SC Beira-Mar, 1 - SC Espinho, 1
(0-0, ao intervalo)
Num campo onde não tem sido muito feliz, a equipa de iniciados B do SC Beira-Mar recebeu o Sporting de Espinho na Oliveirinha e pôs fim à malapata associada ao Estádio da Gândara (2 jogos, 2 derrotas), empatando, desta feita, a uma bola, com os "tigres" da Costa Verde. Embora tenha prolongado para sete a série de jogos que leva sem vencer, o resultado obtido pela equipa de João Amaral deve ser considerado bastante positivo já que defrontaram um dos candidatos à subida à 1ª divisão distrital (os espinhenses são os actuais segundos classificados). Os espinhenses tiveram mais bola, são uma equipa mais adulta, mais forte fisicamente, mas após a vantagem obtida, logo no início da segunda parte, não souberam lidar com a boa reacção dos da casa, "encolheram-se" e os auri-negros viram a sua perseverança premiada com a obtenção do golo do empate ao cair do pano.
Sob uma excelente arbitragem, a equipa do SC Beira-Mar apresentou-se com:
Canha (gr); Luís (cap) (Yusuf, int), Fábio, Samuel (Bruno Reis, int) e Filipe; Nuno Abreu (Steven, 64'), Tiago Ramalho, Rafa (Rui, 47') e Sérgio (Sousa, int); Jorge e Joel.
Suplentes não utilizados: Leo (gr) e Mário.
O jogo teve um início equilibrado, com o jogo repartido pelos dois meios-campos, registando-se, neste período, apenas uma situação de perigo junto das balizas. Ela ocorreu aos 12', após uma boa abertura de Tiago Ramalho, que encontra Jorge na direita, com o avançado auri-negro a recepcionar de pé direito, puxar para o esquerdo e rematar para um corte providencial de um defesa espinhense (os auri-negros ainda reclamaram mão na bola, mas dada a força do remate e a curta distância a que se encontrava o adversário, damos o benefício da dúvida à interpretação do juiz da partida, que considerou não ter havido intencionalidade.
A partir do meio da primeira parte, o Espinho começou a ganhar maior ascendente, fazendo uma maior posse e circulação de bola e empurrando os aveirenses para o seu reduto mais recuado. Foi assim que, aos 23', os visitantes estão perto de abrir o activo, numa jogada de ataque pela direita, com um cruzamento para a área, onde um jogador alvi-negro, em excelente posição, falha a finalização, rematando fraco para a bola se perder entre as mãos de Canha.
O nulo ao intervalo era um resultado que se aceitava, embora o Espinho, a precisar dos 3 pontos para prosseguir com os seus objectivos, tivesse procurado a vantagem durante mais tempo e com melhores argumentos.
A segunda parte trouxe um Espinho com a mesma ambição com que tinha terminado a etapa inicial e, logo aos 3', uma incursão do defesa esquerdo dos alvi-negros, passando pelos opositores que lhe apareceram no seu corredor, permitiu a obtenção do 0-1, com um remate na cara de Canha, de ângulo já bem apertado, que fez passar a bola sobre o corpo do guardião aveirense, que saíra a fazer a "mancha". Bonito golo, de um bom jogador (nº 6)! Esta vantagem não constituía, na altura, uma surpresa, pois os espinhenses desde há muito vinham dando mostras de querer e poder marcar. O jogo poderia mesmo ter ficado sentenciado, quando, aos 12', o nº7 da equipa da Costa Verde é isolado por um colega e desvia a bola, à saída de Canha, fazendo-a passar caprichosamente rente ao poste.
Este lance marcou uma viragem no jogo, com os auri-negros a reagirem muito bem à desvantagem no marcador, passando a acreditar mais e a lutar sem tréguas, com vista a chegar ao empate. Pelo contrário, os espinhenses, com o tempo a passar e a equipa do Beira-Mar a instalar-se mais no meio campo contrário, "amedrontaram-se" e deixaram de incomodar verdadeiramente a defensiva aveirense. E começaram as bolas paradas a prometer algo de novo. Primeiro foi aos 19', após um canto de Jorge, na esquerda, com Fábio a subir nas alturas, no coração da área, mas a ver o seu golpe de cabeça ser desviado, de novo, para canto. Depois, aos 34', novamente Jorge a ser chamado à marcação de um livre, fazendo-o com um remate traiçoeiro (o terreno molhado era um contra-tempo para os guarda-redes), que o guardião largou para a frente, recuperando a bola, quando dois auri-negros estavam já prontos para empurrá-la para o fundo das redes. E já se caminhava para o final dos dois minutos de compensação que o árbitro havia dado, quando o Beira-Mar chegou ao 1-1. O golo do empate surge na sequência de um pontapé de canto apontado na direita por Sousa, já com o guarda-redes Canha metido também "ao barulho" na grande-área espinhense. E foi muito importante a sua acção já que disputou a primeira bola, que permitiu o endosso da mesma, novamente na direita, em Sousa, que voltou a cruzar ao segundo poste, para um primeiro cabeceamento, que viu a bola a ser retirada por um defensor em cima da linha de golo, que foi, todavia, impotente para deter a recarga forte e de raiva de Joel, que só parou no fundo das redes. Foi a loucura pelo empate alcançado, sobretudo pelo "timing" em que foi conseguido, representando este golo e este resultado um justo prémio pela persistência patenteada pela equipa de João Amaral.
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