sábado, 12 de setembro de 2009

Vitória sofrida (mas merecida) dos juniores na abertura do campeonato nacional da 2ª divisão

SC Beira-Mar, 2 - NDS Guarda, 1 (0-1 ao intervalo)
Foi sofrer até ao fim! Jogava-se o 2º minuto dos 4 de compensação que o árbitro do encontro tinha concedido, quando Hugo Seixas pôs fim ao sofrimento de todo um jogo e carimbou a tão suada como merecida vitória auri-negra. Num jogo nem sempre bem jogado, a vitória dos aveirenses não merece contestação, já que foram muito superiores ao adversário, ficando a dever a si próprios, pelos golos desperdiçados e pelo nervosismo demonstrado na estreia, a diferença tão magra do marcador e o momento tardio em que chegaram à vantagem.
Em partida arbitrada pelo Sr. Paulo Pinheiro, da AF Coimbra e tendo como palco o Estádio Mário Duarte, o professor António Luís fez alinhar de início:
Ricardo (GR); Berna, Abreu, Renato e Luís; Lucas (Francisco Griné, ao intervalo), Filipe (Mathieu, aos 64') e André Vaz (cap); Nelson (Ibrahima, aos 82'), Nuno Silva e Hugo Seixas.
Suplentes não utilizados: Samuel (GR), Beato, Nuno Ribeiro e Bryan.
Sem impor um ritmo muito intenso e não praticando o futebol que já lhe vimos em jogos da pré-época, a equipa do SC Beira-Mar começou a mandar no jogo desde o início, perante um adversário que não mostrava grandes atributos e que só aos 20' da 1ª parte conseguiu chegar, pela 1ª vez, à baliza de Ricardo, com a conquista de um canto. Até lá, já os auri-negros, mesmo a meio-gás, tinham construído e desperdiçado ocasiões suficientes para liderarem, com folga, o marcador. A primeira sensação de golo ocorreu logo aos 4', mas André Vaz desperdiçou a ocasião, gerada na confusão dentro da grande-área, que um cruzamento de Nelson tinha provocado. Depois foi Filipe, aos 17', que arrancou excelente remate, de fora da área, que rasou a barra da baliza contrária. Aos 18' e 22' mais duas grandes oportunidades de golo para o Beira-Mar. Seixas atira ao poste uma bola que lhe chegou de um cruzamento de Nelson, na direita, e logo depois é o rápido extremo auri-negro, em jogada no lado contrário, que se isola, mas remata contra o corpo do guarda-redes.
Em futebol, a máxima de que quem não marca sofre é cada vez mais verdadeira. Após a flagrante perdida de Nelson, num contra-ataque rápido, o Núcleo da Guarda ameaçou, aos 23', pelo seu avançado loiro, nº 9, (remate fraco para defesa de Ricardo) e chegou à vantagem no minuto seguinte através de uma grande penalidade. Num lance inofensivo, Renato, ao procurar dominar a bola, vê-a ressaltar para a mão. Como estava dentro da grande-área, o árbitro apontou a marca de penalty e o Núcleo viu, deste modo, uma vantagem cair-lhe do céu.
Os nossos jogadores acusaram o golo e o nervosismo e ansiedade de que já vinham dando mostras acentuou-se. A fluidez do jogo ressentia-se, os passes e as recepções não saíam e, em termos de finalização, o filme mantinha-se. André Vaz, neste capítulo, estava em dia não, falhando, aos 31', dentro da grande-área, o remate e o empate. O mesmo jogador, aos 41', quando tinha tudo para fuzilar o guardião da equipa da Guarda, atirou em jeito ao poste. Diga-se que o Núcleo, espreitando a ansiedade dos jovens aveirenses e com o tempo a correr a seu favor, poderia, no que seria a maior das injustiças, ter dilatado a vantagem, aos 35', num lance em que o nº 7 se isolou, mas atirou para as mãos de Ricardo.
A segunda parte foi de corrida permanente atrás do prejuízo, mas o futebol praticado neste período foi de melhor qualidade. Para isso, na nossa opinião, foi de vital importância a alteração efectuada pelo técnico aveirense ao intervalo, com a entrada de Francisco Griné para o lugar de Lucas. A bola passou a chegar jogável, com maior frequência, aos homens da frente e os lances de perigo sucediam-se em catadupa. Nuno no 1º minuto (remate cruzado, rente ao poste), Nelson, aos 4' (remate em arco, ligeiramente por cima), Daniel aos 7' (remate fortíssimo de fora da área, a rasar a barra, após boa jogada colectiva), Seixas aos 8' (falha escandalosa, na pequena área, após primorosa jogada e assistência de Luís, na esquerda) e novamente Nelson, aos 13' (vê o golo ser-lhe negado por um defesa, com o guarda-redes batido), poderiam ter anulado a desvantagem e são a demonstração do caudal ofensivo e da vontade de virar o resultado que os auri-negros trouxeram do balneário para este primeiro quarto de hora da 2ª parte. Mais uma vez a ineficácia finalizadora prevaleceu e isso até nos poderia ter saído bem caro, já que, num lance fortuito, após a marcação de um canto, aos 17', o nº 10 e marcador do golo do Núcleo, poderia ter bisado, falhando escandalosamente o 0-2.
Finalmente apareceu Hugo Seixas! Lançamento de Francisco para a área, boa recepção e melhor finalização do nº 10 do Beira-Mar. Aos 24' estava feito o 1-1.
Ainda faltava muito tempo para acabar e sentiu-se que era possível chegar à vitória. O cronómetro, no entanto, jogava a favor da equipa da cidade mais alta de Portugal, que aqui e ali, começava a fazer anti-jogo, contabilizando-se muitas interrupções para assistência a jogadores visitantes. Mais uma vez, a equipa do Beira-Mar dava mostras de alguma intranquilidade, vendo a possibilidade de não vencer um opositor perfeitamente ao seu alcance e que só as contingências do futebol permitia que estivesse a discutir o resultado. Aos 34', Mathieu, que já havia sido lançado no jogo pelo professor António Luís no sentido de dar maior poder de choque na grande-área adversária, recebe de costas, rodopia, mas o remate sai fraco e ao lado. O mesmo jogador, aos 37', em golpe de cabeça, dando seguimento a um livre marcado por Griné, esteve a ponto de fazer o Beira-Mar chegar à vantagem. Não foi feliz o possante avançado auri-negro e estávamos já na fase do "chuveirinho", quando os aveirenses viram os seus esforços compensados e chegaram ao muito festejado e merecido 2-1 final. Um "balão" ganho de cabeça por Nuno Silva, à entrada da grande-área, faz a bola seguir para o inevitável Seixas, que ganha a posição ao defesa de marcação e atira fora do alcance do guarda-redes do Núcleo. Jogava-se o 2º minuto de compensação, dos quatro que tinham sido concedidos.
O árbitro, que fez um bom trabalho (o lance do penalty, na nossa opinião, é discutível, já que configura um lance de bola na mão e não de mão na bola, mas nos dias de hoje isso parece não valer nada), deu o encontro por terminado pouco depois e o Beira-Mar somou os primeiros três pontos no campeonato.
Uff, que alívio!

2 comentários:

Francisco Pires disse...

Não tenho visto o Henrique Carvalho nos vossos relatórios de jogo, alguma lesão?

Anónimo disse...

Parabens a todo o grupo de trabalho por esta excelente vitoria.

J.A