terça-feira, 27 de abril de 2010

INICIADOS A: No Dia da Liberdade ainda imperou a "ditadura" do mais forte!

FC Porto, 5 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Na manhã do histórico dia 25 de Abril, comemorativo da Liberdade no nosso país, a equipa de iniciados do SC Beira-Mar deslocou-se às excelentes instalações do Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto-Gaia, no Olival, em Vila Nova de Gaia, para defrontar o todo-poderoso FC Porto, num jogo que se adivinhava muito difícil face à diferença de estatuto e de valores entre as equipas em confronto. Foi com naturalidade que os "azuis-e-brancos" se impuseram por claros 5-0, vencendo bem um jogo onde a formação auri-negra teve uma prestação digna, aguentando o nulo durante quase toda a primeira parte e apenas sucumbindo no período complementar, acusando, então, em demasia, o primeiro golo sofrido já em período de compensação, antes do descanso. Na verdade, nos escalões de formação, o "25 de Abril" ainda não chegou ao futebol e a diferença de realidades é tão evidente, que os mais fortes dificilmente deixam de ditar as suas leis.
Alberto Raínho escolheu para este jogo, que apurou o nosso adversário, sem surpresas, para disputar a 3ª fase do campeonato nacional, os seguintes atletas:
Hugo (gr); Diogo H. Carvalho, Pedro Salgado, João Rafael e Ruben Marques; André Silva, Rafa, Diogo M. Carvalho (João António, 43') e Pedro Aparício (cap); Tiago Gomes e Henrique (Tiaguinho, 67').
Suplentes não utilizados: Canha (gr), Renato, Duílio, Gui e Jorge.
A primeira parte foi de domínio esperado da equipa da casa, com o Beira-Mar a fazer um jogo de contenção, sempre com muitos jogadores atrás da linha da bola. Esta estratégia, pese embora algumas oportunidades de golo para os portistas (7', 10', 12' e 21'), quase ia dando frutos, já que o golo não aparecia e, a dado momento, a equipa auri-negra começou também a trocar muito bem a bola e chegou mesmo a provocar um valente susto ao jovem "Dragão", que só não assumiu contornos de "escândalo" porque, aos 33', José Carlos, com uma defesa só ao alcance de guarda-redes de eleição, nega o golo a Tiago Gomes, desviando a trajectória da bola, rematada de fora da área com alguma violência e boa colocação, fazendo-a ainda roçar a parte superior do travessão. Era o melhor período do Beira-Mar que, nos últimos 10 minutos da primeira parte, estava já a jogar o jogo pelo jogo, fazendo excelente posse e circulação de bola, silenciando com o seu futebol a falange de apoio dos rapazes da casa. Já com toda a gente a pensar que o regresso aos balneários seria feito com o nulo no marcador, quando decorria a parte final do período de compensação dado pelo árbitro e na sequência da marcação de um canto, desnecessariamente cedido, na direita, o FC Porto chega à vantagem, através de um excelente golpe de cabeça do central Tomás, que deu o melhor seguimento ao centro tenso do defesa esquerdo "azul-e-branco", que se revelou, mais uma vez, letal para as cores aveirenses.
Não se pode dizer que fosse injusta a vantagem dos "dragões" ao intervalo, mas o momento em que foi conseguida deixou marcas na moral aveirense e aliviou pressão nos homens da casa que, pelo sim, pelo não, não fizeram qualquer substituição ao intervalo. No segundo tempo as coisas foram completamente diferentes já que, logo no início, as dúvidas foram completamente desfeitas com a obtenção do 2-0, por Cardoso, aos 4' e do 3-0, por Raul, passados dois minutos. O melhor futebol do Porto, aliado às facilidades concedidas pelos auri-negros, que não se tinham visto no primeiro período, explicam os acontecimentos. A quebra anímica explica o resto, ou seja, o avolumar do resultado, com golos aos 15' (4-0, por Raul) e aos 19' (5-0, por Cardoso) e mais algumas oportunidades de golo perdidas (11', 12', 13', 17' e 22'), algumas delas negadas por boas intervenções do nosso guardião Hugo, que esteve em bom plano.
Com o jogo a caminhar para o final, foi altura para o Beira-Mar voltar a surgir em terrenos mais adiantados, podendo mesmo, aos 28', ter apontado o seu tento de honra, bem merecido, aliás. Ruben ganhou uma grande penalidade, ao ser derrubado pelas costas, quando tinha ganho a posição ao defesa contrário, mas o remate de Rafa, encarregado da marcação do castigo máximo, é superiormente defendido pelo valioso guardião José Carlos. Aos 31', na sequência de um livre apontado por André Silva, o Beira-Mar volta a estar perto do golo, mas a sorte nada quis com a equipa aveirense.
Excelente arbitragem do Sr. Pedro Mesquita, da AF Vila Real, que mostrou também o papel pedagógico que podem e devem ter os árbitros que apitam jogos destes escalões de formação.

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