segunda-feira, 24 de outubro de 2011

JUNIORES B: Contra-ataque e maior poder físico foram decisivos

SC Beira-Mar, 1 - CD Estarreja, 3
(0-0, ao intervalo)

Num jogo em que as equipas apresentaram argumentos muito diferentes, a formação do CD Estarreja acabou por ser mais feliz do que o Beira-Mar e averbou mais uma vitória no campeonato distrital de juniores da 1ª divisão, ditada pelo seu maior poder físico e pela exploração de um contra-ataque muito perigoso que sempre se opôs a um jogo mais elaborado por banda dos auri-negros.
A equipa aveirense, composta quase na totalidade por atletas juvenis, apresentou-se no relvado secundário do estádio Mário Duarte com os seguintes elementos:
Hugo (gr); Diogo H. Carvalho (Paulo Pires, 76'), Ricardo Pinto (Rúben Oliveira, int), João Rafael e Bruno Filipe; João Pereira (Teixeira, 62'), Diogo M. Carvlho e Pedro Aparício (cap); Rúben Marques, Henrique e Tiago Azevedo.
Suplentes não utilizados: Gui e João Ferreira.
O começo do jogo revelou um Beira-Mar mais dominador, com a bola a ser jogada sempre mais perto da baliza do Estarreja, que mostrava, no entanto, ser uma equipa com argumentos muito fortes nas transições rápidas.
O primeiro sinal de perigo foi dado, logo aos 5', por Tiago Azevedo, através de um remate muito perigoso e que, depois de ser ainda desviado por um defesa, rasou o poste direito da baliza defendida pelo ex-auri-negro André Fernandes. Mas o Estarreja, aos 14', respondeu naquela que seria ser a primeira demonstração do perigo do seu contra-ataque. A jogada, conduzida pela direita, termina num cruzamento para o meio, valendo a intervenção pronta de Ricardo Pinto, que safou o perigo, quando Hugo estava já fora dos postes.
Com o jogo a mostrar sempre um cariz de maior posse e circulação de bola por parte do Beira-Mar, o Estarreja continuava apostado em surpreender os da casa com as suas perigosas jogadas de contra-ataque. Foi assim que, aos 25', em novo contra-golpe pela direita, o ponta-de-lança do Estarreja (nº 9) ganha no corpo a corpo com Bruno, acabando por falhar por muito pouco a tentativa de "chapéu" a Hugo. Na jogada seguinte, é o guardião aveirense que evita o golo forasteiro, desviando para canto um remate desferido na pequena área pelo nº 10 do Estarreja.
Por volta dos 30', foi a vez do Beira-Mar criar uma situação de perigo, numa boa jogada pela esquerda de Tiago Azevedo, que cruzou para a área, onde a bola é amortecida para o remate frontal de Pedro Aparício, que saiu à figura de André. Antes do intervalo, aos 42', mais uma boa jogada dos aveirenses pela direita, com Diogo H. Carvalho a ganhar a linha de fundo e a dar atrasado para o remete enrolado de Henrique, desferido da marca de grande penalidade, que saiu um pouco ao lado, gorando-se aquela que foi a mais flagrante ocasião de golo dos auri-negros durante os primeiros 45 minutos.
O segundo tempo teve um início muito movimentado, com ambas as equipas a mostrarem querer chegar à vitória. E os golos surgiram cedo, logo no minuto inicial para o Estarreja, que fez o 0-1 aproveitando uma confusão gerada na área após a marcação de um pontapé de canto, surgindo o empate, dois minutos depois, após mais uma boa incursão de Diogo H. Carvalho, por Pedro Aparício, que desferiu excelente remate à entrada da área, rasteiro e fora do alcance do esforçado André, que, infrutiferamente, ainda se estirou.
Com maior equilíbrio nesta segunda parte, o momento do jogo aconteceu a meio da segunda parte, estavam decorridos 66'. Numa jogada pela direita de Tiago Azevedo, o rápido extremo aveirense cruzou para a área, onde, muito oportuno, Henrique rematou de primeira, fazendo a bola ir bater caprichosamente no ângulo superior direito da baliza do Estarreja, mesmo na junção do poste com a barra. A sorte nada quis com os auri-negros e os ferros da baliza foram um aliado poderoso dos forasteiros.
Podendo ter-se adiantado no marcador, num lance em que a bola, incrivelmente, não quis entrar, os comandados de Aguinaldo Melo viram-se pouco depois, aos 71', em desvantagem. A equipa auri-negra é apanhada em contra-pé, surgindo um jogador isolado na direita a fazer o 1-2. Foi um duro golpe na moral da equipa do Beira-Mar, que, mesmo assim, ainda conseguiu reagir muito bem ao golo sofrido e esteve a ponto de empatar, por Pedro Aparício, aos 78', com o "capitão" aveirense a corresponder bem a mais um cruzamento de Tiago Azevedo e a cabecear com perigo para a baliza, obrigando André a uma defesa apertada para canto.
O jogo ficaria definitivamente resolvido, aos 81', num lance que tipifica bem aquela que foi a chave do êxito do CD Estarreja. Lançamento longo para a frente, disputa da bola no corpo a corpo entre o avançado do Estarreja e Bruno Filipe, com vantagem para o primeiro, que, depois, teve tempo para atirar para onde quis e estabelecer o 1-3 final.
Aos 84', num lance semelhante, o nº 10 visitante volta a ser mais forte mas decide mal na cara do guardião Hugo, perdendo a hipótese de ampliar uma vantagem que seria, de todo, exagerada.
Arbitragem sem problemas.

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