CD Estarreja, 1 - SC Beira-Mar, 1(0-0, ao intervalo)
Disputou-se hoje de manhã, no campo Dr Tavares Silva, em Estarreja, aquele que foi o último dos 330 jogos que as 11 equipas da Academia de Futebol do SC Beira-Mar disputaram, oficialmente, ao longo da temporada 2008/2009. Coube à equipa B de iniciados encerrar a época e, se não o fez com uma vitória, fê-lo com uma demonstração de aplicação, de raça, de luta, de atitude de campeões! Honraram o nome e o emblema que ostentam nas camisolas.
Defrontaram-se duas equipas que, à partida, tinham já as suas posições definidas em termos classificativos, qualquer que fosse o resultado deste encontro, mas que nem por isso deixaram de lutar pelos três pontos ao longo dos 70'. O resultado acaba por ter de se aceitar embora os auri-negros tivessem (quase) tido o pássaro na mão...
O SC Beira-Mar apresentou:
André (GR); Zazu (Diogo Carvalho, intervalo), Rui Almeida, João Rafael e Filipe (cap); Gui, Balacó (Tiaguinho, intervalo), Renato e Pedro Aparício (Didi, 66'); Henrique (Timóteo, 66') e Vítor (Bruno, intervalo).
Suplentes não utilizados: Hugo (GR) e Rafa.
O jogo contava para o campeonato distrital de iniciados, mas as equipas em confronto pareciam ser de escalões diferentes. De um lado, o conjunto do Estarreja, muito mais forte fisicamente (apresentou 10 elementos de 2º ano no onze inicial), do outro, um SC Beira-Mar que hoje apresentou uma equipa praticamente um ano mais nova (9 elementos de 1º ano no onze inicial). Não era bem David contra Golias, mas quase...
Para que o resultado final apresentasse o equilíbrio que o marcador espelha, à superioridade física do adversário (a força de Golias), o Beira-Mar teria que contrapor com outro tipo de argumentos (a inteligência de David). Quando tínhamos a posse de bola, impunha-se a melhor técnica dos nossos jogadores, que permitia um futebol mais apoiado, de trocas de bola, fazendo correr o adversário. Quando a perdíamos, valia-nos o arreganho, a aplicação, a raça, a luta que os nossos jovens atletas punham em cada lance, encurtando espaços e não deixando o adversário "pôr o pé em ramo verde". Foi este o quadro que caracterizou toda a partida.
A 1ª parte foi um período de muito equilíbrio, a espaços com ligeiro domínio territorial do CD Estarreja, mas sempre com o SC Beira-Mar a responder. O jogo esteve, a maior parte do tempo, longe das balizas e os lances de maior perigo resultaram, para ambas as equipas, de remates ensaiados de fora da área. Pelo lado dos auri-negros, Zazu (7') e Balacó (20') tentaram a sua sorte, mas sem sucesso. Foram imitados, do lado do Estarreja, por remates aos 9', 14' e 17', sendo que os dois últimos esbarraram na barra da baliza defendida por André. Em termos de oportunidades de golo, resultantes de remates já dentro da área, um único lance digno deste registo. Foi aos 29', quando Henrique, lançado em corrida por Vítor, remata de pé esquerdo, mas a oposição de um defesa não permitiu que o remate forte atingisse o alvo.
Na 2ª parte a toada não se alterou significativamente, mas o CD Estarreja, logo aos 3', numa escapadela de Ivan (que, pelos estragos e marcas que deixou em alguns atletas beiramarenses, também faz jus ao cognome de "Terrível", como o 1º czar da Rússia antiga) pela esquerda, podia ter aberto o marcador. André vê a bola passar rente ao poste mais distante.
Aos 6', o SC Beira-Mar também esteve quase à beira de marcar, ainda que com a ajuda do capitão estarrejense Miguel, que quase fazia auto-golo, quando, pressionado pelos nossos homens mais avançados, tentou atrasar a bola ao seu guarda-redes Diogo.
Depois, vieram os golos. Primeiro para o Beira-Mar, aos 22'. Filipe executa um lançamento de linha lateral, na esquerda, põe a bola a saltar à medida do pé esquerdo de Renato, que rematou forte com o "peito" do pé, desde o bico da grande área, tendo a bola sobrevoado o guarda-redes contrário e entrado na baliza, batendo nas malhas laterais junto ao poste mais distante. Grande golo e 0-1 para o Beira-Mar. Depois veio o empate, para o Estarreja, quando já se começava a acreditar ser possível regressar a Aveiro com os três pontos no bornal. Foi aos 30', num lance de insistência do ataque do Estarreja. André ainda se opõe a um primeiro remate, da esquerda, de um jogador que tinha ganho em corrida à nossa defesa, mas na recarga, à entrada da área, Ivan (o tal "terrível") atira para o 1-1.
Até final, registo apenas para a saída forçada do nosso guarda-redes André, que se lesionou em "choque" com... Ivan, claro. Para os últimos 5 minutos de jogo, Rui Almeida (estavam esgotadas as substituições) foi ocupar o lugar do seu infortunado colega e toda a equipa se uniu em torno desta contrariedade e garantiu que as nossas redes não mais estivessem em perigo.
A arbitragem não teve influência no resultado mas apresentou um critério demasiado largo no capítulo disciplinar, tendo alguns dos nossos atletas sido vítimas dessa opção (?). O nosso massagista teve o jogo mais trabalhoso de toda a época!
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