segunda-feira, 4 de abril de 2011

INICIADOS A: Auri-negros fizeram o que puderam

FC Porto, 4 - SC Beira-Mar, 0
(3-0, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar, pese embora todo o empenho colocado em jogo, aliás como é seu timbre, foi incapaz de contrariar o favoritismo, a qualidade e a força do FC Porto, acabando por ser naturalmente derrotada, por 4-0, em partida da 5ª jornada da 2ª fase do campeonato nacional. A vitória dos azuis e brancos não sofre contestação e assentou, sobretudo, na qualidade técnica dos seus jogadores, que interpretam na perfeição um modelo de jogo que privilegia a posse e a circulação de bola.
Com uma boa arbitragem do juiz de Vila Real, Sr. Arnaldo Araújo, as equipas apresentaram-se, no campo Vitalis Parrk, à Constituição, no Porto, da seguinte forma:
FC Porto: João Costa (gr); Joel (Emanuel Alves, int), João Cunha, Bruno Duarte e Raúl; Barbosa (Tomás Mota, int), Clever e Rui Moreira (cap); Sérgio Ribeiro (Rui Silva, 59'), Tiago Garcia e Ruben Macedo (Luís Mata, 49').
Suplentes não utilizados: Gurtner (gr), André Gomes e Luís Peixoto.
SC Beira-Mar: Canha (gr); Sousa, Ricardo Pinto, Fábio (cap) e Filipe Melo; Miguel (Lucas, 62'), Tiago Ramalho e Hugo Custódio; Aurélio (Steven, 59'), João Miguel (Tiago Marques) e Bruno Ribeiro.
Suplentes não utilizados: Rafa (gr), Yusuf, Ricardo Esteves e Sérgio.
Como era de esperar, a equipa da casa entrou a mandar no jogo, perante um Beira-Mar algo nervoso nos instantes iniciais, mas que se foi soltando ao longo do tempo e à medida, também, que o resultado lhe ia ditando não ter muito mais a perder. Mesmo assim, foi preciso o FC Porto valer-se da sua terrível eficácia finalizadora na 1ª parte, para chegar ao intervalo com 3 golos apontados em 4 remates desferidos entre os postes da baliza defendida por Canha.
A primeira situação de perigo surgiu aos 8', quando Ricardo Pinto, na "hora H", consegue o desarme a Tiago Garcia, cortando uma bola que chegou muito perto da baliza do Beira-Mar após uma jogada típica do futebol "perfumado" praticado pelo FC Porto, com recepção e passe feitos sempre com muita segurança. O 1-0 não tardaria, mas foi com recurso a um lance de bola parada, concretamente na marcação de um livre descaído sobre o flanco direito. O cruzamento de pé esquerdo do "capitão" Rui Moreira foi meio golo e o oportuno desvio de Sérgio Ribeiro, de cabeça, fez o resto.
Se a estratégia de Alberto Raínho passava por enervar o seu adversário, retardando o seu primeiro golo o mais possível, a partir dos 14' tudo se modificava e o FC Porto tinha a vida mais facilitada. Mas o Beira-Mar ainda reagiu e, aos 18', quase chegava ao empate num lance em tudo semelhante ao do primeiro golo portista. Filipe Melo bateu o livre ao segundo poste, mas o golpe de cabeça de Ricardo Pinto, livre de marcação, vê o guarda-redes nortenho opor-se com dificuldade, segurando a bola junto ao poste.
Mas logo se viu, porém, que os jogadores da casa estavam inspirados e com a pontaria bem afinada, acabando por chegar ao 2-0 no segundo remate desferido directamente à baliza de Canha. O golo, no entanto, é extraordinário pela força e colocação do remate de Barbosa, desferido de muito longe, no aproveitamento de uma bola rechaçada para fora da área após jogada de insistência da sua equipa. Estavam decorridos 22' de jogo e, pouco depois, aos 25', foi Canha a negar o terceiro golo a Rui Moreira, que lhe surgiu pela frente após passe a rasgar na esquerda, acabando o "capitão" portista por chegar mesmo ao 3-0 já muito perto do descanso, aos 34', num remate desferido à entrada da área e que o guardião aveirense ainda desviou.
No segundo tempo o domínio do jogo continuou a pertencer ao FC Porto, que teve sempre muito mais posse de bola que os aveirenses. Valeu, na etapa complementar, que os azuis e brancos não estavam tão letais em termos da finalização, com Sérgio Ribeiro, aos 38' (cabeceamento ao lado executado à boca da baliza, após cruzamento da direita) e 39' (disparo forte para defesa a 2 tempos de Canha) a poder ter aumentado a contagem. Os aveirenses respondiam sempre que podiam ( e fizeram-no muitas vezes) e numa dessas situações, aos 47', ganharam um livre à entrada da área portista, que Hugo bateu com muito perigo, fazendo passar a bola bem perto do poste direito.
Entretanto, ambos os técnicos já tinham procedido a algumas alterações e, do lado do FC Porto, Luís Mata, 3 minutos depois de ter entrado, em jogada pelo corredor esquerdo, proporciona a Canha uma boa defesa, que evitou a possibilidade de mais um golo. Também em iniciativa individual respondeu o Beira-Mar e Bruno Ribeiro, aos 60', depois de ter evitado vários adversários, desferiu já dentro da área um perigoso remate, que proporcionou a João Costa a sua mais difícil intervenção durante o jogo, negando aos aveirenses, com um desvio para canto, o seu merecido tento de honra. Também Canha brilharia pouco depois, aos 62', fazendo a defesa da manhã, ao segurar por instinto um cabeceamento de Tiago Garcia desferido à queima-roupa, após livre teleguiado de Rui Moreira. O goleador portista, que foi o homem do jogo da 1ª volta, em Aveiro, não estava nos seus dias e, aos 66', voltou a desperdiçar soberana ocasião, cabeceando, desta vez ao lado, quando só tinha o guarda-redes auri-negro pela frente.
Adivinhava-se mais um golo para o FC Porto e o resultado haveria mesmo de "engordar", não sem que antes, aos 69', Luís Mata, na cara de Canha, atirasse ao lado e perdoasse o 4-0, que acabaria por acontecer já em período de compensação, por intermédio de Emanuel Alves, que aproveitou bem uma bola que sobrou para o lado direito, vinda de um cruzamento do lado contrário, para disparar para o fundo das redes da baliza aveirense.
Vitória certa, indiscutível, da melhor equipa sobre o terreno, perante um Beira-Mar que fez tudo para merecer um golo e que regressou a Aveiro de cara bem levantada, motivado para encerrar uma época que, aconteça o que acontecer no último jogo, será sempre excelente.

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