com Castor, aos 70', faz tudo bem, fica na cara do guardião do Vigor, mas permite-lhe a defesa. Até final, nota apenas para uma outra possibilidade de golo, com Gui Ramos, aos 78', na sequência de um pontapé de canto, a falhar o desvio de baliza aberta.
A arbitragem do juiz conimbricense, Sr. Edgar Correia, revelou alguma dualidade de critérios, tendendo sempre para a equipa da casa, mas não foi por esse motivo que os beiramarenses deixaram fugir 2 pontos nos arredores de Coimbra.

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