domingo, 2 de outubro de 2011

JUNIORES A: Ganhar era (quase) obrigatório!

SC Beira-Mar, 3 - CD Candal, 1
(1-0, ao intervalo)

O jogo deste sábado no Mário Duarte, que opunha as equipas do Beira-Mar e do Candal em mais uma jornada do campeonato nacional da 2ª divisão, assumia vital importância para a formação de António Luís e Flávio Almeida, necessitada de pontos que estava após um magro pecúlio amealhado ao fim de 3 jornadas (1 empate e 2 derrotas). Por isso, era quase obrigatório vencer a equipa gaiense, já que os 3 pontos da vitória, para além de fazer subir a equipa na tabela, seria um bom tónico para enfrentar o futuro próximo aliviada da pressão que se instala em qualquer grupo quando as coisas não saem a preceito.
E realmente os objectivos dos auri-negros foram plenamente alcançados, a equipa entrou para o campo e fez o que tinha de fazer: ganhar! O resultado, 3-1, é perfeitamente justo e premeia, sobretudo, a boa entrada no jogo dos aveirenses e a excelente reacção que tiveram após terem cedido o golo do empate, já no decorrer da 2ª parte.
Sob uma boa arbitragem do árbitro viseense Bruno Pereira, o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Samuel (gr); Leandro, Manuel Martins, Rui Santos e Diogo E. Carvalho (Nito, 75'); Mika (cap), Xavi (Balacó, int.), Ricardo Castro e Ricardo Figueiredo; Cassamá (Manuel Guedes, 79') e Marc.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr) e Francisco.
O Beira-Mar entrou determinado no jogo e logo no primeiro minuto Xavi cabeceou ao poste, ainda que o lance tenha sido posteriormente anulado pelo auxiliar do lado da bancada nascente por eventual fora de jogo. Apesar da melhor entrada do Beira-Mar, na primeira vez que o Candal chegou à área auri-negra, os gaienses criaram muito perigo. Estavam decorridos 8', quando, numa jogada pelo corredor direito, o extremo ganhou a linha e serviu, com um passe atrasado, o seu colega nº 11, que rematou para fora em muito boa posição de finalização.
Na resposta, e dando colorido ao bom começo dos aveirenses, Samuel lança Marc no corredor esquerdo, donde sai um cruzamento que é meio golo, cabendo a Cassamá, com uma entrada de rompante no meio da área, fazer o resto, cabeceando para o fundo da baliza. Estava inaugurado o marcador no Mário Duarte, aos 9', e um golo cedo era o melhor que poderia ter acontecido aos comandados de António Luís.
Com uma tarde de Outono que mais fazia lembrar o Verão, a partida entrou numa fase de maior equilíbrio, mas sem grandes notas de registo, tirando um lance, aos 12', em que Leandro quase fazia auto-golo. Até que, aos 23', o Candal esteve muito perto de chegar à igualdade, com o nº 11, novamente, a apanhar a defesa auri-negra em contra-pé, a isolar-se e a desviar a bola do caminho de Samuel, acabando por sair, caprichosamente, rente ao poste esquerdo da sua baliza.
Foi a melhor situação dos visitantes nos primeiros 45' e, até ao intervalo, destaque para Marc, que, por 3 vezes, levou muito perigo à baliza contrária, com remates aos 36', 37' e 45', com o guardião contrário a levar sempre a melhor.
A segunda parte começou com o equilíbrio como nota dominante, numa partida em que cada um dos opositores procurava gerir do melhor modo as suas expectativas. Foi o Beira-Mar a criar o primeiro lance de algum perigo, aos 52', num bom cruzamento da direita de Balacó, com Marc a falhar a recepção e a perder excelente possibilidade de visar com êxito a baliza contrária. No entanto, seria o Candal a chegar ao golo, aos 56', num cruzamento largo da esquerda que apanhou solto, ao segundo poste, o nº 8.
A reacção dos aveirenses ao 1-1 foi excelente e, aos 60', Marc, servido por Mika com um lançamento longo, isola-se e falha o "chapéu" e a possibilidade de adiantar de novo a sua equipa. Cinco minutos volvidos, tremenda falta de sorte para Cassamá, isolado por Ricardo Figueiredo, que acaba por ver a bola desviada com subtileza do guardião contrário passar a milímetros do poste esquerdo da baliza do Candal. O mesmo jogador, no minuto seguinte, volta a isolar-se, mas falha o remate na cara do guarda-redes e acaba por entregar-lhe a bola.
O Beira-Mar já merecia a vantagem e, aos 69', Cassamá, à terceira tentativa, volta a ganhar em velocidade ao seu opositor e é derrubado dentro da área, depois de já estar em vantagem posicional. Grande penalidade indiscutível, que Marc tranformou no merecido 2-1 com um remate seco e colocado que não deu a mínima hipótese ao guardião do Candal.
A jogar com mais uma unidade a partir deste lance, por expulsão (duplo amarelo) do infractor do Candal, o Beira-Mar geriu muito bem a vantagem até final e poderia mesmo ter construído um resultado bem mais expressivo. Acabou por obter apenas mais um golo, aos 78', por Ricardo Figueiredo, que fez um bom trabalho no coração da área depois de mais um grande lance de Cassamá, pela direita. Na verdade, depois do 3-1, Marc (82' e 88') e Ricardo Castro (em cima dos 90' regulamentares) perderam magníficos ensejos para ampliar o marcador.
Estava consumada a primeira vitória na prova, aquilo que todos procuravam e que se espera seja a rampa de lançamento para os jogos seguintes.

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