segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

INICIADOS A: Vitória justa em campo tradicionalmente difícil!


UD Oliveirense, 1 - SC Beira-Mar, 3
(1-1, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar continua na sua caminhada rumo ao objectivo proposto no início da época e a vitória alcançada no clássico com a tradicionalmente difícil Oliveirense, deixa a equipa de Alberto Raínho mais perto da qualificação para a 2ª fase do campeonato nacional. O triunfo foi inteiramente justo, num jogo em que o Beira-Mar teve sempre a iniciativa, exerceu maior domínio territorial e em que teve mais e melhores oportunidades de golo do que o seu adversário, que apostou, tal como no jogo da 1ª volta, numa boa organização defensiva e em transições rápidas para o ataque, alcançadas, sobretudo, durante a 1ª parte.
Numa manhã de muito frio e alguma chuva, as equipas apresentaram-se com:
UD Oliveirense - Mesquita (gr); Coelho, Rodrigo, Correia, J. Sousa, Flávio (Joca, 63'), Suarez, Filipe, Semedo (Luís, 49'), Fazenda (cap) e Pedro.
SC Beira-Mar - Hugo (gr); Ruben Marques (Zazu, int), João Rafael, Pedro Salgado e João António; André Silva, Pedro Aparício (cap) (Diogo M. Carvalho, int) e Rafa; Tiago Gomes (Didi, 67'), Ricardo Tavares e Henrique (Bruno Filipe, 63').
Suplentes não utilizados: André Fernandes (gr), Tiaguinho e Gui.
O Beira-Mar cedo tomou conta do jogo, mostrando ao que ia e que só a vitória lhe interessava. A primeira boa oportunidade de golo surgiu aos 6', para os aveirenses, numa iniciativa individual de Tiago Gomes, pelo meio, abrindo na direita em Henrique, que evitou um adversário, puxando a bola para dentro e rematou, com o pé esquerdo, às malhas laterais, tendo dado a sensação de golo. No minuto seguinte, na sequência de um canto apontado do lado esquerdo, foi Pedro Salgado que poderia ter aberto o marcador, mas o guardião Mesquita negou, com uma grande defesa, o remate quase à queima-roupa do nº 2 aveirense.
Ao maior domínio dos auri-negros, respondiam os da casa com tentativas de contra-ataque, procurando aproveitar o balanceamento ofensivo da equipa do Beira-Mar. Foi assim que, aos 9', a equipa da Oliveirense ameaçou a primeira vez a baliza de Hugo, mas o guardião auri-negro saiu bem, com os pés, a uma bola bem aberta no espaço livre, e evitou o pior. Mas foi com justiça que, aos 11', a equipa de Aveiro chegou à vantagem. O lance do 0-1 começa, mais uma vez, em Tiago Gomes, a bola sobra para Ricardo Tavares que abre, na esquerda, em Henrique. O nº 9 aveirense flecte para o interior, numa progressão quase paralela à linha limite da grande área e dispara forte, com o pé direito, fora do alcance de Mesquita, fazendo a bola entrar junto ao poste mais distante.
A superioridade demonstrada até esta altura pelo conjunto aveirense dava indicações que o marcador poderia vir a ser dilatado, se os auri-negros continuassem com o mesmo ritmo e a mesma vontade de fazer golos. Mas não foi isso que aconteceu e a vantagem do Beira-Mar apenas durou escassos 3 minutos. Com efeito, aos 14' de jogo, a Oliveirense chegou à igualdade, da forma que já tinha demonstrado poder acontecer, ou seja, numa jogada de contra-ataque. Há que dar mérito à formação da casa, já que a jogada é muito bem gizada, a partir do meio campo, sendo a bola metida no espaço vazio, no lado esquerdo do ataque oliveirense, por onde surgiu em velocidade Pedro, que se isolou, evitou Hugo e atirou para a baliza deserta, fazendo o 1-1.
O Beira-Mar acusou o golo e, sem que nunca tivesse perdido a iniciativa do jogo, as coisas passaram a não sair tão bem como até ao momento do golo do empate. A equipa foi-se recompondo e, aos 25', Pedro Aparício poderia ter dado de novo a vantagem aos aveirenses, numa jogada por si iniciada e finalizada dentro da área, após tabela com Henrique, mas Mesquita gorou os seus intentos, desviando o seu remate para canto, na sequência do qual, também Tavares, num golpe de cabeça, poderia ter marcado.

A Oliveirense mostrava ser (e não era surpresa) uma equipa muito bem organizada defensivamente, com muitos jogadores sempre atrás da linha da bola e, até ao intervalo, Tiago Gomes tentou, por 3 vezes (27', 28' e 35') furar a muralha dos da casa, através de remates de fora da área, que levaram muito perigo às redes de Mesquita. Mas não teve sorte o talentoso nº 8 auri-negro já que, nos primeiro e terceiro remates, viu a bola sair rente ao poste e, no segundo, foi o guardião oliveirense que não o deixou festejar, opondo-se muito bem com uma defesa de recurso. O intervalo chegava e sentia-se algum sentimento de frustração nas hostes aveirenses que, pelo que tinham feito, mereciam outro resultado.
Na 2ª parte o cariz do jogo não se alterou, sendo que a Oliveirense até não se mostrou (os aveirenses não deixaram) tão perigosa no contra golpe. Os auri-negros, esses, continuaram a mostrar, desde o início, que estavam ali para levar os 3 pontos. Logo no 1º minuto, um cruzamento largo de Rafa solicita, ao 2º poste, a entrada de cabeça de André Silva, que falha por pouco o alvo. A Oliveirense continuava a defender muito bem e só aos 14', Ricardo Tavares, voltou a criar perigo. O antigo jogador da Oliveirense, agora de amarelo e preto vestido, em jogada de insistência, ganha dois ressaltos e, já dentro da área, atira com muito perigo ao lado. Aos 21', é Rafa, através de um remate de fora da área, que tenta, infrutiferamente, a sua sorte (bola sai ao lado). Finalmente, aos 23', e quando a ansiedade que o passar do tempo poderia trazer aos espíritos aveirenses e jogar a favor da equipa que mostrava querer defender a igualdade, o Beira-Mar coloca-se de novo em vantagem. A jogada é pelo corredor direito, a bola é cruzada por Zazu para Ricardo Tavares, que cabeceia a bola ao poste, fazendo o 1-2 numa recarga oportuna, onde revelou o seu "faro" pelo golo, pois nunca perdeu de vista a bola e o sentido da baliza. Claro que o golo foi festejadíssimo, pelo marcador, que conhecia bem o terreno que estava a pisar e também pela equipa, que suspirou de alívio pela vantagem que sempre mereceu.

Mais tranquilos, os auri-negros apuraram o colectivo e, até final, só "deu" Beira-Mar. Aos 27', Rafa penetra pela zona central e isola Henrique, descaído no lado esquerdo, que faz o remate na cara de Mesquita que, mais uma vez, lhe nega o golo com uma boa intervenção. Aos 30', jogada sensacional de combinação entre Ricardo Tavares, que solicita a desmarcação do colega, e Tiago Gomes, que entra no espaço vazio, isola-se e "pica" a bola sobre Mesquita, à saída deste, fazendo-a, caprichosamente, embater no poste, quando já todos gritavam, golo! Não era o dia de Tiago Gomes marcar e ele bem merecia o golo pelo bom jogo que fez. No minuto seguinte, no entanto, o Beira-Mar chegava ao 1-3. Tiago Gomes volta a estar na origem da boa jogada pela direita, culminada com um cruzamento para a área, onde estava o "capitão" Rafa a amortecer com o peito e a rematar cruzado, com o pé esquerdo. A Oliveirense chegou à baliza de Hugo, em cima do apito final, através da marcação de um livre que o guardião auri-negro desviou para canto.
A arbitragem do Sr. Pedro Barbosa, da AF Porto, em plano elevado no capítulo técnico, mostrou um critério muito rigoroso no aspecto disciplinar, exibindo 4 cartões amarelos (3 para o Beira-Mar e 1 para a Oliveirense) num jogo que primou sempre pela correcção e pelo "fair-play".

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