domingo, 18 de setembro de 2011

JUNIORES A: Empate frente a adversário muito complicado

SC Beira-Mar, 2 - União SC Paredes, 2
(1-0, ao intervalo)

Um empate a dois golos foi o resultado alcançado pela equipa de juniores do SC Beira-Mar na 2ª jornada do campeonato nacional da 2ª divisão, num jogo intenso disputado ontem à tarde no estádio Mário Duarte frente à equipa do União de Paredes e em que ambas as formações passaram pela frente do marcador. Os auri-negros lutaram atá à exaustão pelo melhor resultado e, quando assim acontece e não se ganha, o mérito tem de ser dado ao adversário. Na verdade, a equipa do distrito do Porto mostrou em Aveiro que a vitória de há 8 dias na recepção à Académica não foi fruto do acaso mas sim da qualidade do seu futebol. Ficou também evidente, depois das duas jornadas inaugurais, que os competidores são muito fortes e que a luta vai ser cerrada.
Sob a arbitragem do árbitro da AF Viseu, Sr. António Carlos Silva, que realizou um bom trabalho, o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Samuel (gr); Leandro, Mika (cap), Manuel Martins e Wilson Rubio; Francisco (Diogo, 71'), Ricardo Castro e Xavi; Cassamá, Marc (Nito, 55') e Ricardo Figueiredo (Balacó, 84').
Suplente não utilizado: Hugo (gr)
O jogo iniciou-se com algum equilíbrio entre as equipas, mas cedo deu para perceber a qualidade de alguns dos executantes  forasteiros, com o nº 11, um esquerdino a jogar na ala direita, a dar nas vistas. Mas foi Marc, logo aos 4', a ter a primeira e soberana ocasião para inaugurar o marcador, num contra-ataque rápido pela esquerda, que apanhou o Paredes em contra-pé, com Cassamá a servir do lado contrário Marc, que, livre de marcação, optou pelo remate de pronto que passou por cima do travessão.
Com o decorrer do tempo, o jogo passou por uma fase de desacerto da equipa do Beira-Mar, com o Paredes a ganhar algum ascendente, fruto de um futebol apoiado e de um melhor desempenho na zona do meio campo. Como consequência, o perigo passou a rondar a baliza de Samuel e, aos 18' e 25', o endiabrado Zé (nº 11) protagonizou dois remates que causaram muitos calafrios no último reduto aveirense ( o primeiro passou por cima e o segundo saiu à figura do guardião auri-negro).
À maior iniciativa dos visitantes, respondia o Beira-Mar com algumas jogadas de contar-ataque e, aos 30', Leandro, pela direita, cruza para a área, aproveitando Ricardo Figueiredo um ressalto para fazer o remate, valendo a intervenção atenta do seu opositor, que desviou para canto. Na sequência deste, Manel, em boa posição, não aproveita mais um ressalto no coração da área e remata por cima.
Também foi na sequência da marcação de um pontapé de canto que, aos 33', o União de Paredes voltou a criar perigo, mas a bola passou em frente à baliza e saiu do lado contrário.
E foi já numa fase de parada e resposta que, aos 37', o Beira-Mar chega à vantagem. Mérito para Marc, que ganhou na insistência em zona recuada da equipa do Paredes e serviu Ricardo Figueiredo, na esquerda, com o criativo aveirense a receber, a evitar um adversário e a rematar colocado para o 1-0.
O jogo continuou vivo até ao descanso, com Cassamá, aos 40', na sequência de mais um contra-ataque da equipa de António Luís, a ser desarmado em jogada em que ficava na cara do guarda-redes. As equipas não recolheriam às cabinas sem que os nortenhos dispusessem de soberana ocasião para chegar à igualdade, com o seu nº 8, em boa jogada individual, a rematar forte e cruzado à barra da baliza de Samuel, bafejado, desta feita, pela sorte.
Esperava-se uma entrada forte do Paredes no reatamento, mas ninguém do lado da casa contaria com um empate tão madrugador. Se a equipa auri-negra tivesse como estratégia a gestão da vantagem levada para as cabinas, logo aos 47', o 1-1 obtido pelo jogador nº 9, que apareceu solto na direita e rematou sob o corpo de Samuel, terá eventualmente estragado esses planos.
Com uma igualdade no marcador, a nossa equipa procurou reagir, mas era o Paredes que continuava a mostrar-se como um bloco mais homogéneo, mantendo maior posse de bola e exercendo uma maior pressão sobre o adversário. Pouco agressiva, a equipa do Beira-Mar espreitava também a sua oportunidade, mas era o USC Paredes que estava claramente por cima. Como corolário desse ascendente, aos 66', os visitantes chegam à vantagem, aproveitando uma falha de marcação ao nº 11 Zé, neste segundo tempo a aparecer também na esquerda, que, depois de ter flectido para o meio, serviu muito bem o seu colega, nº 9, que rematou para o golo, bisando na partida e colocando a sua equipa a vencer por 1-2.
Consumada a reviravolta no marcador, cabia agora ao Beira-Mar correr atrás do prejuízo. E, na verdade, assim o fez, equilibrando de novo a contenda e começando a construir mais situações de perigo junto da baliza contrária. Depois de, aos 68', Francisco ter proporcionado uma vistosa defesa ao guarda-redes do Paredes, rematando com muito perigo de meia-distância, Cassamá dispôs, aos 76', de uma soberana oportunidade para restabelecer a igualdade. Na cara do guarda-redes e após uma boa jogada e cruzamento de Leandro do lado direito, o veloz extremo aveirense cabeceou defeituosamente ao lado do poste direito. Mas o empate não tardou, ainda que Ricardo Figueiredo, que também bisaria neste jogo, tivesse necessitado, aos 78', de uma "bomba" disparada do meio da rua para estabelecer o 2-2. Magnífico remate e golo de bandeira do 10 auri-negro a culminar o melhor período de jogo do Beira-Mar nesta segunda parte.
Empatadas no placarde, ambas as equipas mostraram querer ganhar, mas, na ponta final do jogo, já com vários atletas a darem mostras de fadiga, foi o Paredes que esteve mais perto de o conseguir. Nesta fase da partida, valeu a classe do guardião Samuel, que, aos 83' (por 2 vezes), negou o golo ao tecnicista nº 11 do Paredes. No minuto seguinte, valeu o desacerto do central nº 3 forasteiro, que cabeceou para fora, solto de marcação na área, após marcação de canto, para, aos 88', ser novamente Samuel a opor-se a um adversário isolado (nº 8), façanha que repetiria já em período de compensação, novamente frente ao nº 11, naquela que seria a última oportunidade do jogo. Antes desta, e também já em período de compensação, Nito, após boa jogada e cruzamento da esquerda de Balacó, teve na cabeça igualmente uma boa ocasião para dar vantagem à sua equipa, que poderia aceitar-se, mas que seria um duro castigo para a formação de Paredes.
Face ao que se passou nos 90', o empate, resultado que tem de se aceitar, acaba por ser um mal menor para o Beira-Mar, que teve no Paredes uma equipa que mostrou um colectivo mais apurado.

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