segunda-feira, 31 de março de 2014

JUNIORES A: Paços fortes para auri-negros macios

SC Beira-Mar, 2 - FC Paços Ferreira, 5
(1-2, ao intervalo)

O FC Paços de Ferreira mostrou-se um adversário demasiado forte para o momento actual que o Beira-Mar atravessa e levou de vencida a formação sub-19 auri-negra por concludentes 2-5, resultado que é, todavia, castigo demasiado severo para aquilo que, apesar de tudo, a formação aveirense produziu na partida disputada na tarde chuvosa deste domingo. Sem estar em causa a justiça do vencedor, os números acabam por ser demasiado severos e enganadores para um jogo em que os auri-negros só bastante tarde deixaram de lutar pelo resultado.
O Estádio Mário Duarte acolheu a partida da jornada inaugural da 2ª volta da 2ª fase do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão, onde o Beira-Mar se apresentou com:
Hugo (gr); Bruno Reis (André Santos, 73'), Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho e João Neves; Bento Cortesão (Bruno Filipe, 80'), Diogo Castor (cap) e Lucas (Pedro Aparício, int); Lane.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e Bernardo Subtil.
Com uma boa entrada de ambas as equipas, que repartiram o jogo na parte inicial, o desequilíbrio só seria desfeito aos 11', momento em que, na sequência da marcação de um canto na direita, o Paços de Ferreira chegou ao 0-1 e se adiantou no marcador de uma forma ainda não justificada.
Os auri-negros acusaram o golpe e o Paços de Ferreira poderia ter facturado de novo aos 15' e 17', com Hugo a fazer uma magnífica intervenção neste último lance. O guardião aveirense voltaria a estar em evidência aos 23', com mais uma difícil defesa num lance em que quase era traído por um desvio num colega. Era um período do jogo em que o Paços de Ferreira se mostrava muito mais perigoso, resultado de um futebol envolvente em que a dinâmica apresentada pelos pacenses não conseguia ser travada por um Beira-Mar muito macio e algo descrente.
Não admirou, pois, que, aos 28', a formação da "Capital do Móvel" voltasse a marcar, resultando o 0-2 novamente de uma situação de bola parada, com o nº 11 a converter, de forma superior, um livre directo à entrada da área.
Os aveirenses, finalmente, reagiram a esta desvantagem e, aos 30', faltou sorte à nossa equipa para ter chegado ao golo. No mesmo lance, primeiro foi Filipe Melo, com um soberbo remate, rasteiro, de fora da área, a levar a bola ao poste, para, na recarga, Diogo Castor atirar rente ao ferro do lado contrário. Foi o prenúncio para o 1-2 que chegaria pouco depois, aos 35', por Tiago Ramalho, que finalizou no coração da área, em posição frontal, uma jogada iniciada pela direita.
O jogo estava relançado e os auri-negros voltaram a entrar muito bem no segundo tempo, tendo Diogo Castor, logo aos 50', colocado Bruno Reis na cara do guardião pacense, mas o lateral-direito aveirense rematou à figura do seu adversário e perdeu uma enorme oportunidade para restabelecer a igualdade.
O castigo chegou 3 minutos depois, com a eficácia pacense e a categoria do seu atleta Osea a fazer o 1-3 numa jogada de puro contra-ataque. Este golo abalou novamente a crença dos auri-negros, que viram o seu adversário fazer o 1-4 quase de rajada, aos 56', numa iniciativa individual do jogador nº 9, que mostrou bons pormenores de natureza técnica.
Parecia que o vencedor estava encontrado, mas uma réstia de esperança ainda surgiu aos 57', quando Lane é derrubado no momento em que já se encontrava na cara do guarda-redes para finalizar. Desse lance resultou a expulsão do infractor pacense e o 2-4 por Diogo Castor, que converteu exemplarmente o castigo máximo.
A partir desse momento a nossa equipa voltou a acreditar e o jogo poderia ter sido de novo relançado se Filipe Melo, aos 75', quando ficou na cara do guarda-redes, tivesse convertido em golo esta flagrante oportunidade. Não o fez e foi o Paços de Ferreira, em mais uma mortífera jogada de contra-ataque pela direita conduzida novamente pelo endiabrado Osea (nº 3), que "matou" o jogo através de uma finalização fácil do entrado nº 17, que fixou o resultado final em 2-5.
Com esta derrota, a formação comandada por António Luís quase que se despede do escalão maior para a próxima época, restando, nos 6 jogos que faltam, apesar dos 10 pontos de atraso para a "linha de água", continuar a jogar como equipa capaz de lutar sempre pela vitória, pois só deste modo se dignifica o emblema que ostentam nas camisolas.
A arbitragem do Sr. Edgar Correia, árbitro da AF Coimbra, não poderá ser acusada da derrota verificada, mas complicou um jogo que tinha tudo para ser fácil, muito por culpa do protagonismo que quis assumir o seu auxiliar do lado da bancada poente.

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