domingo, 22 de dezembro de 2013

JUNIORES A: O crime (às vezes) não compensa

SC Beira-Mar, 1 - GD Chaves, 1
(0-1, ao intervalo)

Numa partida não muito bem jogada, com poucas situações de finalização e ainda menos oportunidades de golo, a equipa de juniores do SC Beira-Mar empatou a um golo na recepção ao GD Chaves, actual quarto classificado da Zona Norte do campeonato nacional da 1ª divisão. Os flavienses, que estiveram em vantagem desde os 19' da primeira parte, viram os auri-negros chegar à igualdade já em período de compensação, através da transformação de uma grande penalidade que conferiu justiça mínima ao marcador, ao mesmo tempo que foi um castigo insuficiente para uma formação transmontana que recorreu ao mais despudorado antijogo durante praticamente todo o segundo tempo.
Numa tarde solarenga do primeiro dia deste Inverno, o técnico António Luís apresentou no estádio Mário Duarte a seguinte formação:
Hugo (gr); Bruno Reis (Lane, 55'), Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil (Bruno Lopes, 71') e André Silva; Bento Cortesão, Pedro Aparício e Diogo Castor.
Suplentes não utilizados: Diogo Nogueira (gr), Gui Ramos, Ricardo Pinto e Balseiro.
A primeira parte foi mais ou menos o espelho de quase todo o jogo, partida equilibrada, as equipas a equivalerem-se, mas a chegarem poucas vezes com perigo às áreas adversárias. E o resumo foi de uma oportunidade apenas para cada lado, com a diferença da situação auri-negra ter levado a bola ao poste (Diogo Castor, aos 6'), em oposição à eficácia flaviense, que chegou ao 0-1 (Baba Basse, 19'), na única oportunidade para marcar que os transmontanos tiveram ao longo de toda a partida.
O segundo tempo começou por dar continuidade a este jogo pouco interessante, do ponto de vista do espectáculo, a que se estava a assistir, com a agravante da formação de Chaves ter regressado ao terreno de jogo apenas com o intuito de segurar a vantagem, recorrendo a todos os mais baixos expedientes para fazer passar o tempo, o que aumentava ainda mais a monotonia.
Mas, no último quarto-de-hora, fruto também das alterações introduzidas pela equipa técnica do Beira-Mar, os auri-negros ganharam um ascendente claro e passaram a ameaçar mais de perto a baliza contrária. Lane (um juvenil que fez a sua estreia neste escalão), aos 75', deu o primeiro aviso, rematando em posição frontal, da zona da meia-lua, com a bola a sofrer um desvio e a passar muito perto do poste direito. Pedro Aparício, aos 82', também após uma transição rápida, imitou o colega, e rematou à entrada da área, com a bola a passar ligeiramente ao lado. Neste lance, em que o árbitro deu a lei da vantagem, Baba Basse, o autor do golo do Chaves, viu o segundo amarelo por uma falta que deixou Diogo Castor por terra, passando o nosso adversário a jogar os últimos minutos em inferioridade numérica.
A cada minuto que passava aumentava o antijogo contrário e a pressão do Beira-Mar, tendo Diogo Castor desperdiçado a mais flagrante oportunidade de todo o encontro, quando, aos 85', surgiu solto ao segundo poste e finalizou para fora um cruzamento da direita de André Silva.
É altura de falar do árbitro, Sr. Pedro Maia, da AF Porto, que fez tudo o que pôde, o que é raro ver-se nos nossos campos de futebol, para combater o antijogo flaviense. Começou por dar uns mais do que justificados 6 minutos de compensação e, quando estavam esgotados 2, deu ordem de expulsão, por acumulação de amarelos a castigar as sucessivas e gritantes perdas de tempo, ao defesa-direito do Chaves. Foi já a jogar contra 9 unidades que o Beira-Mar chegou ao empate, a um minuto do final da compensação, com Pedro Aparício a não vacilar da marca de grande penalidade, bem assinalada, e a minimizar a injustiça que o placard registava.
Não satisfeitos, após o empate, os flavienses viram ainda mais um jogador ser expulso por protestos, situação que se repetiria com um quarto flaviense, que viu a cartolina vermelha já após o final do jogo. Corajoso neste capítulo, o árbitro portuense, que, tendo estado igualmente bem no capítulo técnico, não pactuou com estes usuais mas condenáveis artifícios que apoucam o futebol, contribuindo para que uma equipa que luta pelos lugares cimeiros recebesse um castigo mais do que justo e que deveria servir-lhes de lição para o futuro. O futebol é para ser jogado com lisura, respeitando-se todos os intervenientes: adversários, árbitros e assistência. FAIR-PLAY, RESPECT, já ouviram falar?

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