segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

INICIADOS A: Equipa atravessa bom momento!


SC Beira-Mar, 6 - GD Mangualde, 0
(3-0, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar venceu categoricamente o Mangualde por 6 golos sem resposta, dando seguimento à boa fase que vem evidenciando e que começou no jogo do "distrital" que realizou na Mealhada, durante o interregno do campeonato nacional, reatado no fim-de-semana passado com mais uma boa exibição (coroada com vitória) em Oliveira de Azeméis. Nesta jornada, ontem disputada, os aveirenses evidenciaram esse bom momento de forma que atravessam e aliaram o robusto resultado a uma exibição bem conseguida, se tivermos em consideração as péssimas condições do relvado do Mário Duarte.
A vitória foi categórica, num jogo de domínio quase absoluto, durante a 1ª parte, por parte dos aveirenses e uns segundos 35' onde o Mangualde replicou um pouco mais, mas sem nunca criar reais situações de perigo.
Com arbitragem do Sr. Paulo Pinheiro, da AF Coimbra, o SC Beira-Mar apresentou, no empapado relvado do Estádio Mário Duarte, os seguintes jogadores:
Hugo (gr) (André, int); Ruben Marques, Pedro Salgado, João Rafael (Gui, int) e Bruno Filipe (Zazu, int); André Silva, Diogo M. Carvalho e Rafa (cap) (Tiaguinho, 48'); Tiago Gomes, Henrique e Ricardo Tavares (Renato,55').
Suplentes não utilizados: Pedro Aparício e Didi.

Se as condições do relvado, semelhantes às do jogo realizado contra o Lusitano de Vildemoínhos, poderiam acordar os fantasmas do empate cedido frente aos viseenses, cedo os medos se dissiparam, já que uma entrada bem forte e com a lição bem estudada, de como lidar com o terreno pesado, rapidamente deu vantagem no marcador aos aveirenses. Com efeito, depois de logo aos 2' de jogo, Ricardo Tavares ter dado o aviso, com um remate de fora da área que passou por cima da barra, o goleador de Oliveira de Azeméis viria, no minuto seguinte, a abrir o activo, fazendo o 1-0 numa recarga a uma bola devolvida pelo poste, após remate cruzado de Tiago Gomes, que protagonizou excelente jogada pelo flanco direito.
Nos minutos iniciais do jogo só deu Beira-Mar e a equipa do Mangualde, bem constituída fisicamente, não conseguia sair do seu meio-campo. Aos 10', esteve iminente o segundo golo, na sequência da marcação de um pontapé de canto, com o remate fortíssimo de André Silva a ser desviado ligeiramente, fazendo a bola passar muito perto do travessão. Na sequência deste novo canto, foi Henrique que esteve perto do golo, mas o seu remate saiu rente ao poste.
Apesar do mau estado do relvado, a equipa do Beira-Mar praticava um futebol agradável, fazendo circulação de bola sempre que possível e optando pelo jogo mais directo, quando as condições o exigiam. À passagem dos 12', Tiago Gomes tem nos pés, por duas vezes, hipótese flagrante de golo, mas perde no 1x1, com o guarda-redes visitante, que defende um primeiro remate e lhe rouba a bola numa segunda tentativa.

Nesta altura, o resultado já era escasso para tanto domínio, tanta superioridade e tantas ocasiões de golo criadas. Mas, no futebol, num repente, as coisas podem alterar-se. E, aos 15', o Mangualde, que praticamente ainda não tinha chegado à baliza de Hugo, perde uma boa oportunidade para empatar o jogo. A bola é lançada nas costas da defesa auri-negra, o nº 10 do Mangualde ganha em velocidade a Bruno e, descaído sobre o lado direito, com Hugo pela frente, remata cruzado, saindo a bola ao lado do poste mais distante. Gorada a única oportunidade de golo da equipa visitante, durante todo o jogo, a história da partida conta-se, daqui para a frente, em tons quase exclusivamente amarelo e preto.
Aos 17', André Silva volta a tentar a sua sorte, num remate de longe, que levou muito perigo à baliza do Mangualde. Foi, novamente, o aviso que funcionou para mais um golo, o 2-0, surgido no minuto seguinte. Boa jogada colectiva, com uma triangulação que começa num passe de Diogo M. Carvalho para Henrique, na direita, que cruza atrasado e rasteiro para uma finalização fácil de Tiago Gomes, à boca da baliza. Jogava bem a equipa auri-negra (ontem a equipar de branco) e, aos 23', estava guardado o momento do jogo, um golo de bandeira obtido por Diogo M. Carvalho, através de um pontapé desferido à entrada da área, correspondendo a uma boa jogada de Rafa, que se  escapou pela esquerda, ganhou a linha de fundo e atrasou para a finalização notável do 17 aveirense, que fez entrar a bola ao ângulo superior esquerdo da baliza contrária. Com 3-0 no marcador, a equipa não descansou e foi à procura de mais golos, que poderiam ter acontecido por mais 3 vezes, até ao intervalo. Aos 27', uma boa jogada de Ruben, pelo seu flanco direito, termina com um cruzamento do nosso TT (Todo-o-terreno) para a boca da baliza, onde Ricardo Tavares quase faz golo, que não acontece porque o guardião do Mangualde levou a melhor. Tiago Gomes, em dois momentos, aos 30' (passe de Salgado) e 34' (passe de João Rafael), também poderia ter bisado, em termos de contas pessoais, mas perde ambas as oportunidades na cara do guarda-redes (a primeira pela zona central e a segunda pelo lado esquerdo).

Na 2ª parte, a superioridade do Beira-Mar manteve-se, mas a equipa de Mangualde mostrou-se um pouco mais afoita e jogou mais vezes no nosso meio-campo, porém, sem nunca ter criado perigo para André Fernandes, que defendeu a baliza aveirense nos segundos 35'. O Beira-Mar também não foi tão produtivo, em termos de construção de oportunidades de golo, mas a eficácia foi superior, já que obteve mais 3 golos. O 4-0 surge aos 9', na sequência da marcação de uma grande penalidade, assinalada correctamente pelo árbitro conimbricense, a castigar derrube do guarda-redes a Henrique, que se ia a escapar. Na transformação, Rafa não tremeu e pôde fazer o golo, que dedicou, olhos e mãos viradas ao céu, à sua avó, falecida na véspera do jogo. O resultado poderia ter sido ampliado novamente, quando, aos 15', Tiago Gomes volta a perder uma situação flagrante (a maior desta 2ª parte), vendo a bola ser desviada sobre a linha de golo por um defesa da equipa beirã, após remate, já com o guarda-redes ultrapassado. Até ao final do encontro, a eficácia na finalização foi completa e, assim, o 5-0 chegaria aos 18', por Pedro Salgado, na sequência de um livre batido da direita, por Tiaguinho, numa recarga dentro da área, após tentativas frustradas de Henrique e André Silva. O 6-0 chegaria pouco mais tarde, aos 21', num remate de André Silva, de fora da área, após passe da esquerda de Henrique, com a bola a ser ainda tocada pelo infeliz guardião visitante.
Até final, sem nunca ter jogado feio, a equipa do Beira-Mar geriu bem a vantagem, já que as forças (que foram muitas) e a degradação ainda maior do terreno, não deram para mais.
Arbitragem muito bem conduzida no plano técnico. No capítulo disciplinar usou um critério muito largo, defendendo-se, eventualmente, das dificuldades causadas pelo estado do terreno. Um relvado escorregadio propicia frequentes contactos físicos, muitos deles de difíceis contornos de avaliação, não se sabendo onde termina o casual e começa o faltoso.

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