domingo, 2 de maio de 2010

INFANTIS B: Boa primeira parte garante mais um triunfo auri-negro!

SC Beira-Mar, 4 - Lusitânia FC (Lourosa), 1
(3-0, ao intervalo)

Com uma excelente exibição efectuada durante a primeira parte, em especial nos primeiros 20 minutos, o Beira-Mar averbou mais uma vitória no campeonato distrital de infantis B, o que lhe permitiu manter a liderança da prova. Praticando um futebol de fino recorte técnico, com uma boa circulação de bola, mudanças de flanco e aberturas nos espaços a solicitar entradas de jogadores mais recuados, que provocavam, quase sempre, desequilíbrios na estrutura defensiva do Lourosa, os comandados de Ricardo Pinheiro cedo resolveram o encontro, marcando três golos até ao intervalo, vantagem que geriram bem na segunda metade do jogo, período em que, não estando tão exuberantes, nunca se sentiram ameaçados no pecúlio amealhado.
Os aveirenses apresentaram a seguinte equipa inicial (1ª e 2ª partes):
Pouseiro (gr); Bernardo (cap) e Leo; Didi, Gil e Gonçalo; Miguel.
Jogaram ainda: Adriel, Toncha, Rafa, Portugal e Fábio.
Como corolário da boa entrada em jogo da equipa de Ricardo Pinheiro, cedo o Beira-Mar chegou à vantagem, numa jogada onde se sentiu o "aroma" do futebol "perfumado" com que estes miúdos, muitas vezes, nos presenteiam. O 1-0, obtido quando decorriam 4' de jogo, resultou de uma excelente triangulação, à entrada da área, entre Gonçalo, Miguel e Gil, com o nº 30 e estratega do jogo auri-negro a ficar na cara do guardião do Lourosa para fazer um golo de belo efeito. Esta vantagem poderia ter sido aumentada, aos 10', quando Bernardo, solto ao segundo poste, cabeceia ao lado da baliza, não dando o melhor seguimento a um canto apontado do lado esquerdo por Didi. No minuto seguinte, Gil volta a isolar-se, mas é carregado pelas costas dentro da área, quando se preparava para fazer novo golo. O árbitro, estranhamente, nada assinala.
Mas o caudal ofensivo do Beira-Mar era intenso e as boas jogadas sucediam-se, adivinhando-se novo golo. Que surgiu aos 12', uma autêntica maravilha! O 2-0 resulta de uma jogada, pela esquerda, de magnífico entendimento entre Gonçalo e Gil, com os dois jogadores a tabelarem, ficando o nº 9 aveirense na cara do guarda-redes, rematando de uma zona já com pouco ângulo, para fazer a bola passar entre o guardião e o poste da baliza do Lourosa. Fantástico! O "show" continuou e, no minuto seguinte, uma grande arrancada de Gonçalo pelo seu corredor esquerdo, proporciona um cruzamento para a zona do penalti, surgindo Gil, vindo de trás, a rematar de pronto, sem deixar a bola cair, mas o "tiro" saiu à figura do guarda-redes, que segurou bem, evitando mais um golo de "bandeira"! Aos 15', uma excelente abertura de Gil coloca Adriel cara-a-cara com o guarda-redes, fazendo-lhe um "chapéu", que errou o alvo por muito pouco. O guarda-redes do Lourosa voltou a estar em foco aos 16', fazendo uma grande defesa, a negar o terceiro golo auri-negro a Gonçalo, que apareceu solto por uma magistral abertura de Gil, a rematar forte, de pé esquerdo, como é, aliás, seu timbre.
A vantagem de 2 golos era escassa para tanto domínio, tanta qualidade no futebol apresentado e tantas oportunidades de golo construídas. Mas a eficácia não se estava a revelar o ponto forte e isso ficou mais uma vez provado aos 17, quando Gil falha o golo à boca da baliza, numa jogada por si iniciada e continuada por Adriel. Seria de bola parada, aos 20', que os auri-negros chegariam ao 3-0, pelo "capitão" Bernardo, numa entrada fulgurante de cabeça, ao primeiro poste, dando o melhor seguimento a um canto muito bem marcado por Toncha, no lado esquerdo do ataque aveirense.
Acabava aqui o período de "ouro" do Beira-Mar, embora o sentido de jogo continuasse a ser sempre o da baliza do Lourosa (Pouseiro não fez uma defesa durante a primeira parte), a qualidade do futebol praticado decaiu e a capacidade de construção também, havendo apenas a registar, antes do intervalo, um só lance mais de perigo, protagonizado por Fábio, aos 29', numa boa iniciativa pelo lado direito, seguida de diagonal para dentro e remate de pé esquerdo por cima da baliza.
O Lourosa entrou mais afoito para a segunda parte e viu a sua audácia ser premiada logo aos 3', com a obtenção do seu tento de honra. O 3-1 resulta da marcação de um pontapé de canto, do lado direito, e é obtido de cabeça pelo seu jogador mais esclarecido ( nº 11, Carvalho), fazendo ainda a bola bater na barra e entrar, não dando quaisquer hipóteses de defesa a Pouseiro.
O jogo do Beira-Mar não saía tão fluido nesta segunda parte, no seguimento, aliás, do que já se vira nos últimos 10 minutos da etapa inicial. Disso se aproveitavam os visitantes, que lá iam, de quando em vez, tentando a sua sorte, aproximando-se das redes auri-negras. Aos 11', numa boa jogada, pelo lado direito, do autor do golo do Lourosa, a bola é atrasada para um remate muito perigoso, ainda que feito com um adversário à ilharga, fazendo a bola passar muito perto do poste da baliza de Pouseiro. O Beira-Mar reagiu e voltou a puxar dos seus "galões", podendo ter sentenciado o jogo, aos 13', quando Fábio, aberto na direita, recebe um passe a rasgar de Gil (mais um!), evita um primeiro adversário, mas é desarmado por um segundo no momento em que ia rematar para o golo iminente. Aos 16', é Leo que está perto de marcar, falhando o golo à boca da baliza, cabeceando ao lado uma bola vinda de Gonçalo, que apontou um canto do lado direito. No minuto seguinte, finalmente, o golo da confirmação da merecidíssima vitória do Beira-Mar! Gil "descobre" Gonçalo, na esquerda, e o pequeno-grande jogador esquerdino fez o resto, progrediu em velocidade e rematou forte para o 4-1 definitivo.
Até final, nota para mais dois lances em que o marcador poderia ter funcionado de novo para os da casa, dando, quiçá, ao marcador, um colorido mais condizente com o futebol praticado pelas duas equipas. O primeiro aconteceu aos 19', na sequência de um livre directo apontado por Bernardo, que o guarda-redes contrário não segurou, sobrando a bola para um falhanço incrível de Leo, quase em cima da linha de golo. O segundo surge de uma jogada de Leo pela direita, que cruza para a área, onde aparece Adriel a desperdiçar, fazendo um balão. Foi este o último lance digno de registo num jogo que teve um vencedor justo, que praticou bom futebol, construiu um bom resultado e soube fazer, depois, a gestão dessa vantagem e também do esforço dos seus atletas. Faltam sete jogos...

4 comentários:

Anónimo disse...

Bom Dia!
Tenho vindo a acompanhar os comentários feitos pelo Sr. Carlos Martins aos jogos dos Infantis B e me tem chamado a atenção o facto de os comentários centrarem-se sempre nos mesmos jogadores. Sem tirar de todo o mérito destes, devo lembrar que a equipa que vai aos jogos é formada por 12 atletas que dão o seu contributo semanalmente as vitórias que se tem alcançado. Não encontro assim justificação para que se louve(de certo merecidamente)as jogadas conseguidas ou quase conseguidas de alguns atletas (os mesmos sempre) e que não se comente os bons feitos de outros, apenas realçando destes os erros que de certo deve reparar que também são cometidos por todos não fossem todos atletas de 11/12 anos. Acredito que o Sr. comentador se apreciar todos os jogos com o cuidado devido encontrara excelentes jogadas de todos os atletas e também os erros de todos e sendo feita justiça comentará de igual forma os bons e os maus momentos de todos. As vitórias são alcançadas pela equipa no seu todo e é preciso que todos os atletas sintam que participam nos êxitos alcançados, e que não alguns só completam o número de jogares em campo enquanto outros são sempre os merecedores de elogios.

Anónimo disse...

Não tenho palavras para qualificar os comentários do anonimo.
Eu tambem vejo os comentários todas as semanas e o Sr Carlos Martins e acho que são exelentes.
O anonimo que me desculpe mas estes comentários não nos levam a lado nenhum, pelo contrario.
Força Beira-Mar

Jorge Carvalho disse...

Caro Sr. Eng. Carlos Martins,

O Sr. Eng. não precisa, nem tão pouco me deu procuração para sair em sua defesa, mas custa ler que alguem possa pôr em causa a sua imparcialidade. Só quem não o conhece !
Estou certo que quem escreveu o comentário, pensou mais em defender o filho, do que no mal que lhe podia causar.
Pessoas como o senhor, que desinteressadamente proporcionam estas crónicas (e outros sacrificios que não cabem aqui), fazem bem aos nossos filhos, ao Beira-Mar e ao Desporto em geral.
Peço-lhe que não esmoreça por esta e outras más interpretações, e que perdoe esta alma Anónima...

Jorge Carvalho

João Paulo Oliveira disse...

Caro Jorge,

Justifica-se o anonimato quando se trata de enaltecer alguém ou um facto.
Quando se trata de uma crítica, sendo ela construtiva ou destrutiva (como é o caso), deve o crítico identificar-se, pois só assim poderá o acusado defender-se e/ou tentar perceber melhor.
Este anonimato não merece consideração e por isso, eu não vou perder mais tempo.
Carlos Martins, continue o seu trabalho que é de facto merecedor de toda a nossa consideração.

João Paulo Oliveira (Pai do Bernardo - mencionado quase sempre)