domingo, 17 de janeiro de 2010

JUNIORES A: Num terreno de luta, Beira-Mar foi mais forte!

SC Beira-Mar, 5 - Lusitânia FC (Lourosa), 0
(1-0 ao intervalo)
Jogo marcado pelas difíceis condições do relvado do Mário Duarte, com muita água e lama a prejudicar a circulação da bola, impedindo a prática de bom futebol e tornando o espectáculo em 90' de muita luta, que revelaram um Beira-Mar sempre mais forte. As equipas apresentavam-se, neste início de jogo, separadas apenas por 3 pontos na tabela, pelo que os aveirenses estavam "impedidos" de falhar nesta luta pelo apuramento para a 2ª fase, sob pena de serem apanhados pelos "auri-negros" de Lourosa. E as condições do terreno, que poderiam transformar o jogo numa lotaria, não eram um bom princípio para o modelo de jogo da equipa de António Luís. Felizmente que não houve surpresas e ganhou a melhor equipa, por números que revelam bem a superioridade dos donos da casa.
Sob chuva ininterrupta, ainda que não muito intensa, o Beira-Mar apresentou:
Ricardo Barros (gr); Berna (cap), Marcelo, Beato e Renato; Granja, Francisco Griné (Filipe Vieira, 68') e Nuno Silva; Nelson (André Vaz, int), Seixas e Mathieu (Nilson, 68').
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr) e Lobo.
O terreno pesado, logo à partida para este jogo, apelava ao futebol directo, já que havia muito poucas zonas no campo onde a lama ou a água não prendessem a circulação da bola. E foi com a lição bem estudada que, logo aos 2', Mathieu solicitou, com um passe longo, da esquerda para a direita, o remate de pronto de Nelson, sem deixar a bola cair no chão, que levou muito perigo à baliza da equipa de Lourosa. Aos 7', foi um cruzamento da esquerda, de Hugo Seixas, que voltou a criar boa ocasião para inaugurar o marcador, com Mathieu a elevar-se muito bem no meio da área e a cabecear rente à barra. A luta continuava e o Beira-Mar ia ganhando "aos pontos", somando mais um, aos 11', com Nélson, aberto na direita, a receber a bola e a rematar em progressão, com um adversário à ilharga, para defesa do guardião contrário.
O Lusitânia de Lourosa criou a sua primeira e única situação de perigo, durante toda a 1ª parte, aos 16', quando uma "cerimónia" de Beato a despachar a bola permitiu a antecipação de um jogador visitante, que se isolou, valendo a saída temerária de Ricardo, que ofereceu o corpo à bola e evitou o "balde de água fria". O jogo estava muito difícil, porque era muito complicado chegar com a bola controlada às zonas de finalização mas, aos 28', Nelson consegue meter a bola no espaço vazio (e ela rolou!), para uma entrada de Hugo Seixas, que fica isolado e desvia do guarda-redes para o muito festejado 1-0. Não era caso para menos, porque obter um golo de bola corrida, naquelas condições, não era tarefa fácil. Até ao intervalo, efectivamente, só em lances de bola parada voltou a haver perigo. Aos 38', na marcação de um livre, no enfiamento da grande área do Lourosa, do lado direito, Francisco Griné bate a bola para a linha da pequena área, onde é "penteada" por um aveirense, que a faz cair junto ao 2º poste, onde Renato falha clamorosamente. Também na marcação de um livre, em cima do apito para o descanso, o mesmo Renato introduz a bola nas redes, num bonito golpe de cabeça, mas o árbitro invalidou (bem) o lance por impedimento do (neste jogo) lateral-esquerdo do Beira-Mar.

O jogo ficou decidido logo no início da 2ª parte, com uma entrada forte dos auri-negros de Aveiro (neste dia a equipar de branco) e a obtenção de 2 golos de rajada. Logo aos 2', numa reposição em jogo muito característica do guardião Ricardo, Mathieu leva a melhor sobre o seu marcador directo, isola-se e remata para o 2-0, à saída do guarda-redes visitante. No minuto seguinte, novo golo. Primeiro, na sequência de um canto estudado, marcado do lado direito, André Vaz, à entrada da área, fuzila a baliza, mas a bola é interceptada, de novo para canto, por um defesa. O golo, evitado anteriormente, surgiu na marcação deste segundo canto, com a bola a ser desviada de cabeça, ao 1º poste, para cair do lado contrário, onde surgiu Beato a encostar para o 3-0.
Com uma vantagem confortável no marcador, o Beira-Mar passou a fazer a gestão desse pecúlio, enquanto do outro lado o Lourosa encetava a procura do seu golo de honra. E poderia tê-lo conseguido, aos 15', quando construiu uma flagrante oportunidade de golo, surgida de um bom cruzamento do lado direito com a finalização a ser falhada ao 2º poste, saindo a bola ao lado da baliza deserta. Aos 23', a vantagem aveirense poderia ter sido ampliada, mas Hugo Seixas, que se isolou, perdeu o tempo de remate e deixou-se antecipar. Aos 29', a equipa do norte do distrito de Aveiro beneficia da marcação de um livre em posição frontal, perto da linha limite da grande área. Na marcação, Ricardo é posto à prova e, com uma boa defesa, mantém as suas redes invioláveis. Já não havia dúvidas quanto ao vencedor mas, no minuto seguinte, elas dissiparam-se completamente, quando Nilson, isolado com um passe magistral (Vieira? Granja?), faz o 4-0, com um remate rasteiro, que ultrapassou a saída do guarda-redes, dando contornos de goleada à vitória dos aveirenses. A "cereja" em cima do bolo haveria de chegar, aos 41', com aquele que deverá ser o golo da jornada. Vaz marca um livre em arco para a área, o guarda-redes soca a bola com força, para muito longe, onde estava Nuno Silva que, sem a deixar cair no chão, desfere um remate de 25 metros,  muito forte e bem colocado, estabelecendo o 5-0 final e mandando para o seu arquivo de memórias futuras um golo monumental. "Chapeau"!
A equipa do Beira-Mar deixou boas indicações neste jogo, superiormente arbitrado pelo Sr. Carlos Taveira, da AFA, numa fase decisiva do campeonato e quando se avizinham novos compromissos de muita importância.

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