sábado, 30 de abril de 2011

JUNIORES A: Despedida inglória

SC Beira-Mar, 0 - SC Espinho, 3
(0-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar terminou sem glória a sua participação no campeonato nacional da 2ª divisão ao sofrer uma pesada e inesperada derrota frente ao já despromovido SC Espinho, que foi uma agradável surpresa pelo futebol que apresentou esta tarde no relvado principal do estádio Mário Duarte. Do lado aveirense, viu-se uma equipa sem chama, demasiado acomodada, com sinais mesmo de inusitada desmotivação mostrados por alguns atletas. É verdade que tudo estava decidido em termos de objectivos importantes, mas havia uma camisola a defender e certamente que não era esta pálida imagem que vários atletas que realizaram hoje o seu último jogo nos escalões de formação quereriam deixar na derradeira actuação oficial desta época.
Sob uma arbitragem sem problemas do Sr. Rui Figueiredo, da AF Leiria, a equipa do SC Beira-Mar apresentou-se com:
Cirineu (gr); Leandro (Greno, 73'), Renato, Rui Santos e Wilson Campos; Ricardo Melo (Francisco, 56'), André aranha e Filipe Vieira; Nélson, André Vaz e Pedro Ribeiro (Waly, 65').
Suplente não utilizado: Diogo Lopes (gr).
Com a primeira grande oportunidade de golo a pertencer ao Beira-Mar, logo aos 2', numa jogada de ataque bem gizada pelos aveirenses, com a bola a circular da esquerda para a direita, onde Nélson falhou o derradeiro e decisivo passe, logo o Espinho equilibrou o jogo e respondeu também, aos 7', com soberana ocasião para marcar. O cruzamento sai da esquerda para o segundo poste, onde o avançado nº. 9 dos "tigres" da Costa Verde executa um magnífico golpe de cabeça, valendo os defesas auri-negros ( Renato? Rui?) que evitaram o pior sobre a linha de golo, com Cirineu já fora do lance.
À medida que o jogo avançava no tempo, mais ao de cima vinham as dificuldades sentidas pela equipa de António Luís, que, longe de jogar bem, denotava imensos problemas em ligar o seu jogo, optando, amiúde, por um futebol directo, quase sempre condenado ao fracasso.
E para agravar as coisas, aos 28', o Espinho coloca-se em vantagem. Numa reposição de bola em jogo pelo seu guarda-redes, o nº 9 espinhense ganha na luta com os defensores auri-negros e remata cruzado, bem dentro da área, com a bola a ser desviada milagrosamente para canto. Foi o aviso para o 0-1, que surgiria na sequência desse mesmo pontapé de canto, com Cirineu a afastar a soco para fora da área, onde o central nº 3 aproveita para rematar em arco e inaugurar o marcador, apanhando o guardião aveirense fora dos postes.
O Beira-Mar ainda reagiu ao golo e, aos 32', Filipe Vieira trabalha bem na esquerda, tira o seu adversário da frente e cruza para a boca da baliza, onde surgiu o "capitão" André Vaz a cabecear incrivelmente ao lado, perdendo flagrante oportunidade para repor a igualdade no marcador.
Até ao intervalo, registo apenas para um remate muito perigoso do médio defensivo do Espinho (nº 6), desferido de fora da área, aos 35', que fez a bola passar muito perto do poste direito da baliza de Cirineu.
Na segunda parte continuaram as dificuldades auri-negras já sentidas na etapa inicial, mostrando-se cada vez mais o Espinho como a equipa mais esclarecida sobre o terreno e que praticava um futebol mais apoiado. Assim, acabou por ser sem surpresas que, aos 61', os visitantes chegaram ao 0-2. O lance do segundo golo tem origem numa boa jogada de ataque do Espinho, com o remate do nº 8 forasteiro, desferido na zona da meia-lua, a beneficiar de um ligeiro desvio e a trair Cirineu.
Após mais um golo sofrido, assistiu-se novamente a uma reacção da equipa da casa, que poderia ter encurtado distâncias, aos 62' e 63', com André Vaz e Pedro, em situações de golo iminente, a não serem felizes nos seus remates, que sairam ao lado (o primeiro) e muito fraco (o segundo).
Mas o tempo jogava a favor dos espinhenses, que estavam em vantagem e beneficiavam ainda dos maiores espaços que os aveirenses agora concediam. E foi assim que o terceiro golo esteve para acontecer, aos 67' (Rui safa sobre a linha após uma saída em falso de Cirineu) e aos 75', após mais uma hesitação defensiva, desta feita com o guardião aveirense a redimir-se, evitando o pior com uma boa defesa.
Filipe Vieira, que a par de André Aranha foi dos mais inconformados, aos 80', esteve muito perto do golo, após uma boa jogada individual, faltando-lhe as forças para ultrapassar o guardião contrário. O jogo seria sentenciado pouco depois, numa altura em que mais se esperaria o golo do Beira-Mar, com o Espinho a chegar a um severo 0-3. Jogada pela direita, passe para a boca da baliza e encosto fácil do nº 16.
Numa jogada de combinação com André Aranha, Filipe Vieira, aos 86', volta a estar perto do golo, mas, mais uma vez, o guarda-redes contrário leva a melhor, desviando com o corpo a bola para canto. Seria do Espinho a derradeira ocasião para marcar, já em período de compensação, com Cirineu a evitar aquele que seria o quarto golo espinhense.
Vitória justa do Espinho, que, apesar de ir disputar os "distritais" no próximo ano, ganhou com todo o merecimento a uma equipa do Beira-Mar que, ninguém diria pelo que hoje apresentou, andou a disputar quase até ao fim da 1ª fase o acesso à fase de subida de escalão nacional Há coisas que, muitas vezes, a razão não consegue explicar....

Sem comentários: